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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Projetos Aplicativos

Projeto Aplicativo
Tema: A higiene bucal que funciona

Objetivo 
Ensinar hábitos de higiene bucal para crianças.

Público Alvo
Alunos de Creche.
 
Material necessário 
Espelhinhos de mão, escovas de dente, pastas sem flúor, porta-escovas e copos descartáveis.
 
Tempo estimado 
O ano todo.


Desenvolvimento 
1ª etapa  Inicie o trabalho organizando a palestra de um dentista para os familiares das crianças. Convide o grupo a discutir como cuidamos da boca, que materiais usamos para higienizá-la e quais as principais recomendações nessa tarefa. 
2ª etapa  Durante o ano letivo, reserve um momento para um encontro entre o dentista e cada turma. Para que eles façam descobertas por conta própria, distribua espelhinhos de mão, possibilitando que explorem gengiva e dentes.
3ª etapa  Organize a rotina da atividade levando em conta os horários, o número de turmas e o total de crianças por classe. As instalações são suficientes para todos? É preciso estabelecer rodízio de horários? Combine com cada professor a estratégia mais adequada. 
4ª etapa  Hora de preparar o material e o ambiente da escovação. No banheiro, o ideal é ter uma pia adequada à altura da criança, com um espelho grande o suficiente para permitir a cerca de quatro ou cinco delas escovar os dentes ao mesmo tempo. As escovas, macias e de cabeças pequenas, devem ser trocadas a cada três meses para evitar que as cerdas tortas prejudiquem a escovação. Prefira pastas sem flúor - crianças pequenas são mais suscetíveis à fluorose, intoxicação por excesso de flúor que causa manchas brancas nos dentes e o enfraquecimento deles. Por fim, providencie porta- escovas individuais e devidamente identificados, que mantenham as escovas secas e arejadas. 
5ª etapa  Durante a rotina da escovação, forme grupos de no máximo cinco integrantes para dedicar atenção individual e garantir que todos escovem de verdade. Quando um deles trocar a escova com um colega, não desinfete nem use produtos para limpar. O correto é jogar fora por causa do risco de transmissão de doenças. O enxágue também não deve ser coletivo: a bactéria que causa a cárie pode ser transmitida por objetos que entram em contato com a boca. Por isso, utilize copos descartáveis. 
AvaliaçãoVerifique o quanto as crianças estão mais independentes e conscientes da importância da escovação. Elabore um diário com fotos dos momentos vivenciados, possibilitando que cada uma sugira registros sobre as novas experiências, contando o que aprendeu. Esse diário pode ser complementado pelos pais que participarem do projeto, relatando como é a escovação em casa.
Autora: Damaris Gomes Maranhão
Consultora de saúde e professora de Enfermagem da Unisa.



Outro modelo de projeto
Tema: Culinária na Pré-Escola (Oficina de Pães)

Reserve alguns encontros para cozinhar com os pequenos! E use esta atividade para estimular a cooperação e introduzir conceitos matemáticos como volume, peso e quantidade


Objetivos
- Interagir com os colegas
- Incentivar o trabalho em grupo e a cooperação
- Ter um contato inicial com as noções de peso, quantidade e volume
- Compreender que materiais (neste caso, os alimentos) podem ser divididos em partes menores 
- Adquirir hábitos saudáveis de alimentação
Anos
Pré-escola (3 a 6 anos)


Tempo Estimado
4 aulas 

Materiais necessários 

-
 Receitas diversas de pão
-Utensílios de cozinha
-Ingredientes para as receitas 
-Forno, fogão ou micro-ondas (veja qual é mais adequado para sua receita)
Introdução
Cozinhar na pré-escola é uma boa oportunidade para estimular a interação do grupo, já que a culinária permite às crianças colocar a mão na massa e compartilhar o que sabem. Aproveite este momento para apresentar uma alimentação mais saudável, introduzir algumas grandezas matemáticas como volume, peso e quantidade (conceitos que serão melhor compreendidos nos anos seguintes do Ensino Fundamental) e usar as receitas como um pontapé para a turma ganhar intimidade com os textos.


Desenvolvimento
1ª etapa
Antes do primeiro encontro, comunique às famílias dos pequenos sobre a atividade que será desenvolvida. Você pode confeccionar um cartaz informando o dia e horário ou escrever nas agendas, caso não encontre os responsáveis pessoalmente. 
Peça também que as crianças tragam de casa diferentes receitas de pão. Selecione quais considera mais adequada para preparar. Não esqueça de levar em conta as condições da cozinha da sua escola.
2ª etapa
Prepare com antecedência o espaço para cozinhar e separe ingredientes e utensílios. Levante os conhecimentos prévios dos pequenos: pergunte quem já viu alguém fazendo pão e peça que conte como foi. Questione também que ingredientes eles acham que são usados para produzir esse alimento tão comum. 
3º etapa
Logo após, leia a receita que você escolheu em voz alta e separe, junto da turma, as medidas necessárias indicadas no texto. Enquanto lê, faça perguntas como:

- Quantos ovos vamos usar? 
- E quanto de leite será necessário?
- E farinha? Vamos usar que quantidade?
- A maneira como medimos a farinha, o leite e os ovos é a mesma? Vocês notam que há diferenças entre as medidas?

Conforme o andamento da receita, questione ainda mais a turma e faça as observações necessárias:
- Esta receita será o suficiente para 10 crianças, somos em x quantas receitas vamos fazer?
- E se fizermos duas receitas, vamos precisar de quantos ovos? 
- Se os pães são pequenos, quantos podemos fazer com esta massa? E se for grande, quantos serão?
- Se não utilizarmos muita açúcar este pão ficará com que sabor? E se o recheio for de frutas?


Quando a massa estiver pronta, dê um pedaço para cada aluno sovar. As crianças devem participar de todo o processo. Desde a separação dos ingredientes, o manuseio até a degustação. Vale destacar que o forno só pode ser manipulado por um adulto. Não deixe de degustar o pão com as crianças! Separe outros encontros para fazer outras receitas de pão. 
4ª etapa
Proponha que as crianças montem receitas de pães próprias levando em consideração a quantidade de açúcar e sal na massa. Alerte que 
sal ou açúcar em excesso são prejudiciais à saúde. 

Destaque também que é importante incluir ingredientes, tanto no recheio quanto na massa, mais saudáveis como verduras e legumes. Com a adição de vegetais, além de mais saudável o pão fica mais colorido! 
5ª etapa
Após a confecção de algumas receitas, proponha que as crianças criem uma própria. Você pode usar uma receita bem básica como padrão e sugerir que incrementem com o que desejarem. Eles podem mudar a cor, adicionando, por exemplo, beterraba. No lugar do leite, usar suco de laranja ou de cenoura. Para tal, deixe uma mesa com ingredientes diversos à disposição das crianças. Não esqueça de selecionar alimentos saudáveis e nutritivos. 
6ª etapa 
Crie com o grupo um registro das receitas criadas. No final, você pode compartilhar com as famílias e o resto da escola no formato de um livro de culinária da turma. 

Avaliação

Observe, ao longo das etapas, se os pequenos conseguiram dividir com todos os conhecimentos que possuem sobre o tema trabalhado. Analise também se eles refletiram sobre as medidas e as escolhas dos ingredientes durante o preparo dos pães. E perceba se a atividade ajudou os pequenos a trabalharem em grupo e a cooperarem entre si.
Autora: Carla Albaneze de Oliveira
Professora de Educação infantil da Creche Pré-Escola Central da Universidade de São Paulo (USP)




Outro Projeto - Água: uso consciente x desperdício
Ajude a turma a perceber o quanto a água é importante e como estamos desperdiçando este recurso indevidamente em casa ou na escola
Objetivos 
- Levar a turma a compreender que a água é um recurso escasso no planeta e que o uso irresponsável desse recurso pode prejudicar a sobrevivência dos seres vivos.
Conteúdos
- Água: usos, economia e desperdício;
- Natureza e sociedade.
Tempo estimado 
De três dias a uma semana


Anos 
Pré-escola (4 e 5 anos)
Material necessário
Cartolina ou papel craft para a confecção de cartazes, copos plásticos pequenos, cola e recortes de jornais e revistas sobre economia e desperdício de água.
Introdução
É difícil encontrar uma criança que não goste de brincar com água, seja na piscina, no mar, no rio ou até no quintal de casa. Pode ser que algumas briguem para entrar no banho – mas só até elas perceberem que brincar dentro no chuveiro também pode ser uma delícia. Mas aí mora um grande problema: a água não é brinquedo e não pode ser desperdiçada. Cerca de 97% da água que existe no planeta é salgada. Do restante, 2% está congelada e somente 1% encontra-se disponível para nada menos que 7 bilhões de pessoas, população atual da Terra. O resultado desse cenário é que nem todo mundo tem acesso à água. Em regiões da África e do Oriente Médio,
 há quem não encontre água potável e tenha de recorrer à compra em locais distantes de onde moram.
Por conta da Bacia Amazônica e do Pantanal, o Brasil conta com grandes reservas de água doce. Esse fato costuma provocar, no inconsciente coletivo, uma falsa impressão de que o recurso é inesgotável. E o povo brasileiro acaba figurando entre os que mais gastam e desperdiçam água no mundo. Infelizmente, muita gente ainda lava as calçadas com mangueiras que não controlam a saída de água – conduta que, em algumas cidades, como São Paulo, é proibida e passível de multa. Isso, sem contar os banhos demorados: 15 minutos com o chuveiro elétrico ligado consomem, em média, 45 litros de água.
A escassez de água ao redor do planeta indica que a preservação do recurso deve ser praticada e disseminada em todos os países, independentemente da reserva que possuem. Os próximos 50 anos serão decisivos, pois as projeções apontam que, nesse prazo, metade da população mundial conviverá com a falta de água caso nenhuma providência seja tomada. Portanto, hoje, mais do que nunca, toda criança deve aprender, desde cedo, a importância da preservação desse recurso natural indispensável à vida. Nesta sequência de atividades, o consumo consciente será abordado com base na observação da quantidade de água usada em casa e na escola.
Desenvolvimento 

1ª etapa
Esse é o momento de mostrar às crianças a importância do tema. Pode-se propor, de início, a seguinte questão: “quais atividades domésticas vocês conhecem que precisam de água?” – independentemente de ser tratada, filtrada ou mineral. Conforme as sugestões surgirem, anote-as em cartazes de papel craft ou reserve algumas revistas para que as crianças procurem imagens das ações e colem nos cartazes. Provavelmente a lista conterá itens como lavagem de roupa, de louça e de mãos, banho e escovação de dentes. Como o uso doméstico não varia muito (ao menos em áreas urbanas), conversar sobre essas atividades ajudará a turma a perceber que as famílias utilizam a água de modo semelhante. Caso surja alguma colocação sobre o preparo de alimentos, pergunte às crianças quanto de água elas acham que se usa com essa finalidade. Esse dado poderá ser retomado na terceira aula da sequência.
2ª etapa
Depois de refletir sobre o consumo de água em casa, é importante que as crianças pensem e conversem também sobre o uso do recurso na escola. Para isso, reserve um momento da aula para levar a turma até uma pia de uso comum. Lá, peça que cada um lave as mãos com apenas 200 ml de água, medida correspondente a um copo de plástico de tamanho pequeno. Oriente-os a não desperdiçar, pois não será permitido emprestar a água de um colega, caso alguém fique sem. Ao final da atividade, pergunte a eles como foi a experiência. É fácil lavar as mãos com essa quantidade de água? Deu para retirar a espuma do sabonete? As mãos ficaram realmente limpas? Depois que os alunos fizerem suas colocações, conte a eles que, em muitos locais do mundo (inclusive do Brasil), essa é a quantidade de água disponível para uma semana inteira – e não apenas para lavar as mãos, mas para todas as ações cotidianas.
3ª etapa
Convide as crianças a acompanhar a limpeza da escola e a produção de alimentos na cozinha para verificar a quantidade de água utilizada nessas ações (combine previamente com os funcionários de apoio o melhor momento para realizar a atividade). Em relação à limpeza, a quantificação do volume pode ser feita, por exemplo, a partir da contagem de baldes com água que foram usados – se possível, baldes cuja capacidade em litros seja conhecida. Já na cozinha, as crianças podem acompanhar o cozimento de alimentos como arroz e feijão e conhecer, com a ajuda da merendeira, a quantidade de água usada no processo. Ao voltar para a sala de aula, pergunte à turma se foram encontradas situações em que a água parecia ser desperdiçada. Se sim, quais foram essas situações? Questione ainda se as crianças viram algum exemplo de economia e de bom uso do recurso. A partir disso, você pode propor dois tipos de atividade:
- Pedir que a turma faça dois desenhos, um deles representando o desperdício e o outro mostrando como podemos economizar água. 
- Distribuir imagens de jornais e revistas que mostrem desperdício e economia de água (as imagens devem estar misturadas) e pedir que as crianças separem o material em dois grupos, de acordo com o bom e o mau uso do recurso. Ao final da seleção, a turma pode colar as imagens em cartolinas separadas.
Avaliação
Verifique se a turma compreendeu que certas atividades humanas provocam o desperdício da água e que essa perda deve ser evitada. Você pode fazer essa verificação observando as falas de cada criança ao longo das conversas sobre o tema, analisando o material produzido na última aula e até mesmo acompanhando possíveis mudanças no comportamento dos pequenos em relação ao consumo de água, como fechar a torneira ao escovar os dentes, não deixar a água correr à toa ao lavar as mãos e corrigir uns aos outros caso presenciem algum tipo de desperdício
Autor do Projeto: Marcos David Muhlpointner
Professor de Ciências do Ensino Fundamental I e II do Colégio Itzhok Leibush Peretz, em São Paulo.





Outro Projeto

Tema: Onde existe água no planeta?

Leve o globo terrestre para a sala e estimule as crianças da pré-escola a descobrirem onde existe água no mundo

Objetivos
- Pesquisar e reconhecer onde há água no planeta
- Estimular a curiosidade pelo mundo natural
- Conhecer e manusear o globo terrestre

Conteúdos

- Meio ambiente
- Preservação
- Água
Tempo Estimado
6 a 8 aulas

Anos

Pré-escola (4 a 5 anos)
Materiais necessários 
- Globo terrestre
- Imagens de diferentes lugares que evidenciam ou não a presença de água (ver quadro com orientações para seleção das imagens)
- Livros, revistas ou outros materiais de pesquisa
- Para conhecer melhor o tema, acesse as seguintes reportagens disponíveis no site do projeto Planeta Sustentável: 
"Água: a escassez na abundância", "Preservação do alto mar e regulamentação da pesca são recomendações da sociedade para os Chefes de Estado na Rio+20" e "Expedição: mar de lixo no Oceano Atlântico"
·         Leia mais - Série de planos de aula sobre Água

Desenvolvimento
1º  etapa 
Com certeza, a maioria das crianças já deve ter visto imagens do planeta Terra em livros, na internet ou na televisão, mas talvez nunca tenha parado para observar com mais atenção e interpretar essas imagens. 

A sugestão é que você leve para a sala um globo terrestre e faça uma roda de conversa com os pequenos. Deixe que manuseiem o globo e peça que falem sobre o instrumento. Pergunte se alguém já viu um semelhante antes e se sabe o que são os desenhos que aparecem nele. Questione também se alguém sabe para que serve o globo terrestre.

O objetivo desta conversa inicial é conhecer o que as crianças já sabem e permitir que os conhecimentos já existentes circulem entre o grupo. Isso permite que você, professor, ajuste o planejamento das etapas seguintes conforme as necessidades da sua turma. 

Lembre-se de considerar o que as crianças falarem sem fazer qualquer tipo de julgamento. Ouça com atenção e chame atenção para comentários interessantes feitos por algumas crianças. Lembre-se de registrar essa roda inicial, pois poderá ser interessante retomar as falas dos pequenos e fazer comparações no final da sequência. Essa comparação pode ser uma boa forma de avaliar a construção de conhecimentos feitas durante o estudo.

Sobre o registro

Espera-se que a investigação de um tema gere informações que precisam ser registradas. Esse registro pode acontecer de diversas formas: textos coletivos, desenhos a partir de observações, gravações em áudio das rodas de conversas, filmagens, murais ilustrados etc. Independente da linguagem, o importante é que a sistematização seja feita em todas as etapas da sequência e não só no final. Os registros servem para avaliar o seu trabalho, professor, assim como as conquistas da turma. Além disso, ajudam na recuperação das etapas do processo vivido e no reconhecimento das hipóteses que as crianças fizeram e deixaram de lado porque aprenderam outras coisas. 
2º etapa 
Leve novamente o globo terrestre para a sala e relembre com as crianças alguns pontos importantes da conversa anterior. Proponha então, o seguinte desafio: onde está a água? 

Provavelmente, a maioria das crianças responderá apontando a parte azul do globo ou dizendo o nome da cor. Instaure um clima de dúvida: Vocês todos acham que a água está na parte azul do globo, certo? Então, isso quer dizer que na parte marrom não há nada de água, é isso? Vocês tem certeza disso? Ouça as respostas das crianças e faça novos questionamentos para que eles debatam entre si as ideias e informações que possuem. Você pode perguntar a seguir o que acham que tem na parte marrom do globo. A partir das respostas confirme as que forem pertinentes e adicione algumas informações caso ache necessário. 

Você pode reforçar a ideia de que o uso das diferentes cores serve para diferenciar os continentes dos oceanos. Diga que cada oceano possui um nome diferente e pergunte se sabem onde fica o país em que moramos. Mostre os diferentes continentes e diga que dentro deles há muitos países. Pergunte se os pequenos sabem os nomes de alguns países. Você pode até fazer algumas bandeirinhas com palitos de dente e pequenos pedaços de papel para escrever o nome dos lugares citados pelo grupo!

Essa nova conversa e exploração do globo permite que as crianças aprendam a "ler" o objeto e faz com que se interessem cada vez mais por aprender novas informações e curiosidades. Uma dica interessante é deixar o globo terrestre exposto na sala enquanto o estudo estiver acontecendo. Isso possibilita um contato diário das crianças e permite que analisem mais minuciosamente os detalhes deste objeto. Fique atento às conversas informais das crianças que se aproximam para observar o globo em momentos diversos da rotina e lembre-se de anotar alguns comentários para socializar com todos.
3º etapa 
Selecione previamente algumas imagens e distribua para as crianças. Peça que separem de um lado as imagens dos lugares onde eles acham que existe água e, do outro, aquelas que mostram lugares onde não há água. 

Para a seleção leve em consideração as seguintes orientações:

- Escolha imagens de diferentes paisagens em que haja água tais como: mares, lagos, rios, cachoeiras, represas, poço, chuva etc.
- Selecione fotos ou ilustrações de diferentes seres vivos em contato ou não com a água. Exemplos: pássaro bebendo água, pássaro pousado num galho, criança chupando uma laranja, frutas numa fruteira, crianças suadas depois de brincar, plantas em uma floresta, pessoa regando uma flor, golfinho nadando no mar, peixes num aquário etc.


É importante que haja uma boa quantidade de imagens (aproximadamente doze para cada grupo de quatro crianças) e que sejam as mesmas para todos os grupos. A sugestão é promover tanto um debate nos pequenos grupos quanto uma conversa coletiva na sala toda.

Observe se as crianças identificam a presença de água no corpo dos animais ou das crianças. Você pode incrementar a discussão dizendo: "Vocês bebem água todos os dias e várias vezes por dia, não é mesmo? Para onde vai toda essa água? E se não bebermos mais água"? 

A maioria das crianças pode mencionar o xixi como única forma de eliminação da água. Você pode chamar a atenção para outras formas, como o suor e a lágrima. Para isso, peça que olhem novamente para a imagem das crianças suadas. Informe-as também de que o corpo de todo ser humano precisa de água e relacione a necessidade de tomar água com a reposição da água perdida pelo organismo. Falar sobre a sede também pode ser interessante porque as crianças podem relatar que já sentiram necessidade de água. Questione em quais momentos eles sentem mais sede. Ao praticar atividades físicas? Ao correr muito? Em dias mais quentes? Quando comem comidas muito salgadas?

Ao final dessa discussão, retome a ideia de que na parte marrom (ou onde não é azul) do globo não há água dizendo: "Vimos nessas imagens que a água está em praticamente todo lugar. Está nas plantas, no corpo das pessoas, dos animais, nos rios e cachoeiras etc. Vocês acham possível, então, que haja água também na parte marrom do globo terrestre?"
Talvez as opiniões fiquem divididas e as crianças que passaram a acreditar que existe água na parte continental tentem convencer o resto da sala. O importante deste momento é avaliar se as crianças puderam ampliar seus conhecimentos prévios e não fazer com que todas cheguem a um consenso. Um exemplo disso pode ser visualizado na seguinte situação: crianças que compreenderam que há água nos corpos dos seres humanos, mas não necessariamente relacionam isso com a presença de pessoas na parte do globo terrestre que indica os continentes.
4º etapa 
Para essa etapa você pode utilizar algumas das imagens selecionadas na etapa anterior ou, se preferir, pode agregar novas imagens. A ideia é que as crianças entendam que há muitas formas da água existir e que ela está em muitos lugares. Para isso leve imagens do mar, de rios, lagoas, cachoeiras, chuveiro, chuva, bica, peixes no aquário, golfinho ou outros animais no mar. Se não tiver imagens suficientes em papel, você pode utilizar o projetor de imagens. Lembre-se de organizar o grupo de forma que todos possam ver as imagens sem precisar levantar ou pedir licença aos colegas.

Diga às crianças que mostrará algumas imagens e que o desafio será descobrir se a água que aparece é sempre igual. Caso eles digam que não, peça que justifiquem a resposta. Novamente, a ideia é instaurar um momento de discussão coletiva em que as crianças expõem suas hipóteses, escutam os colegas e mudam ou não de opinião. Muito provavelmente as crianças conseguem falar que algumas águas são salgadas e outras doces.

Ajude-os a estabelecer relações com lugares que já visitaram e o tipo de água encontrado. Por exemplo: "Quem aqui já foi para a praia? Como era a água do mar? Será que em toda praia o mar é salgado"? ou "Quem aqui já nadou num lago ou represa? A água era salgada como a do mar"; ou ainda, "Quem tem aquário em casa? Como é a água? Salgada? Doce? Como vocês sabem? Já experimentaram"? 

Não esqueça de registrar em um cartaz as hipóteses e descobertas das crianças. Esse será um rico material para ajudar os pequenos a perceberem o que foi construído ao longo das discussões.
5º etapa 
Relembre os pontos importantes utilizando o cartaz e seus registros pessoais. Proponha a seguir que as crianças descubram, em pequenos grupos, se os animais que vivem no mar são os mesmos que vivem nos rios e lagos, separando-os em duas listas. 

Você precisará de livros informativos, revistas, enciclopédias ou outros materiais que tenham imagens desses habitats em quantidade suficiente para todos os grupos. Selecione também trechos curtos de filmes que ajudem as crianças a descobrir essa informação. A proposta é que as crianças, com o auxílio das imagens, consigam identificar alguns animais que vivem na água salgada e outros que vivem na água doce, separando-os em dois grupos. 

Se você tiver crianças alfabéticas na sala, distribua-as estrategicamente nos grupos para que elas possam ser as escribas da lista. Caso sua sala não tenha crianças alfabéticas ou tenha uma quantidade insuficiente para distribuir nos grupos, proponha a produção da lista coletivamente após a pesquisa em pequenos grupos. 
Nesse caso, você deverá ser o escriba anotando na lousa ou num papel pardo os nomes dos animais que as crianças citarem.

Uma outra opção é buscar na internet ou em revistas imagens de vários animais que vivem no mar e em rios, lagos, lagoas e pedir que as crianças separem as imagens em duas colunas representativas dos habitats. No caso do trabalho em pequenos grupos, lembre-se de fazer um momento coletivo para que as crianças possam socializar suas descobertas e comparar o que cada grupo encontrou.

Se preferir, você pode propor que as crianças montem um aquário na escola ou na própria sala de aula. Para isso, precisarão decidir se será um aquário de água doce ou salgada. Em seguida será necessário pesquisar as espécies de peixes adequadas ao tipo de água escolhido. Por fim, deverão listar os materiais necessários e solicitar a ajuda de algum adulto que tenha experiência com essa tarefa. Você pode convidar um pai ou familiar que já tenha montado um aquário para ajudá-los. Lembre-se que essa é uma oportunidade para que as crianças se responsabilizem pelo cuidado de um animal e aprendam melhor como os peixes vivem. 

Avaliação

Observe se as crianças ampliaram seus conhecimentos em relação às hipóteses que levantaram no início da sequência, se demonstraram interesse pelos assuntos abordados, se foram capazes de gradativamente formular perguntas e manifestar suas ideias e de buscar respostas por meio das fontes disponíveis (imagens, conversas com os colegas etc). Retome as anotações feitas sobre as  hipóteses, ideias e pensamentos das crianças. Pergunte se eles ainda pensam as mesmas coisas do começo ou  se mudaram de opinião. É importante ressaltar que a evolução de cada criança é diferente, por isso considere o ponto de partida de cada um individualmente. Tenha em mente também que é fundamental avaliar não somente o momento final do trabalho, mas todas as etapas.
Autora: Fernanda Glaessel Ramalho
Formadora de Professores da Rede Municipal de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo




Outro Exemplo de Projeto

Tema: Reunião com familiares na creche

Objetivos 
- Aproximar os familiares das atividades das crianças na escola. 
- Favorecer o intercâmbio de informações sobre as crianças. 
Faixa etária
Até 3 anos. 
Tempo estimado 
Duas horas, no máximo bimestralmente. 
Material necessário 
Máquina fotográfica, filmadora, TV e DVD, cartolinas, lista de presença, papel e caneta.
Desenvolvimento 
1ª etapa
Defina o tema da reunião com a coordenação. Divulgue com antecedência e prepare a pauta. Perto da data, aproveite a entrada e a saída para relembrar os familiares sobre o evento. Se não conseguir encontrá-los, envie bilhetes. Faça um cartaz com o dia, a hora e a pauta da reunião e afixe-o na porta da sala ou da escola. Escolha uma música de um CD que é ouvido pelas crianças na creche para tocar na recepção aos pais ou um dos livros preferidos do grupo para ler para todos. Deixe a lista de presença à vista. Selecione as fotos que vai mostrar e as coloque num cartaz ou mural. Legende-as, descrevendo as atividades e o que foi desenvolvido por meio delas. Se optar, por exemplo, por uma foto das crianças brincando com água, pode escrever "brincar com água possibilita construir conhecimentos sobre um elemento que adquire a forma do recipiente que o contém". Cuide para que todas as crianças apareçam nas imagens. Assim, ninguém se sentirá desvalorizado. Outra possibilidade é fazer um vídeo da rotina na creche. Comunique o calendário de eventos de forma breve. Questões administrativas não devem tomar muito tempo. 
2ª etapa
Durante a reunião, seja claro e evite chavões. Uma postura acolhedora e de escuta aos pais favorece a aproximação. Siga a pauta planejada e não deixe que eles se estendam nos comentários sobre os filhos. Peça que o coordenador tire fotografias do encontro para mostrar às crianças. Ao fim, coloque-se à disposição para conversas individuais. É possível propor uma avaliação oral ou escrita do encontro. 
3ª etapa
Faça um resumo da reunião com base em suas observações e nos depoimentos dos pais presentes. Coloque alguns desses comentários num mural na escola e envie um resumo do que foi discutido para os ausentes. Compartilhe com a equipe os resultados da reunião.
Avaliação 
Com base no material coletado na reunião, analise desdobramentos dela e levante temas que notou ser significativos para os familiares. Eles podem render outras atividades, por exemplo, uma palestra com especialista. Observe se as dificuldades específicas dos responsáveis identificadas na reunião podem ser atendidas em encontros temáticos - por exemplo: mães de crianças de 3 anos ou mais que não conseguem desmamar os filhos ou tirar a chupeta. A participação dos pais pode ser avaliada pelas questões e pelos comentários que fizeram na reunião.

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