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sábado, 29 de junho de 2013

Fundamentos Teóricos e Práticos do Ensino de Ciências - Provas Presenciais

Prova  1
1. Descreva sucintamente o que são leis científicas. Pg.  29
* Leis científicas são enunciados universais que devem ser suscetíveis de reformulação ou refutação.Segundo alguns autores, a verdade de uma lei científica é provisória. O que hoje aceitamos como verdadeiro poderá ser desmentido, graças à novas observações e descobertas, ou seja, a verdade dos fatos sempre está sujeita à revisões.


Outra resposta - As leis científicas estabelecem relações necessárias entre dois fenômenos. São enunciados universais que devem ser suscetíveis de reformulação ou refutação. Se valerem absolutamente para todos os casos, não são leis científicas.

2. Explique o que é solo, e por que é importante ensinar sobre ele.
* O solo, também chamado de terra, é a camada superficial da crosta terrestre, sendo formado basicamente por aglomerados minerais e matéria orgânica proveniente da decomposição de animais e plantas. É importante ensinar sobre ele para que as crianças aprendam desde cedo as condições primordiais para sua proteção e conservação.

Outra resposta - O termo solo pode se referir às camadas mais superficiais de um terreno, onde as plantas geralmente crescem e a maior parte dos animais vive. O estudo dos solos é uma atividade instrutiva para toda criança, de área rural ou urbana, de qualquer região do país. Aprender sobre os diversos aspectos do que é um solo, como se forma e varia, como é utilizado, pode despertar a curiosidade e contribuir de maneira significativa na proteção desse recurso.

3. Considere a afirmação abaixo:
Um problema que existe, ainda hoje, em muitas salas de aula, é um ensino dicotomizado entre a ciência do quadro de giz (meramente reprodutiva, preocupado com a memorização de conceitos científicos) e a “ciência” do cotidiano do aluno (mais próxima do aluno e usada por ele para explicar a realidade). Que proposta para o ensino de Ciências Naturais os Parâmetros Curriculares Nacionais trazem para superar este ensino dicotomizado? Pg. 76
* Para superar o ensino dicotomizado, os PCNs  propõe  um conhecimento que colabora para a compreensão do mundo e suas transformações, reconhecendo o ser humano como parte do universo e como individuo, contribuindo para a ampliação das explicações acerca dos fenômenos da natureza, no modo de intervir na natureza, em como utilizar seus recursos,  e para a reflexão sobre questões éticas implícitas nas relações entre ciência, sociedade e tecnologia.

Outra resposta - Os Parâmetros Curriculares Nacionais trazem uma proposta para o ensino de Ciências Naturais, como um conhecimento que colabora para a compreensão do mundo e suas transformações, para reconhecer o ser humano como parte do universo e como indivíduo. Assim, a apropriação de seus conceitos e procedimentos pode contribuir para a ampliação das explicações acerca dos fenômenos da natureza, para compreensão e valoração dos modos de intervir na natureza e de utilizar seus recursos, para reflexão sobre questões éticas implícitas nas relações entre Ciência, sociedade e tecnologia.

4. Cite 02 características do conhecimento teológico, segundo a leitura do módulo  fundamentos teológicos e praticas do ensino de Ciências. Pg. 11
* O conhecimento teológico é caracterizado pelo resultado das crenças que os seres humanos têm  das divindades em termos  da fé. Ele se origina da aceitação pelos seres humanos dos dados da revelação divina da nossa fé e nos dá a resposta para muitas questões que podem ser respondidas por outros níveis de conhecimento.

Outra resposta - O conhecimento teológico é constituído por um conjunto de conhecimentos oriundos da aceitação, pelos homens, dos dados da revelação divina, da fé. O conhecimento teológico apresenta respostas para questões que o homem não pode responder com os demais níveis de conhecimento

Outra resposta - O conhecimento teológico apresenta respostas para questões que o homem não pode responder e é constituído por conhecimentos originários da aceitação, pelos homens, dos dados da revelação divina, da fé.

Prova  2
1. A aprendizagem por ciclos é um dos modelos mais conhecidos e com maior efetividade para o ensino de ciências. A aprendizagem por ciclos é atualmente dividida em cinco estágios: envolvimento, exploração, explicação, elaboração e aprofundamento e avaliação. A fase de exploração é um excelente momento para engajar os alunos em investigação. Cite 3 atividades realizadas pelos alunos na fase de exploração. Pg.203
Na fase da exploração, os alunos coletam evidências, dados, anotam e organizam as informações obtidas,  compartilham as observações, fazendo assim um trabalho cooperativo, ajudando-os a construírem uma experiência em comum enquanto investigam.

2. Um grande filósofo que teve grande influência para o desenvolvimento da ciência foi Kant. Cite resumidamente alguma de suas idéias pgs. 41 e 42
Kant analisa a razão como instrumento de conhecimento e conclui que só conhecemos as aparências e fenômenos e não os seres entre si, não podemos conhecer as coisas em si, somente as revestidas com a nossa subjetividade.

3. Segundo o capítulo Parâmetros curriculares nacionais: introdução, descreva três elementos presentes na sua estrutura organizacional pg. 69
1- Os objetivos gerais do Ensino Fundamental constituem referência principal para definição de áreas e temas. 2- A avaliação nos PCNs é um elemento que visa  favorecer a melhoria da qualidade da aprendizagem, e não uma “arma” contra o aluno. 3- Os conteúdos são apresentados como blocos no interior de cada área, e devem estar presentes em todo ensino fundamental.

4. Considere a afirmação abaixo:
A idéia do homem, como dono da natureza ou senhor absoluto dela, foi reforçada durante muito tempo nas escolas quando se ensinava a partir de uma concepção antropocêntrica, na qual o ser humano esta no centro, numa posição de destaque em relação aos outros seres vivos e, portanto, a natureza esta a seu dispor. Pergunta-se: Como é a prática pedagógica, defendida no bloco temático Ambiente dos Parâmetros Curriculares Nacionais para Ciências Naturais, para derrubar esta concepção antropocêntrica de ensino?
A prática pedagógica defendida seria voltada para a reconstrução da relação “ser humano versus  natureza”, e ampliar o conhecimento de como a natureza se comporta e como  vida se processa. Nessa nova concepção, o homem e a natureza dependem um do outro para sua sobrevivência, devendo haver um respeito pelos bens naturais, para que nosso planeta seja preservado.

Prova  3
1.  No capítulo: Ensinado assuntos controversos, a autora afirma que não existe uma “verdade científica”, pois a ciência é uma produção humana e, portanto, sujeito a equívocos, distorções e fragilidades típicas do ser humano em sua busca de novos conhecimentos. Mais adiante, a autora comenta que há alguns assuntos da ciência contemporânea que são bastante polêmicos, e que é imprescindível ao professor que, mais que conhecer estes temas, seja capaz de propor uma discussão de forma eficaz em sala de aula. Cite 3 temas polêmicos da ciência contemporânea mencionadas pela autora. Pg. 231
* Terapia congênita, aborto e evolução, alimentos geneticamente transformados e uso de células-tronco embrionárias.

2. Cite 2 características do conhecimento científico, segundo a leitura do módulo Fund. Teórico e Prático Ciências. Pg. 12
* Uma característica do conhecimento científico é que ele é analítico, pois quando estuda um fato, a ciência o decompõe em partes para depois reconstruí-lo (análise e síntese) e outra característica é que requer exatidão e clareza, não se eximindo obviamente de algum erro ou inexatidão.

3. O planeta Terra tem um raio de quase 6.400 km, no entanto as escavações e sondagens mais profundas chegaram no máximo a 13km. Para se obter informações do interior inacessível do planeta, os pesquisadores utilizam métodos indiretos de investigação: sismologia e a comparação com meteoritos. Explique de forma breve como estes métodos indiretos auxiliam na compreensão do planeta terra. Pg. 319
* A sismologia é o estudo do comportamento das ondas sísmicas ao atravessar as diversas partes internas do planeta. Essas ondas elásticas propagam-se gerando deformações, sendo gerados por explosões artificiais e, sobretudo, pelos terremotos. As ondas sísmicas mudam de velocidade e de direção e das características do meio atravessado. As informações sobre a velocidade das ondas sísmicas no interior da terra permitiram reconhecer 3 camadas principais: crosta, manto e núcleo tem seus estado físico, temperatura, pressão e espessura.

4. Segundo o módulo Fund.Teórico e  Prático de Ciências, o filósofo Francis Bacon propunha uma forma específica para o estudo da natureza. Qual era esta forma? pg. 41
* Bacon propunha o método indutivo como sendo o único pelo qual se pode conhecer natureza e fazer a ciência progredir. Aconselhou a observação e a experimentação para o estudo da natureza e menosprezou a dedução como forma valida de raciocínio, inclusive nas ciências.

Prova  4
1. Segundo o capítulo ‘ As Concepções epistemológicas do Professor, como um dos determinantes do processo ensino aprendizagem, cite duas características da pedagogia relacional. PG. 60
A pedagogia relacional tem como característica a construção o conhecimento (construtivismo). O professor defensor dessa pedagogia acredita que o aluno só aprenderá e construirá um novo conhecimento se agir sobre o material apresentado pelo professor, e esses materiais devem apresentar um problema que estimule o aluno a refletir e a investigar.

* Na pedagogia relacional o professor acredita que tudo que o aluno constrói em sua vida serve de patamar para a construção do seu conhecimento e esse processo se inicia desde o seu nascimento. O processo de  aprendizagem se dá pela construção (construtivismo), onde não há lugar para autoritarismo, pelo contrário, aluno e professor constroem juntos o conhecimento, sem abrir mão das regras, mas que elas tenham o objetivo de construir uma disciplina intelectual, de forma a possibilitar uma boa convivência e um ambiente propicio para o processo ensino-aprendizagem.

2. Considere o texto abaixo a respeito da avaliação no ensino de ciência coerentemente a concepção de conteúdos e aos objetivos propostos, a avaliação deve considerar o desenvolvimento das capacidades dos alunos em relação a aprendizagem de conceitos,de procedimentos e de atitudes. A partir do exposto pergunta-se como é a avaliação defendida pelos parâmetros nacionais para as ciências naturais. PG.81
A avaliação pode ser realizada ao  se solicitar que o aluno interprete algumas situações determinadas, cujo entendimento demanda os conceitos que estão sendo aprendidos, ou seja, que interpretem uma figura, um texto, um problema, etc. Essas situações tornam possível avaliar-se tanto a evolução conceitual quanto a aprendizagem de procedimentos, sendo que esse tipo de avaliação faz parte do processo ensino-aprendizagem.


* É uma avaliação considerada favorecedora da melhoria da qualidade da aprendizagem, deixando de funcionar como arma contra o aluno (punitiva). É realizada em cada ciclo e se constituem em indicadores para a reorganização do ensino-aprendizagem. O professor deve considerar o desenvolvimento das capacidades dos alunos com relação à aprendizagem de conceitos, de procedimentos e de atitudes

3. Segundo a leitura do módulo Fundamentos Teóricos e Práticos do Ensino de Ciências, as ciências podem ser classificadas de duas formas diferentes: as naturais e as humanas,descreva a diferença entre elas, apontando pelo menos uma área de conhecimentos que pertencem a cada uma delas. Pag.22
Ciência naturais: estuda os fatos do mundo real, que podemos ver, sentir ou perceber por meio de aparelhos. Ex: calor, força. Ciências humanas: estuda os fatos relacionados à mente, aos conflitos humanos, à família, aos grupos sociais, à população.

As ciências naturais estudam fatos reais, que podem ser vistos, tocados ou sentidos, mesmo que por meio de aparelhos. Como exemplo, podemos citar um móvel, que pode ser visto e ser tocado, uma força, que pode ser sentida, o calor ou o frio, que podemos sentir. A física, a química, a biologia, a geologia e a astronomia são exemplos de ciências naturais.
Já as ciências humanas estudam os fatos relacionados à mente humana, aos conflitos, aos grupos sociais, à família à população. A história, a psicologia, a economia são exemplos de ciências humanas.

4. Considere o texto abaixo:
A investigação é uma importante estratégia no ensino de ciências. Ela é uma atividade multifacetada, que envolve observar, perguntar, examinar livros e outras fontes de informação para ver o que já conhecido, planejar investigações revendo o que já sabe de luz de evidências usando ferramentas, para analisar e interpretar dados, propor respostas, explicações, previsões e finalmente comunicar os resultados. Considerando que a habilidade e competência do professor são imprescindíveis nas aulas como investigação, cite três características que o professor precisa ter. Pag. 170
Investigação - fazer perguntas que requeiram habilidade de raciocínio  - esperar o aluno responder e não o interromper no meio da resposta  - agradecer a  contribuição dos alunos, fazendo reforço positivo às respostas.


Numa aula de investigação o professor pode ser caracterizado por propor questões que exige auto nível de raciocínio dos alunos, por atuar na sala como facilitador, explorando os interesses da turma. Nas aulas de investigação é indispensável que tenha habilidade e competência na preparação de um ambiente que estimule os alunos à aprendizagem, que seja organizado, que tenha habilidade de questionamento e que saiba fazer uso até mesmo de sua linguagem corporal, para facilitar a compreensão dos alunos.

Numa aula de investigação, um bom professor é aquele que, entre outras qualidades, saiba planejar suas atividades e é centrado no assunto, porém flexível para na mediação das questões dos alunos; um professor que avalia o conhecimento prévio dos alunos antes de começar a aula e usá-los como base para introduzir os assuntos; um professor que estuda os comentários dos alunos, ficando atento aos conceitos alternativos que possam aparecer durante a aula; um professor que leva em consideração os interesses dos alunos e baseia as aulas nas pressuposições dos alunos.   

Prova 5
1. Podemos além de classificar as ciências em naturais e humanas, classifica-la em ciências formais e ciências factuais. Descreva sucintamente as principais características de cada uma delas
* Ciências formais: está ligada a matemática e a lógica, estudam as ideias e os fenômenos da maneira como eles aparecem.
Ciências factuais: estão relacionadas a área de humanas e estudam os fenômenos como eles são, seu objeto de estudo é real, existe e tem características percebidas  através dos sentidos.

Outra resposta - Outra classificação também é possível no conjunto das ciências: Ciências Formais (Matemática e Lógica) e Ciências Factuais (Naturais e Humanas). O critério para essa divisão é o objeto de conhecimento: as Ciências Formais (ou abstratas) estudam a forma (a maneira) como os fenômenos aparecem (a forma do conhecimento).
As Ciências Factuais estudam os fenômenos como eles são. Seus objetos de estudo são reais, têm existência independentemente de nossa mente e suas características são perceptíveis aos sentidos. Às vezes, não podem ser percebidas diretamente e, nesses casos, torna-se necessário o uso de aparelhos como, por exemplo, o microscópio e o telescópio.

2. Nos parâmetros curriculares nacionais das ciências naturais encontramos os conteúdos organizados em blocos temáticos. Em todos os blocos são apontados os conceitos, procedimentos e atitudes necessárias para a compreensão da temática em foco. Considerando essa resposta o que são os conteúdos conceituais procedimentais e atitudinais?
* Conteúdos conceituais – estão relacionados aos conceitos, conhecimentos, fatos e princípios estabelecidos  pela humanidade ao longo do tempo.
Conteúdos procedimentais – estão ligados aos procedimentos, métodos, técnicas e como fazer algo.
Conteúdos atitudinais – referem-se as atitudes que são esperadas dos alunos, segundo valores são universais.

Outra resposta - O primeiro conteúdo diz respeito aos aspectos cognitivo, que são chamados conteúdos conceituais. Eles normalmente operam com informações conceituais, com noções especificas de princípios científicos, fatos, fenômenos e de leis gerais que precisam ser interpretadas pelos alunos,
O segundo conjunto de conteúdos são de natureza procedimentais, os conteúdos desta natureza estão relacionados a um saber fazer. O que significa esse saber fazer? Quando pensamos em um conteúdo de natureza procedimental a noção de fazer não é exatamente a mesma de captar um conceito, ou se apropriar de um conceito pronto. Podemos perceber a intencionalidade da realização de uma atitude e que essa seja feita através de um experimento, através da construção de uma maquete ou mesmo na hora da resolução de um questionário. Esses procedimentos, portanto não são assimilando da mesma forma, que são assimilados os conteúdos de natureza conceitual.
O último conteúdo a ser abordado É chamado de conteúdos a atitudinal, esses talvez sejam mais difíceis de serem trabalhados porque reflete a própria postura do professor, eles refletem o posicionamento a forma de encarar a vida de encarar o mundo, as concepções que este professor tem e que consequentemente passa para seus alunos.

3. Segundo capítulo, as concepções epistemológicas do professor como um determinante do processo ensino-aprendizagem. Cite duas características da pedagogia não diretiva. p.59
* Segundo a pedagogia não diretiva o aluno aprende por ele mesmo, sendo que o papel do professor é de despertar no aluno o conhecimento que ele já tem.
Considera-se que o ser humano já nasce com o conhecimento registrado geneticamente e é o aluno, então, que determina a ação do professor em relação ao ensino.

A pedagogia não diretiva tem como característica o conhecimento que o alunos já possui e uma certa autonomia que ele tem na construção do seu aprendizado, ja que ele tem a capacidade de aprender por si só, restando ao professor apenas o papel de despertar esse conhecimento que ele (aluno) já possui.
Essa pedagogia entende também que o ser humano é dotado de um conhecimento herdado geneticamente, ou seja, ele já nasce com um conhecimento programado geneticamente, e nesse caso, é o próprio aluno quem determina a ação do professor.

Outra resposta - O professor defensor do apriorismo possuem as seguintes crenças o aluno aprende por si mesmo, os professores apriorista não interferem no processo de aprendizagem do aluno. O aluno pelas suas condições prévias determina a ação do professor. O papel do professor é o de auxiliar a aprendizagem do aluno. De acordo com os adeptos do apriorismo o ser humano nasce com o conhecimento já programado em sua herança genética, basta somente um exercício, um estímulo para que o conhecimento desperte. A influência do meio físico ou social deve ser realizada ao mínimo, uma vez que tudo já está previsto.

4. Segundo o módulo, fundamentos teóricos e práticos do ensino de ciências. Cite e descreva sucintamente as duas ideias mais aceita sobre a definição do que é currículo.
* Currículo entendido com estudos a realizar – trata de forma pedagógica o conhecimento que o aluno vai aprender na escola, questionando situações de como organizar o currículo e que tipo de conhecimento deve ser estabelecido no currículo.
Currículo entendido como estudos já realizados – trata das experiências que foram vivenciadas na escola e das etapas que o aluno percorreu no seu percurso de formação.

Outra resposta - As noções de currículos normalmente estão relacionadas a dois conjuntos específicos.
Primeiro: o currículo como um conjunto de conhecimentos que deve ser aprendido pelo aluno. Segundo: a noção do currículo como conjunto de experiências já vividas e organizadas pelo espaço escolar e pelas quais os alunos devem passar. Quando pensamos nesta interpretação de currículo normalmente pensamos no ato de correr, nesta caminhada que normalmente vai estar relacionada à ideia de currículo, é importante perceber que normalmente isso se representa no dia-a-dia da escola através do conjunto de matérias que são apresentados nestes espaços educativos informações, mais habilidades e atitudes. Desenvolvimento cognitivo afetivo emocional e físico social e profissional dos alunos Ao pensar nas duas concepções que foram trazidas para nós acerca do currículo a primeira voltada mais ao conjunto de conhecimentos e a segunda voltada um conjunto de experiências.



sexta-feira, 31 de maio de 2013

Fundamentos Teóricos e Práticos do Ensino de Ciências - Prova N3

1. Defina sucintamente o que são leis e teoria, segundo a leitura do módulo.
As leis científicas estabelecem relações necessárias entre dois fenômenos. São enunciados universais que devem ser suscetíveis de reformulação ou refutação. Se valerem absolutamente para todos os casos, não são leis científicas. As teorias científicas reagrupam e representam as leis de modo sintético e simples; coordenam e unificam o saber científico. Por exemplo: a teoria de Newton da gravitação universal unifica as leis planetárias de Kepler e a lei da queda dos corpos de Galileu.

* Outra resposta – As leis científicas estabelecem relações necessárias entre dois fenômenos. As teorias científicas reagrupam e representam as leis de modo sintético e simples. As teorias coordenam e unificam o saber científico.
 Se valerem absolutamente para todos os casos; não são leis científicas

2. Segundo a leitura do módulo, Fundamentos Teóricos e Práticos do Ensino de Ciências, as ciências podem ser classificadas de duas formas diferentes: as naturais e as humanas. Descreva a diferença entre elas, apontando pelo menos uma área de conhecimentos que pertencem a cada uma delas.
Existem fatos do mundo real que podemos ver sentir ou, pelo menos, perceber indiretamente por meio de aparelhos. Por exemplo, uma mesa é um objeto visível, uma força pode ser sentida, o calor é percebido pelos nossos sentidos ou então por aparelhos. Esses fatos são estudados pelas Ciências Naturais. Já os fatos relacionados à mente, aos conflitos humanos, aos grupos sociais, à família, às populações, por exemplo, são estudados pelas Ciências Humanas. A Física, a Química, a Biologia, a Geologia e a Astronomia são exemplos de Ciências Naturais. A História, a Psicologia, a Economia são exemplos de Ciências Humanas.

* Outra resposta – Uma mesa é um objeto visível, uma força pode ser sentida, o calor é percebido pelos sentidos ou por aparelhos, isto é ciência natural. Já a ciência humana é aquela relacionada aos conflitos humanos.
Ciências naturais pertencem a área de conhecimento da física, química, entre outras. Já a história e a psicologia, por exemplo, pertencem as humanas.

3. Segundo o capítulo Parâmetros Curriculares Nacionais presente na literatura do Módulo, apresente três elementos presentes na sua estrutura organizacional.
Os documentos das áreas têm uma estrutura comum: apresentam a concepção da área, objetivos, avaliação, conteúdos e orientações didáticas.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais indicam critérios de avaliação da aprendizagem a serem realizados em cada ciclo e se constituem em indicadores para a reorganização do processo de ensino-aprendizagem.
O item orientações didáticas discute questões sobre a aprendizagem de determinados conteúdos, como ensiná-los de maneira coerente com a fundamentação explicitada nos documentos.
 O que podemos perceber em termos de estrutura organizacional é que os parâmetros são basicamente divididos em dois blocos. A escolaridade é separada por ciclos. A organização da escolaridade por ciclos busca respeitar o ritmo de atividades de cada um dos alunos. Observamos também a organização dos conhecimentos. Em termo de conhecimentos estas estruturas são organizadas de acordo com áreas e temas.

* Outra resposta – Os conteúdos serão apresentados como blocos no interior de cada área, que devem estar presentes em toda a escolaridade fundamental.
A avaliação, os documentos, concepção da área, objetivos construídos e orientações.

4. Cite duas características do Conhecimento Cotidiano, segundo a Literatura do Módulo, Fundamentos Teóricos e Práticos do Ensino de Ciências.
O conhecimento cotidiano é o conhecimento que as pessoas adquirem por acaso, ao longo de sua vida, a partir de experiências vivenciadas ou que lhes são transmitidas por outras pessoas. É transmitido de uma geração para outra e que constitui a tradição de uma determinada sociedade.

* Outra resposta – É o conhecimento que as pessoas adquirem ao longo da vida, a partir de experiências transmitidas de geração para geração. Ele é ametódico e assistêmico.




Projetos Aplicativos

Projeto Aplicativo
Tema: A higiene bucal que funciona

Objetivo 
Ensinar hábitos de higiene bucal para crianças.

Público Alvo
Alunos de Creche.
 
Material necessário 
Espelhinhos de mão, escovas de dente, pastas sem flúor, porta-escovas e copos descartáveis.
 
Tempo estimado 
O ano todo.


Desenvolvimento 
1ª etapa  Inicie o trabalho organizando a palestra de um dentista para os familiares das crianças. Convide o grupo a discutir como cuidamos da boca, que materiais usamos para higienizá-la e quais as principais recomendações nessa tarefa. 
2ª etapa  Durante o ano letivo, reserve um momento para um encontro entre o dentista e cada turma. Para que eles façam descobertas por conta própria, distribua espelhinhos de mão, possibilitando que explorem gengiva e dentes.
3ª etapa  Organize a rotina da atividade levando em conta os horários, o número de turmas e o total de crianças por classe. As instalações são suficientes para todos? É preciso estabelecer rodízio de horários? Combine com cada professor a estratégia mais adequada. 
4ª etapa  Hora de preparar o material e o ambiente da escovação. No banheiro, o ideal é ter uma pia adequada à altura da criança, com um espelho grande o suficiente para permitir a cerca de quatro ou cinco delas escovar os dentes ao mesmo tempo. As escovas, macias e de cabeças pequenas, devem ser trocadas a cada três meses para evitar que as cerdas tortas prejudiquem a escovação. Prefira pastas sem flúor - crianças pequenas são mais suscetíveis à fluorose, intoxicação por excesso de flúor que causa manchas brancas nos dentes e o enfraquecimento deles. Por fim, providencie porta- escovas individuais e devidamente identificados, que mantenham as escovas secas e arejadas. 
5ª etapa  Durante a rotina da escovação, forme grupos de no máximo cinco integrantes para dedicar atenção individual e garantir que todos escovem de verdade. Quando um deles trocar a escova com um colega, não desinfete nem use produtos para limpar. O correto é jogar fora por causa do risco de transmissão de doenças. O enxágue também não deve ser coletivo: a bactéria que causa a cárie pode ser transmitida por objetos que entram em contato com a boca. Por isso, utilize copos descartáveis. 
AvaliaçãoVerifique o quanto as crianças estão mais independentes e conscientes da importância da escovação. Elabore um diário com fotos dos momentos vivenciados, possibilitando que cada uma sugira registros sobre as novas experiências, contando o que aprendeu. Esse diário pode ser complementado pelos pais que participarem do projeto, relatando como é a escovação em casa.
Autora: Damaris Gomes Maranhão
Consultora de saúde e professora de Enfermagem da Unisa.



Outro modelo de projeto
Tema: Culinária na Pré-Escola (Oficina de Pães)

Reserve alguns encontros para cozinhar com os pequenos! E use esta atividade para estimular a cooperação e introduzir conceitos matemáticos como volume, peso e quantidade


Objetivos
- Interagir com os colegas
- Incentivar o trabalho em grupo e a cooperação
- Ter um contato inicial com as noções de peso, quantidade e volume
- Compreender que materiais (neste caso, os alimentos) podem ser divididos em partes menores 
- Adquirir hábitos saudáveis de alimentação
Anos
Pré-escola (3 a 6 anos)


Tempo Estimado
4 aulas 

Materiais necessários 

-
 Receitas diversas de pão
-Utensílios de cozinha
-Ingredientes para as receitas 
-Forno, fogão ou micro-ondas (veja qual é mais adequado para sua receita)
Introdução
Cozinhar na pré-escola é uma boa oportunidade para estimular a interação do grupo, já que a culinária permite às crianças colocar a mão na massa e compartilhar o que sabem. Aproveite este momento para apresentar uma alimentação mais saudável, introduzir algumas grandezas matemáticas como volume, peso e quantidade (conceitos que serão melhor compreendidos nos anos seguintes do Ensino Fundamental) e usar as receitas como um pontapé para a turma ganhar intimidade com os textos.


Desenvolvimento
1ª etapa
Antes do primeiro encontro, comunique às famílias dos pequenos sobre a atividade que será desenvolvida. Você pode confeccionar um cartaz informando o dia e horário ou escrever nas agendas, caso não encontre os responsáveis pessoalmente. 
Peça também que as crianças tragam de casa diferentes receitas de pão. Selecione quais considera mais adequada para preparar. Não esqueça de levar em conta as condições da cozinha da sua escola.
2ª etapa
Prepare com antecedência o espaço para cozinhar e separe ingredientes e utensílios. Levante os conhecimentos prévios dos pequenos: pergunte quem já viu alguém fazendo pão e peça que conte como foi. Questione também que ingredientes eles acham que são usados para produzir esse alimento tão comum. 
3º etapa
Logo após, leia a receita que você escolheu em voz alta e separe, junto da turma, as medidas necessárias indicadas no texto. Enquanto lê, faça perguntas como:

- Quantos ovos vamos usar? 
- E quanto de leite será necessário?
- E farinha? Vamos usar que quantidade?
- A maneira como medimos a farinha, o leite e os ovos é a mesma? Vocês notam que há diferenças entre as medidas?

Conforme o andamento da receita, questione ainda mais a turma e faça as observações necessárias:
- Esta receita será o suficiente para 10 crianças, somos em x quantas receitas vamos fazer?
- E se fizermos duas receitas, vamos precisar de quantos ovos? 
- Se os pães são pequenos, quantos podemos fazer com esta massa? E se for grande, quantos serão?
- Se não utilizarmos muita açúcar este pão ficará com que sabor? E se o recheio for de frutas?


Quando a massa estiver pronta, dê um pedaço para cada aluno sovar. As crianças devem participar de todo o processo. Desde a separação dos ingredientes, o manuseio até a degustação. Vale destacar que o forno só pode ser manipulado por um adulto. Não deixe de degustar o pão com as crianças! Separe outros encontros para fazer outras receitas de pão. 
4ª etapa
Proponha que as crianças montem receitas de pães próprias levando em consideração a quantidade de açúcar e sal na massa. Alerte que 
sal ou açúcar em excesso são prejudiciais à saúde. 

Destaque também que é importante incluir ingredientes, tanto no recheio quanto na massa, mais saudáveis como verduras e legumes. Com a adição de vegetais, além de mais saudável o pão fica mais colorido! 
5ª etapa
Após a confecção de algumas receitas, proponha que as crianças criem uma própria. Você pode usar uma receita bem básica como padrão e sugerir que incrementem com o que desejarem. Eles podem mudar a cor, adicionando, por exemplo, beterraba. No lugar do leite, usar suco de laranja ou de cenoura. Para tal, deixe uma mesa com ingredientes diversos à disposição das crianças. Não esqueça de selecionar alimentos saudáveis e nutritivos. 
6ª etapa 
Crie com o grupo um registro das receitas criadas. No final, você pode compartilhar com as famílias e o resto da escola no formato de um livro de culinária da turma. 

Avaliação

Observe, ao longo das etapas, se os pequenos conseguiram dividir com todos os conhecimentos que possuem sobre o tema trabalhado. Analise também se eles refletiram sobre as medidas e as escolhas dos ingredientes durante o preparo dos pães. E perceba se a atividade ajudou os pequenos a trabalharem em grupo e a cooperarem entre si.
Autora: Carla Albaneze de Oliveira
Professora de Educação infantil da Creche Pré-Escola Central da Universidade de São Paulo (USP)




Outro Projeto - Água: uso consciente x desperdício
Ajude a turma a perceber o quanto a água é importante e como estamos desperdiçando este recurso indevidamente em casa ou na escola
Objetivos 
- Levar a turma a compreender que a água é um recurso escasso no planeta e que o uso irresponsável desse recurso pode prejudicar a sobrevivência dos seres vivos.
Conteúdos
- Água: usos, economia e desperdício;
- Natureza e sociedade.
Tempo estimado 
De três dias a uma semana


Anos 
Pré-escola (4 e 5 anos)
Material necessário
Cartolina ou papel craft para a confecção de cartazes, copos plásticos pequenos, cola e recortes de jornais e revistas sobre economia e desperdício de água.
Introdução
É difícil encontrar uma criança que não goste de brincar com água, seja na piscina, no mar, no rio ou até no quintal de casa. Pode ser que algumas briguem para entrar no banho – mas só até elas perceberem que brincar dentro no chuveiro também pode ser uma delícia. Mas aí mora um grande problema: a água não é brinquedo e não pode ser desperdiçada. Cerca de 97% da água que existe no planeta é salgada. Do restante, 2% está congelada e somente 1% encontra-se disponível para nada menos que 7 bilhões de pessoas, população atual da Terra. O resultado desse cenário é que nem todo mundo tem acesso à água. Em regiões da África e do Oriente Médio,
 há quem não encontre água potável e tenha de recorrer à compra em locais distantes de onde moram.
Por conta da Bacia Amazônica e do Pantanal, o Brasil conta com grandes reservas de água doce. Esse fato costuma provocar, no inconsciente coletivo, uma falsa impressão de que o recurso é inesgotável. E o povo brasileiro acaba figurando entre os que mais gastam e desperdiçam água no mundo. Infelizmente, muita gente ainda lava as calçadas com mangueiras que não controlam a saída de água – conduta que, em algumas cidades, como São Paulo, é proibida e passível de multa. Isso, sem contar os banhos demorados: 15 minutos com o chuveiro elétrico ligado consomem, em média, 45 litros de água.
A escassez de água ao redor do planeta indica que a preservação do recurso deve ser praticada e disseminada em todos os países, independentemente da reserva que possuem. Os próximos 50 anos serão decisivos, pois as projeções apontam que, nesse prazo, metade da população mundial conviverá com a falta de água caso nenhuma providência seja tomada. Portanto, hoje, mais do que nunca, toda criança deve aprender, desde cedo, a importância da preservação desse recurso natural indispensável à vida. Nesta sequência de atividades, o consumo consciente será abordado com base na observação da quantidade de água usada em casa e na escola.
Desenvolvimento 

1ª etapa
Esse é o momento de mostrar às crianças a importância do tema. Pode-se propor, de início, a seguinte questão: “quais atividades domésticas vocês conhecem que precisam de água?” – independentemente de ser tratada, filtrada ou mineral. Conforme as sugestões surgirem, anote-as em cartazes de papel craft ou reserve algumas revistas para que as crianças procurem imagens das ações e colem nos cartazes. Provavelmente a lista conterá itens como lavagem de roupa, de louça e de mãos, banho e escovação de dentes. Como o uso doméstico não varia muito (ao menos em áreas urbanas), conversar sobre essas atividades ajudará a turma a perceber que as famílias utilizam a água de modo semelhante. Caso surja alguma colocação sobre o preparo de alimentos, pergunte às crianças quanto de água elas acham que se usa com essa finalidade. Esse dado poderá ser retomado na terceira aula da sequência.
2ª etapa
Depois de refletir sobre o consumo de água em casa, é importante que as crianças pensem e conversem também sobre o uso do recurso na escola. Para isso, reserve um momento da aula para levar a turma até uma pia de uso comum. Lá, peça que cada um lave as mãos com apenas 200 ml de água, medida correspondente a um copo de plástico de tamanho pequeno. Oriente-os a não desperdiçar, pois não será permitido emprestar a água de um colega, caso alguém fique sem. Ao final da atividade, pergunte a eles como foi a experiência. É fácil lavar as mãos com essa quantidade de água? Deu para retirar a espuma do sabonete? As mãos ficaram realmente limpas? Depois que os alunos fizerem suas colocações, conte a eles que, em muitos locais do mundo (inclusive do Brasil), essa é a quantidade de água disponível para uma semana inteira – e não apenas para lavar as mãos, mas para todas as ações cotidianas.
3ª etapa
Convide as crianças a acompanhar a limpeza da escola e a produção de alimentos na cozinha para verificar a quantidade de água utilizada nessas ações (combine previamente com os funcionários de apoio o melhor momento para realizar a atividade). Em relação à limpeza, a quantificação do volume pode ser feita, por exemplo, a partir da contagem de baldes com água que foram usados – se possível, baldes cuja capacidade em litros seja conhecida. Já na cozinha, as crianças podem acompanhar o cozimento de alimentos como arroz e feijão e conhecer, com a ajuda da merendeira, a quantidade de água usada no processo. Ao voltar para a sala de aula, pergunte à turma se foram encontradas situações em que a água parecia ser desperdiçada. Se sim, quais foram essas situações? Questione ainda se as crianças viram algum exemplo de economia e de bom uso do recurso. A partir disso, você pode propor dois tipos de atividade:
- Pedir que a turma faça dois desenhos, um deles representando o desperdício e o outro mostrando como podemos economizar água. 
- Distribuir imagens de jornais e revistas que mostrem desperdício e economia de água (as imagens devem estar misturadas) e pedir que as crianças separem o material em dois grupos, de acordo com o bom e o mau uso do recurso. Ao final da seleção, a turma pode colar as imagens em cartolinas separadas.
Avaliação
Verifique se a turma compreendeu que certas atividades humanas provocam o desperdício da água e que essa perda deve ser evitada. Você pode fazer essa verificação observando as falas de cada criança ao longo das conversas sobre o tema, analisando o material produzido na última aula e até mesmo acompanhando possíveis mudanças no comportamento dos pequenos em relação ao consumo de água, como fechar a torneira ao escovar os dentes, não deixar a água correr à toa ao lavar as mãos e corrigir uns aos outros caso presenciem algum tipo de desperdício
Autor do Projeto: Marcos David Muhlpointner
Professor de Ciências do Ensino Fundamental I e II do Colégio Itzhok Leibush Peretz, em São Paulo.





Outro Projeto

Tema: Onde existe água no planeta?

Leve o globo terrestre para a sala e estimule as crianças da pré-escola a descobrirem onde existe água no mundo

Objetivos
- Pesquisar e reconhecer onde há água no planeta
- Estimular a curiosidade pelo mundo natural
- Conhecer e manusear o globo terrestre

Conteúdos

- Meio ambiente
- Preservação
- Água
Tempo Estimado
6 a 8 aulas

Anos

Pré-escola (4 a 5 anos)
Materiais necessários 
- Globo terrestre
- Imagens de diferentes lugares que evidenciam ou não a presença de água (ver quadro com orientações para seleção das imagens)
- Livros, revistas ou outros materiais de pesquisa
- Para conhecer melhor o tema, acesse as seguintes reportagens disponíveis no site do projeto Planeta Sustentável: 
"Água: a escassez na abundância", "Preservação do alto mar e regulamentação da pesca são recomendações da sociedade para os Chefes de Estado na Rio+20" e "Expedição: mar de lixo no Oceano Atlântico"
·         Leia mais - Série de planos de aula sobre Água

Desenvolvimento
1º  etapa 
Com certeza, a maioria das crianças já deve ter visto imagens do planeta Terra em livros, na internet ou na televisão, mas talvez nunca tenha parado para observar com mais atenção e interpretar essas imagens. 

A sugestão é que você leve para a sala um globo terrestre e faça uma roda de conversa com os pequenos. Deixe que manuseiem o globo e peça que falem sobre o instrumento. Pergunte se alguém já viu um semelhante antes e se sabe o que são os desenhos que aparecem nele. Questione também se alguém sabe para que serve o globo terrestre.

O objetivo desta conversa inicial é conhecer o que as crianças já sabem e permitir que os conhecimentos já existentes circulem entre o grupo. Isso permite que você, professor, ajuste o planejamento das etapas seguintes conforme as necessidades da sua turma. 

Lembre-se de considerar o que as crianças falarem sem fazer qualquer tipo de julgamento. Ouça com atenção e chame atenção para comentários interessantes feitos por algumas crianças. Lembre-se de registrar essa roda inicial, pois poderá ser interessante retomar as falas dos pequenos e fazer comparações no final da sequência. Essa comparação pode ser uma boa forma de avaliar a construção de conhecimentos feitas durante o estudo.

Sobre o registro

Espera-se que a investigação de um tema gere informações que precisam ser registradas. Esse registro pode acontecer de diversas formas: textos coletivos, desenhos a partir de observações, gravações em áudio das rodas de conversas, filmagens, murais ilustrados etc. Independente da linguagem, o importante é que a sistematização seja feita em todas as etapas da sequência e não só no final. Os registros servem para avaliar o seu trabalho, professor, assim como as conquistas da turma. Além disso, ajudam na recuperação das etapas do processo vivido e no reconhecimento das hipóteses que as crianças fizeram e deixaram de lado porque aprenderam outras coisas. 
2º etapa 
Leve novamente o globo terrestre para a sala e relembre com as crianças alguns pontos importantes da conversa anterior. Proponha então, o seguinte desafio: onde está a água? 

Provavelmente, a maioria das crianças responderá apontando a parte azul do globo ou dizendo o nome da cor. Instaure um clima de dúvida: Vocês todos acham que a água está na parte azul do globo, certo? Então, isso quer dizer que na parte marrom não há nada de água, é isso? Vocês tem certeza disso? Ouça as respostas das crianças e faça novos questionamentos para que eles debatam entre si as ideias e informações que possuem. Você pode perguntar a seguir o que acham que tem na parte marrom do globo. A partir das respostas confirme as que forem pertinentes e adicione algumas informações caso ache necessário. 

Você pode reforçar a ideia de que o uso das diferentes cores serve para diferenciar os continentes dos oceanos. Diga que cada oceano possui um nome diferente e pergunte se sabem onde fica o país em que moramos. Mostre os diferentes continentes e diga que dentro deles há muitos países. Pergunte se os pequenos sabem os nomes de alguns países. Você pode até fazer algumas bandeirinhas com palitos de dente e pequenos pedaços de papel para escrever o nome dos lugares citados pelo grupo!

Essa nova conversa e exploração do globo permite que as crianças aprendam a "ler" o objeto e faz com que se interessem cada vez mais por aprender novas informações e curiosidades. Uma dica interessante é deixar o globo terrestre exposto na sala enquanto o estudo estiver acontecendo. Isso possibilita um contato diário das crianças e permite que analisem mais minuciosamente os detalhes deste objeto. Fique atento às conversas informais das crianças que se aproximam para observar o globo em momentos diversos da rotina e lembre-se de anotar alguns comentários para socializar com todos.
3º etapa 
Selecione previamente algumas imagens e distribua para as crianças. Peça que separem de um lado as imagens dos lugares onde eles acham que existe água e, do outro, aquelas que mostram lugares onde não há água. 

Para a seleção leve em consideração as seguintes orientações:

- Escolha imagens de diferentes paisagens em que haja água tais como: mares, lagos, rios, cachoeiras, represas, poço, chuva etc.
- Selecione fotos ou ilustrações de diferentes seres vivos em contato ou não com a água. Exemplos: pássaro bebendo água, pássaro pousado num galho, criança chupando uma laranja, frutas numa fruteira, crianças suadas depois de brincar, plantas em uma floresta, pessoa regando uma flor, golfinho nadando no mar, peixes num aquário etc.


É importante que haja uma boa quantidade de imagens (aproximadamente doze para cada grupo de quatro crianças) e que sejam as mesmas para todos os grupos. A sugestão é promover tanto um debate nos pequenos grupos quanto uma conversa coletiva na sala toda.

Observe se as crianças identificam a presença de água no corpo dos animais ou das crianças. Você pode incrementar a discussão dizendo: "Vocês bebem água todos os dias e várias vezes por dia, não é mesmo? Para onde vai toda essa água? E se não bebermos mais água"? 

A maioria das crianças pode mencionar o xixi como única forma de eliminação da água. Você pode chamar a atenção para outras formas, como o suor e a lágrima. Para isso, peça que olhem novamente para a imagem das crianças suadas. Informe-as também de que o corpo de todo ser humano precisa de água e relacione a necessidade de tomar água com a reposição da água perdida pelo organismo. Falar sobre a sede também pode ser interessante porque as crianças podem relatar que já sentiram necessidade de água. Questione em quais momentos eles sentem mais sede. Ao praticar atividades físicas? Ao correr muito? Em dias mais quentes? Quando comem comidas muito salgadas?

Ao final dessa discussão, retome a ideia de que na parte marrom (ou onde não é azul) do globo não há água dizendo: "Vimos nessas imagens que a água está em praticamente todo lugar. Está nas plantas, no corpo das pessoas, dos animais, nos rios e cachoeiras etc. Vocês acham possível, então, que haja água também na parte marrom do globo terrestre?"
Talvez as opiniões fiquem divididas e as crianças que passaram a acreditar que existe água na parte continental tentem convencer o resto da sala. O importante deste momento é avaliar se as crianças puderam ampliar seus conhecimentos prévios e não fazer com que todas cheguem a um consenso. Um exemplo disso pode ser visualizado na seguinte situação: crianças que compreenderam que há água nos corpos dos seres humanos, mas não necessariamente relacionam isso com a presença de pessoas na parte do globo terrestre que indica os continentes.
4º etapa 
Para essa etapa você pode utilizar algumas das imagens selecionadas na etapa anterior ou, se preferir, pode agregar novas imagens. A ideia é que as crianças entendam que há muitas formas da água existir e que ela está em muitos lugares. Para isso leve imagens do mar, de rios, lagoas, cachoeiras, chuveiro, chuva, bica, peixes no aquário, golfinho ou outros animais no mar. Se não tiver imagens suficientes em papel, você pode utilizar o projetor de imagens. Lembre-se de organizar o grupo de forma que todos possam ver as imagens sem precisar levantar ou pedir licença aos colegas.

Diga às crianças que mostrará algumas imagens e que o desafio será descobrir se a água que aparece é sempre igual. Caso eles digam que não, peça que justifiquem a resposta. Novamente, a ideia é instaurar um momento de discussão coletiva em que as crianças expõem suas hipóteses, escutam os colegas e mudam ou não de opinião. Muito provavelmente as crianças conseguem falar que algumas águas são salgadas e outras doces.

Ajude-os a estabelecer relações com lugares que já visitaram e o tipo de água encontrado. Por exemplo: "Quem aqui já foi para a praia? Como era a água do mar? Será que em toda praia o mar é salgado"? ou "Quem aqui já nadou num lago ou represa? A água era salgada como a do mar"; ou ainda, "Quem tem aquário em casa? Como é a água? Salgada? Doce? Como vocês sabem? Já experimentaram"? 

Não esqueça de registrar em um cartaz as hipóteses e descobertas das crianças. Esse será um rico material para ajudar os pequenos a perceberem o que foi construído ao longo das discussões.
5º etapa 
Relembre os pontos importantes utilizando o cartaz e seus registros pessoais. Proponha a seguir que as crianças descubram, em pequenos grupos, se os animais que vivem no mar são os mesmos que vivem nos rios e lagos, separando-os em duas listas. 

Você precisará de livros informativos, revistas, enciclopédias ou outros materiais que tenham imagens desses habitats em quantidade suficiente para todos os grupos. Selecione também trechos curtos de filmes que ajudem as crianças a descobrir essa informação. A proposta é que as crianças, com o auxílio das imagens, consigam identificar alguns animais que vivem na água salgada e outros que vivem na água doce, separando-os em dois grupos. 

Se você tiver crianças alfabéticas na sala, distribua-as estrategicamente nos grupos para que elas possam ser as escribas da lista. Caso sua sala não tenha crianças alfabéticas ou tenha uma quantidade insuficiente para distribuir nos grupos, proponha a produção da lista coletivamente após a pesquisa em pequenos grupos. 
Nesse caso, você deverá ser o escriba anotando na lousa ou num papel pardo os nomes dos animais que as crianças citarem.

Uma outra opção é buscar na internet ou em revistas imagens de vários animais que vivem no mar e em rios, lagos, lagoas e pedir que as crianças separem as imagens em duas colunas representativas dos habitats. No caso do trabalho em pequenos grupos, lembre-se de fazer um momento coletivo para que as crianças possam socializar suas descobertas e comparar o que cada grupo encontrou.

Se preferir, você pode propor que as crianças montem um aquário na escola ou na própria sala de aula. Para isso, precisarão decidir se será um aquário de água doce ou salgada. Em seguida será necessário pesquisar as espécies de peixes adequadas ao tipo de água escolhido. Por fim, deverão listar os materiais necessários e solicitar a ajuda de algum adulto que tenha experiência com essa tarefa. Você pode convidar um pai ou familiar que já tenha montado um aquário para ajudá-los. Lembre-se que essa é uma oportunidade para que as crianças se responsabilizem pelo cuidado de um animal e aprendam melhor como os peixes vivem. 

Avaliação

Observe se as crianças ampliaram seus conhecimentos em relação às hipóteses que levantaram no início da sequência, se demonstraram interesse pelos assuntos abordados, se foram capazes de gradativamente formular perguntas e manifestar suas ideias e de buscar respostas por meio das fontes disponíveis (imagens, conversas com os colegas etc). Retome as anotações feitas sobre as  hipóteses, ideias e pensamentos das crianças. Pergunte se eles ainda pensam as mesmas coisas do começo ou  se mudaram de opinião. É importante ressaltar que a evolução de cada criança é diferente, por isso considere o ponto de partida de cada um individualmente. Tenha em mente também que é fundamental avaliar não somente o momento final do trabalho, mas todas as etapas.
Autora: Fernanda Glaessel Ramalho
Formadora de Professores da Rede Municipal de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo




Outro Exemplo de Projeto

Tema: Reunião com familiares na creche

Objetivos 
- Aproximar os familiares das atividades das crianças na escola. 
- Favorecer o intercâmbio de informações sobre as crianças. 
Faixa etária
Até 3 anos. 
Tempo estimado 
Duas horas, no máximo bimestralmente. 
Material necessário 
Máquina fotográfica, filmadora, TV e DVD, cartolinas, lista de presença, papel e caneta.
Desenvolvimento 
1ª etapa
Defina o tema da reunião com a coordenação. Divulgue com antecedência e prepare a pauta. Perto da data, aproveite a entrada e a saída para relembrar os familiares sobre o evento. Se não conseguir encontrá-los, envie bilhetes. Faça um cartaz com o dia, a hora e a pauta da reunião e afixe-o na porta da sala ou da escola. Escolha uma música de um CD que é ouvido pelas crianças na creche para tocar na recepção aos pais ou um dos livros preferidos do grupo para ler para todos. Deixe a lista de presença à vista. Selecione as fotos que vai mostrar e as coloque num cartaz ou mural. Legende-as, descrevendo as atividades e o que foi desenvolvido por meio delas. Se optar, por exemplo, por uma foto das crianças brincando com água, pode escrever "brincar com água possibilita construir conhecimentos sobre um elemento que adquire a forma do recipiente que o contém". Cuide para que todas as crianças apareçam nas imagens. Assim, ninguém se sentirá desvalorizado. Outra possibilidade é fazer um vídeo da rotina na creche. Comunique o calendário de eventos de forma breve. Questões administrativas não devem tomar muito tempo. 
2ª etapa
Durante a reunião, seja claro e evite chavões. Uma postura acolhedora e de escuta aos pais favorece a aproximação. Siga a pauta planejada e não deixe que eles se estendam nos comentários sobre os filhos. Peça que o coordenador tire fotografias do encontro para mostrar às crianças. Ao fim, coloque-se à disposição para conversas individuais. É possível propor uma avaliação oral ou escrita do encontro. 
3ª etapa
Faça um resumo da reunião com base em suas observações e nos depoimentos dos pais presentes. Coloque alguns desses comentários num mural na escola e envie um resumo do que foi discutido para os ausentes. Compartilhe com a equipe os resultados da reunião.
Avaliação 
Com base no material coletado na reunião, analise desdobramentos dela e levante temas que notou ser significativos para os familiares. Eles podem render outras atividades, por exemplo, uma palestra com especialista. Observe se as dificuldades específicas dos responsáveis identificadas na reunião podem ser atendidas em encontros temáticos - por exemplo: mães de crianças de 3 anos ou mais que não conseguem desmamar os filhos ou tirar a chupeta. A participação dos pais pode ser avaliada pelas questões e pelos comentários que fizeram na reunião.