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sexta-feira, 17 de maio de 2013

Jogos, Brinquedos e Brincadeiras - Questionário

1.  Como pudemos verificar o jogo, o brinquedo e a brincadeira estão presentes no cotidiano da humanidade desde os primórdios. Quais foram os jogos, brinquedos e brincadeiras com os quais você mais brincou e que atualmente você não encontra mais no cotidiano das crianças com as quais convive?
O objetivo da questão é levar o aluno a relembrar a infância e tomar contato com sua criança interior, relembrando a alegria, a descontração, as regras e combinados, e verificar quantas oportunidades as crianças da atualidade perderam, tendo em vista a urbanização, a violência e também o apelo da mídia.

2.  Segundo os estudiosos da cultura lúdica, os termos jogo, brinquedo e brincadeiras podem ser considerados sinônimos. Relacione as características do comportamento lúdico nas quais os estudiosos se baseiam para reforçar a importância do brincar para a humanidade
Para Huizinga, a atitude dos participantes pode ser desinteressada, livre, voluntária e imaginária; considera o prazer do jogador, existem regras que acontecem com limitação de tempo e espaço, ou seja, dão materialidade ao jogo  Para Vygotsky, o jogo é o elemento que impulsiona o desenvolvimento do ser humano. Tem caráter central na vida da criança, como uma das maneiras de participação social. Ao brincar, a criança representa papéis presentes em sua cultura que ainda não pode exercer por não estar preparada. A criança internaliza regras e encontra soluções para os conflitos que lhe são impostos na vida real. Para Gilles Brougère, o jogo é uma atividade de segundo grau, ou seja, aprendida por meio de inter-relações sociais, que garante aos indivíduos a possibilidade de certo afastamento da realidade para recriação dessa realidade. Concluindo, o que caracteriza a atividade lúdica é mais o significado do comportamento e o “estado de espírito” de quem está brincando do que a atividade em si.

3.  Qual foi o caminho da conquista do direito de a criança brincar?
Como resultado das Grandes Guerras, um grande contingente de crianças ficou em situação de abandono. Com o alto índice de mortalidade infantil, a ONU reafirmou a importância de se garantir os direitos da criança.  Esta nova concepção de criança – um ser sujeito de direitos – resulta na adoção de medidas legais e implementação de ações que garantam seu desenvolvimento pleno. Essas medidas foram materializadas na Constituição de 1988, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei 8.069, de julho de 1990, Lei Orgânica da Assistência Social e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, e também na Lei n.º 11.104, de 21 de março de 2005, que estabelece a obrigatoriedade da existência de brinquedotecas nos hospitais.

4.  Quais são as características dos jogos tradicionais e por que é importante utilizá-los no cotidiano das instituições educacionais?
Esse tipo de atividade lúdica apresenta-se como manifestação cultural ligada à transmissão oral, folclore, cultura popular, assumindo características de anonimato, conservação e universalidade, cujas origens, apesar de serem desconhecidas, permanecem no universo infantil. Os jogos tradicionais acontecem livremente fora do ambiente escolar, fazendo parte da cultura da infância À importância em utilizá-los dentro da instituição escolar reside na superação de problemas como a urbanização, a industrialização, a falta de espaços públicos como a rua, as praças e as várzeas, em condições de segurança e acessibilidade para serem ocupados por crianças.  Se os educadores não abrirem esses espaços, a falta de convívio intergeracional fora do ambiente escolar dificulta a transmissão das brincadeiras e jogos e, por consequência, a aprendizagem e a atualização das brincadeiras.

5.  Discorra brevemente sobre cada um dos tipos de jogos.
Jogos tradicionais: manifestação cultural ligada à transmissão oral, folclore, cultura popular, assumindo características de anonimato, conservação e universalidade, cujas origens, apesar de serem desconhecidas, permanecem no universo infantil. Jogo simbólico ou de faz de conta: na brincadeira de faz de conta, o imaginário infantil é concretizado na transformação de materiais disponíveis na natureza, para a imitação do cotidiano social, na expressão da criatividade dos protagonistas do ato lúdico. Jogos de construção: os jogos de construção têm sua origem nos dons de Froebel, e destinam-se ao livre manuseio e combinação de pequenas peças para a composição do mundo imaginário da criança. Jogos de regras: por meio do jogo a criança internaliza regras que são construídas por ela ou por seus parceiros jogadores. Nesse tipo de jogo a criança encontra soluções para os conflitos que lhe são impostos na vida real. Jogos cooperativos: os jogos cooperativos correspondem a uma nova modalidade de jogo que surgiu da necessidade de redução da quantidade dos jogos competitivos nas aulas de educação física e que reforçam a ideia

6.  Qual a relação pedagógica que se pode fazer entre os diferentes tipos de jogos?
Para o profissional de educação, essa divisão é apenas didática. Para a criança que brinca autonomamente, criando suas brincadeiras, os diferentes tipos de jogos podem estar integrados, ou seja, ela imita o cotidiano simbolicamente, criando regras individuais ou coletivamente, construindo com peças e materiais que dispõe, cooperativamente com seus parceiros de jogos. Esse é o objetivo, observar a criança brincando e participar desse momento ativamente, oferecendo um ambiente com condições materiais e objetos que possam contribuir para que ela autônoma e criativamente construa seus brinquedos e brincadeiras.

7.  O uso dos jogos nas instituições de ensino é uma novidade do século XXI. A afirmação anterior é verdadeira ou falsa. Justifique
Falsa. De acordo com estudos na área da História da Educação, foi constatado que os jogos já eram utilizados na educação desde a Antiguidade Clássica como momento para recreação e descanso necessário às atividades intelectuais. Os jogos educativos ou pedagógicos apresentaram-se como auxiliar no processo de ensino-aprendizagem desde o período do Renascimento, no ensino das habilidades intelectuais de linguística e também nos exercícios físicos. Presentes nas escolas destinadas a crianças de todos os extratos sociais e idades, foram utilizados para divulgar eventos históricos e trajetórias dos reis. Ganhando força com os pensadores Rousseau (1712-1778), Pestalozzi (1746-1827) e Froebel (1782-1852).

8.  Discorra sobre importância de Froebel para a utilização do jogo na educação
Froebel foi o criador dos Kindergarten (Jardim de Infância). Para esse estudioso, brincar ou jogar são ações caracterizadas pela liberdade e espontaneidade das crianças. Em sua teoria, essas características são muito importantes para o desenvolvimento infantil. Na pedagogia de Froebel, o brincar livre e espontâneo, em contato com a natureza, conjugando a utilização de materiais como bolas, cilindro e cubos, denominados como dons, além de possibilitarem atividades de manipulação, percepção sensorial e linguagem, seriam os recursos necessários para a aquisição de conhecimento. Para Froebel, os brinquedos possuíam a característica intencional de contribuir para a formação das qualidades morais, por meio do uso das histórias, mitos, lendas, contos de fadas e fábulas. Portanto, era importante inserir as brincadeiras simbólicas como forma de cultura da infância, ou seja, mães e crianças deveriam brincar juntas para que a criança, ao aprender as brincadeiras comuns, pudesse compartilhar com outras crianças e usar os materiais de construção (brinquedos de construção) em atividades dirigidas pelos adultos. Os Jardins de Infância ganharam o mundo, inclusive o Brasil, na Escola Caetano de Campos em São Paulo, onde educadores como Zalina Rolim (1869-1961) utilizava jogos e brincadeiras traduzidas de obras alemãs e inglesas, com temáticas como estações do ano, moinhos de vento, flores, e outras que levavam as crianças a movimentarem-se de acordo com o tema da música. Muitas das técnicas utilizadas até hoje em Educação Infantil são baseadas nas criações de Froebel. Para ele, por meio das brincadeiras as crianças representam o mundo com a finalidade de entendê-lo, e não só por diversão. Froebel também deixa como legado aos educadores a importância da observação das crianças enquanto estão em atividades com jogos e brinquedos.

9.  Existe diferença entre o jogo e o material pedagógico? Nas escolas, quais são os mais citados e como são utilizados?
O que diferencia jogo e material pedagógico é o uso que os profissionais de Educação Infantil fazem dos objetos e materiais disponíveis para as crianças. As pesquisas mostram que os brinquedos e materiais mais presentes são quebra-cabeça, encaixe e mosaico e que propunham a aprendizagem de conteúdos específicos, em geral oferecidos pelos adultos quando as crianças terminassem as tarefas, como ocupação de tempo livre, seguindo-se de materiais para atividades motoras como bolas e cordas e, em alguns casos, brinquedos musicais. Foram poucas as escolas com brinquedos que davam suporte ao faz de conta como bonecas, carrinhos e panelinhas. Os materiais são pouco variados e pouco utilizados por profissionais não preparados. Em muitas escolas, os jogos e brinquedos permaneciam fechados em armários, dificultando o acesso das crianças e demonstrando a falta do uso dos mesmos, apesar da frequência no discurso dos profissionais sobre a importância dos jogos e brincadeiras na educação.

10.  Cite alguns exemplos de brinquedos, adequando-os para as seguintes faixas etárias: bebês, pré-escolares, escolares e pré-adolescentes.
Para os bebês, brinquedos e objetos que estimulem suas aptidões sensoriais, que possam ser higienizados com facilidade, que não soltem fiapos ou pequenos pedaços, que se for de tecido devem estar firmemente costurados e ainda que não sejam pontiagudos, porque uma das principais características dos bebês está no fato de levarem à boca tudo o que for possível alcançar. Quando um bebê já consegue sentar-se, os melhores brinquedos são aqueles que possam ser empilhados ou encaixados uns dentro dos outros, de fácil manuseio como as argolas, caixas, potes, livros com ilustrações de objetos familiares etc. Os brinquedos de empurrar ou puxar (carrinhos, vagões, bichos com rodinhas) são muito divertidos e estimulantes para as crianças que começam a engatinhar ou a caminhar. Para as crianças em idade pré-escolar, as fantasias, miniaturas, panelinhas, bonecas, carrinhos, aviões trens, barcos, bicicletas, jogos com regras mais elaboradas como jogos de memória, jogos de palavras, jogos de construção, quebra-cabeças com maior número de peças, livros para colorir e jogos eletrônicos Na idade escolar, os jogos de regras, super-heróis e personagens de tramas variadas, as experiências científicas, a moda, (confeccionar roupinhas para vestir bonecas), as coleções e hobbies servem como instrumento para explorar o mundo. Os jogos tradicionais, eletrônicos e de tabuleiro, os esportes de salão, e os brinquedos de armar, colaboram no aprendizado das normas sociais. O desenvolvimento motor amplo e o equilíbrio são favorecidos por atividades físicas mediadas pelos patins, bicicletas de duas rodas, patinetes, pernas de pau, corda, entre outros. Após os nove anos as crianças passam a interessar-se por jogos de mágica e kits ligados à ciência, jogos de tabuleiros, de cartas, pebolim, bilhar e os vídeo games.

11.  Explique a afirmação de Coria-Sabini e Lucena (2008, p. 28): “As atividades lúdicas infantis oferecem uma fonte para estudos em diferentes direções: do ponto de vista sociológico, na perspectiva psicológica, e em uma abordagem antropológica”.
Todas estas direções reforçam que o brincar está ligado ao desenvolvimento integral do ser humano, individual ou socialmente. Do ponto de vista sociológico é possível analisar a interação da criança com seus pares, como se processa a interação e a participação de todos e cada um dos parceiros de brincadeira, sejam adultos ou crianças. O surgimento e o papel da liderança, dos jogos de poder, a influência do gênero, o papel e o prestígio da mídia na escolha e aquisição de brinquedos, entre outras possibilidades. Na perspectiva psicológica, é possível constatar que o significado dos objetos e ações pode ser modificado de acordo com cada faixa etária e a maneira pela qual a criança organiza sua ação, imita os adultos e utiliza a linguagem para expressar conhecimentos, preferências, competências e habilidades. Do ponto de vista antropológico, o brincar na humanidade diferencia-se do brincar dos animais por sua intencionalidade, por seu caráter quase ritualístico, étnico, e por causa das variações que apresenta de acordo com o tempo e espaço histórico ocupado pela humanidade. Dessas reflexões podemos concluir que brincar e jogar são atividades muito importantes para o desenvolvimento das crianças, porque brincando a criança atua com e sobre seu corpo, experimentando e superando seus próprios limites com o auxílio e participação do “outro”, adulto ou criança.

12.  Por que o uso do jogo do brinquedo e da brincadeira deve acompanhar as características e o desenvolvimento das crianças? Dê exemplos.
Quando a criança é pequena, os brinquedos com apelo à motricidade, movimento, cores e formas são estimulantes para que as crianças desenvolvam seu corpo e a coordenação motora ampla. À medida que crescem, seu interesse muda para a imitação, e para jogos que apresentem certo grau de desafio, os jogos de memória e também os quebra-cabeças, por exemplo, começam com poucas peças e com o passar do tempo podem passar de mil peças com temáticas variadas. Da mesma maneira que acontece com os livros, ou seja: se na educação pré-escolar os livros estão cheios de figuras, poucas palavras e temáticas simples, à medida que a criança evolui na leitura, a forma e conteúdo dos livros também se modificam. Diminuem as figuras, o conteúdo escrito e a complexidade do texto aumentam. No caso dos jogos e brinquedos ocorre o mesmo, a complexidade aumenta na mesma medida da idade cronológica e do interesse da criança.

13.  Por que é importante existir espaços para a criança brincar nas instituições educacionais?
Porque, por meio da brincadeira de faz de conta, a criança imita a vida real, pais e adultos. Quando essas brincadeiras são levadas para o ambiente educacional e nele podem ser livremente reproduzidas, certamente contribuirão para a formalização de um currículo em que tais situações possam ser discutidas profissionais de educação exercitam seu papel de mediador ao participarem das situações e atividades lúdicas, ao auxiliar e/ou propor aos alunos que pensem e revejam determinados comportamentos e atitudes, desde o manuseio do material, guarda e cuidado, até as relações sociais que estabelecem. Essa intervenção não deve ter o caráter de fiscalização ou avaliação pessoal, mas de parceria, questionando atitudes, comportamentos, habilidades e competências.

14.  Como deve ser feita a mediação nos jogos e brincadeiras? Quais as suas caraterísticas?
Compete a esse profissional, entendido como pessoa mais experiente, dar oportunidade para quem brinca e joga de usufruir o tempo e do espaço de maneira autônoma, livre e criativa. Esses mediadores devem participar desses ambientes de forma ativa, colaborativa e reflexiva, tanto durante a atividade em si como também na sua preparação. Devem também encorajar as crianças a brincar, oferecendo-lhes oportunidades para participar de jogos, criar, explorar, descobrir e, algumas vezes, enfrentar riscos, divertir-se e fazer muitas coisas diferentes sozinhas ou com outras. Essa pessoa deve ser sensível ao direito de a criança brincar, independente de sua faixa etária; deve buscar uma formação mais específica, aliando esse conhecimento à sua prática, num processo dialético, adaptando as transformações culturais e as tradições que compõem o repertório dos jogos trazidos pelas crianças, aprendidos com suas famílias.

15.  Como organizar espaços de brincar?
Podemos construir cantos temáticos e uma diversidade de objetos, materiais e brinquedos onde a criança e seus pares possam desenvolver criar, participar de uma infinidade de brincadeiras. Não há uma receita do que uma brinquedoteca deve ou não deve ter. Sua criação e existência estão diretamente ligadas ao grupo ao qual pertença e a sua finalidade. Esse lugar mágico onde acontece a brincadeira pode ser grande ou pequeno, uma sala ou uma caixa. O que importa é que é nesse “lugar” que a imaginação acontece. Evidentemente, quando a criança fica mais velha, esse “lugar”, muda suas características e assume outras, como uma mesa, ou, e mais frequentemente, um computador e até um telefone celular. De qualquer maneira, esses últimos têm o mesmo objetivo: o de “transportar” o brincante para um “espaço” diferente do seu cotidiano. Devem ser construídos de maneira participativa e colaborativa com as crianças e demais parceiros do brincar.

16.  Como devemos proceder na escolha brinquedos?
Em primeiro lugar é preciso pensar no público-alvo que usufruirá desses objetos. Estes devem ser adequados às crianças e não o contrário. Eles devem ser atraentes o suficiente para motivar o brincante, provocá-lo, agradá-lo, desafiá-lo. Podem ser industrializados ou não, desde que se preste para a função de brincar. Podem ser elementos da natureza, objetos artesanais, industrializados, simples ou sofisticados, que nos aparecem em diversos contextos. Tais objetos, transformados em brinquedos pelas crianças, ao mesmo tempo em que estimulam a brincadeira, desenvolvem a inteligência e refletem padrões sociais.

17.  Cite pelo menos cinco indicações de cuidados da Secretaria de Estado da Saúde para a compra de brinquedos para crianças.
a) Brinquedos com ruídos excessivos podem causar sérios danos à audição.
b) Evite brinquedos com formas e cheiros que imitem alimentos; as crianças tendem a engoli-lo 
c) Atenção aos brinquedos que possuem partes cortantes ou pontiagudas, que podem ocasionar ferimentos 
d) Em hipótese alguma adquira brinquedos compostos por substâncias tóxicas ou de fácil combustão. 
e) Verifique prazo de validade e condições de garantia do brinquedo. Brinquedos têm, sim, prazo de validade.
f) Atenção aos brinquedos que possam levar a sufocamento (cordas, balões ou peças muito pequenas).
g) Adquira o brinquedo de acordo com a faixa etária ou idade do seu filho. Por lei, os fabricantes devem transmitir essa informação no rótulo.
h) Verifique se a embalagem do brinquedo possui informações sobre o fabricante (nome, CNPJ, endereço).
i) Evite brinquedos que possam ocasionar choque elétrico. Os brinquedos devem conter selo de segurança fornecido pelo
Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial).

18.  A participação das crianças no cuidado e manutenção dos brinquedos e jogos é fundamental para o sucesso da brincadeira. Elas, sempre que possível, devem ser estimuladas a guardar, limpar e consertar jogos e brinquedos. Justifique essa afirmação.
As crianças imitam o comportamento dos adultos e quando estes têm a oportunidade de mostrar por seus atos a importância que dão ao brincar, certamente contribuirão para a formação de cidadão engajados, críticos e cooperativos. As crianças devem ser estimuladas a verificar se os brinquedos estão em boas condições e avisar os profissionais, caso haja alguma irregularidade ou problema com os brinquedos e com o ambiente. Nas situações de manutenção, o encontro entre crianças de diferentes faixas etárias pode promover troca de experiência. É preciso ensinar as crianças desde pequenas a guardar seus brinquedos nos lugares apropriados e a terem cuidado com as crianças menores. Para os autores do guia de brinquedos, as crianças devem ser orientadas também em casa por seus pais. Explique-lhes que além de não se perderem, pode-se evitar que caiam nas mãos dos irmãozinhos menores, que podem se machucar com brinquedos desenhados para mais velhos. Isso criará também um senso de responsabilidade. Convide outros parceiros e a família da criança para participar da manutenção, cuidado e atualização do acervo. As crianças certamente ganharão não só na qualidade do espaço, mas principalmente na qualidade das relações pessoais.

19.  Para Michelet, além das classificações por faixa etária e por tipos de materiais utilizados na fabricação de brinquedos e jogos, em quais categorias as classificações existentes podem ser agrupadas?
Classificações etnológicas ou sociológicas que analisam os brinquedos em    ­função do papel que lhes é atribuído (ou que a classificação lhes atribui) nas diversas sociedades. Classificações filogenéticas que analisam os brinquedos em função da    ­evolução da humanidade, evolução esta reproduzida pela criança em seus jogos. Classificações psicológicas que se fundamentam na explicação do desenvolvimento da criança e em função das quais se estabelece uma hierarquia dos jogos. Classificações pedagógicas que distribuem os brinquedos segundo dife­rentes aspectos e opções dos métodos educativos

20.  Segundo André Michelet, a classificação ICCP (Internacional Council for Children’s Pay) elaborou uma classificação simples e genérica, com base na observação direta e com base em dois eixos: os brinquedos e o uso que a criança faz, para auxiliar no trabalho do profissional de educação. Fale sobre os quatro critérios relativos a quatro qualidades fundamentais para análise dos brinquedos.
O valor funcional   ­ : é caracterizado pelas qualidades intrínsecas do brinquedo (dado retomado em parte pelas normas de segurança). Seu valor funcional diz respeito à sua adaptação ao usuário. Hoje a maioria deles está na mesma escala da criança brincando no chão, com todo seu corpo. O valor experimental: diz respeito àquilo que a criança pode fazer ou aprender com seu brinquedo em todos os níveis: fazer ruído, rodar, encaixar, construir, medir, classificar. Engloba todas as caixas de conteúdo técnico ou científico e os jogos didáticos. O valor de estruturação: relaciona-se com o desenvolvimento da personalidade da criança e abrange o “conteúdo simbólico” do jogo e do brinquedo: projeção, transferência, imitação. Esta função permite assimilar emoções e sensações (ninar a boneca), descarregar tensões (brinquedos ditos agressivos). Este valor diz respeito a tudo que concorre à elaboração da área afetiva. O valor de relação: diz respeito à forma segundo a qual o jogo ou brinquedo facilitam o estabelecimento de relações com outras crianças e com os adultos propondo o aprendizado de regras

21.  O que significa Sistema ESAR de classificação de brinquedos? Qual é seu objetivo? Em quais teorias se fundamenta? Como está organizado?
ESAR é uma palavra composta pela primeira letra das categorias de cada faceta, ou seja: E para jogo de exercício; S para jogo simbólico, A para jogo de acoplagem, R para jogo de regras simples ou complexas. Segundo Denise Garon, o Sistema ESAR de classificação de brinquedos tem por objetivo analisar os objetos de jogo para melhorar a escola que deles se utiliza e para melhor compreender a criança que brinca. Apoia-se nas teorias documentais e psicológicas como os Estudos de Piaget e está organizado em facetas, categorizadas das mais gerais para as mais específicas, correspondentes às etapas do desenvolvimento da criança e da sua atividade lúdica, desde seu nascimento até a idade adulta.

Escreva sobre o sistema ESAR de classificação de brinquedos: objetivos, teorias em
que é fundamentado e como se organiza. Pg 150
R: O objetivo do sistema ESAR é analisar os objetos de jogo, com a intenção de melhorar a escola e melhor compreender a criança que brinca. Esse sistema apóia-se nas teorias psicológicas correspondentes às etapas do desenvolvimento da criança e sua atividade lúdica, desde o nascimento até a idade adulta. É organizado de acordo com a primeira letra de cada faceta: E -  jogo de exercício, S - simbólico, A -  acoplagem e R - jogos de regras

22.  Por que é importante existir outros espaços para a criança brincar para além das instituições educacionais?
Porque brincar é gostoso, é agradável, dá prazer e satisfação. Brincando nos divertimos com nossos parceiros, fazemos novas amizades, soltamos a imaginação. É preciso reconquistar os espaços que utilizávamos para brincar e que foram restringidos pela falta de segurança, sobretudo nas áreas urbanas como a rua, os terrenos baldios, os parques públicos e os clubes, antes espaços comuns de brincadeiras e que agora são quase inexistentes. O mesmo acontece com o tempo para brincar. As crianças não devem ter tantas tarefas domésticas, ingressar precocemente no mundo do trabalho, para auxiliar no sustento da família, e muito menos ter numerosas tarefas escolares ou vasta agenda de cursos extracurriculares. Essas são algumas das situações que corroem o tempo da infância.

23.  De que forma nós, educadores e familiares, podemos garantir os direitos básicos e melhor qualidade de vida para as crianças?
Entendendo que a criança é alguém hoje ativa, capaz, criativa e inteligente, não podemos considerar que todas essas mazelas não as atinjam direta ou indiretamente. Devemos ser sensíveis ao direito de a criança brincar, independente de sua faixa etária; buscar uma formação mais específica, aliando esse conhecimento à sua prática, num processo dialético, adaptando as transformações culturais e as tradições que compõem o repertório dos jogos trazidos pelas crianças, aprendidos com suas famílias. Na escola, torná-la melhor ainda, participando e organizando ambientes motivadores, escolhendo e adquirindo materiais, objetos, brinquedos e jogos interessantes para brincar com qualidade. Apropriarmo-nos de espaços públicos como ruas, praças, parques e clubes, chamando amigos e vizinhos e mobilizando-os para buscar maiores informações de outras experiências como ruas de lazer, brinquedotecas em hospitais, brinquedotecas fixas e itinerantes, contatar os representantes públicos locais (prefeitos, vereadores, administradores, conselheiros tutelares etc.) para implantá-la.

24.  Por que o brincar é importante para as crianças hospitalizadas?
Algumas situações de saúde, como a hospitalização, também podem privar a criança desse ato, negando seu direito de brincar. Submetida a procedimentos médicos, muitas vezes invasivos, longe da família, amigos e escola, a criança fica suscetível a uma série de sentimentos como angústia, insegurança, medo e tristeza. Muitas investigações recentes demonstram o brincar como alternativa para aliviar a tensão da espera e também contribui para o conhecimento da sua enfermidade e aceitação dos tratamentos; ajuda também a superar traumas da internação e atitudes negativas relacionadas à sua saúde. Outro destaque na área da saúde está na organização de espaços de brincar em consultórios e ambulatórios onde são realizadas consultas, exames e tratamentos muitas vezes invasivos, demorados e dolorosos para a criança e seus familiares. Nas condições do atendimento ambulatorial dos hospitais públicos do Brasil, a presença da brincadeira pode ter importância especial, pois, muitas vezes, a espera pela consulta é longa e difícil de ser tolerada. Assim, brincando, a criança faz o que gosta, diluindo-se, consequentemente, a tensão dessa espera.

25. O pensamento divergente ou lateral corresponde?
Neste contexto, a complexidade significa que são capazes de pensar e de agir segundo uma diversidade de lógicas que geralmente não estão desenvolvidas em tão elevado número na maior parte das pessoas. É como se um indivíduo criativo concentrasse inúmeras habilidades complexas, Favorecer o pensamento selvagem. As técnicas criativas são especialmente úteis para situações em que as soluções lógicas e racionais não funcionem. Trata-se assim de facilitar as ideias aparentemente absurdas e ilógicas a partir dos parâmetros convencionais. Trata-se de dar liberdade ao pensamento lateral e criativo, de dar um salto desordenado na abordagem do problema.a um modo único e criativo de pensar e corresponde a possibilidades infinitas de experimentação

26. O que deve ser composto a brinquedoteca?
A brinquedoteca deve ser composta por cantos temáticos e uma diversidade de objetos, brinquedos, e  materiais, onde as crianças possam criar, desenvolver, enfim, participar de inúmeras brincadeiras, sendo que sua criação deve estar ligada ao grupo que pertence e sua finalidade

27. Faça uma reflexão sobre a importância de brincar para a criança. Pg 79 
A brincadeira é importante para o desenvolvimento do ser humano, principalmente nos primeiros anos de vida. Através das brincadeiras, experimentamos sensações sonoras e táteis, nos diferenciamos dos outros, nos comunicamos, exploramos nosso corpo, etc

28. Do que deve ser composta a brinquedoteca?
A brinquedoteca deve ser composta por cantos temáticos e uma diversidade de objetos, brinquedos, e  materiais, onde as crianças possam criar, desenvolver, enfim, participar de inúmeras brincadeiras, sendo que sua criação deve estar ligada ao grupo que pertence e sua finalidade

29. Não há receita do que uma brinquedoteca deve ou não ter. Ela esta ligada ao grupo ao qual pertence e a sua finalidade.
Cunha faz uma lista:
- Cantinho do faz de conta, canto de leitura, canto das invenções, teatrinho, sucatoteca, mesa de atividades, estante com brinquedos, acervo, oficina e quadro de comunicações
- Canto do faz de conta – um espaço com mobílias para as crianças montarem e organizarem
- Canto fofo, Canto de Leitura ou de Contas histórias – com tapetes e almofadas para as crianças lerem no chão
- Canto das Invenções – um lugar pra inventar coisas, com  jogos de construção ou com matéria de sucata
- Sucatoteca – um lugar pra guardar todas as coisas que podem servir pra fazer outras coisas, lixo(lavado e classificado

30. Escreva uma reflexão sobre o lúdico no cotidiano escolar baseado nas idéias da professora Diva Nereida Marques Machado Maranhão. 
REFLEXÃO COTIDIANO DIVA NEREIDA M.M.MARANHÃO.R.Para Prof. Diva, brincar é uma coisa seria.A educação lúdica não é encarada como um passatempo do professor, mas como um complemento no processo de aprendizagem, brincando podemos levar aos alunos a compreender e interagir com o mundo.

Outra resposta - Para Diva Maranhão, brincar é coisa muito séria. A educação lúdica não é encarada como um passatempo do professor, mas como um complemento no processo de aprendizagem. Assim, a autora nos mostra de forma direta, como usar cada jogo na época certa, respeitando todas as circunstâncias em que os alunos estão inseridos.

As teorias de Piaget eVygotsky, relativas ao jogo e ao brincar, nos dão um grande suporte para compreendermos o universo da criança e do adolescente, tornando nossa sala de aula o local preferido dos estudantes. Ao apresentar essas teorias, Diva nos mostra que, brincando, podemos levar nossos alunos a compreender e interagir com o mundo. Porém, segundo a autora, o professor só usará de forma correta os jogos em sala de aula, se deixar fluir o espírito criativo. Por isso, ela dedica dois capítulos de seu trabalho para mostrar a importância da criatividade na motivação dos alunos em sala de aula. Diva Nereida Marques Machado Maranhão é pedagoga, pós-graduada em Metodologia do Ensino Superior e Psicopedagogia Clínica e Mestranda em Educação. Atuou na área de supervisão e direção nas Secretaria Municipal e Estadual de Educação do Rio de janeiro. Atualmente ministra aulas de Criatividade na Educação, Recreação e Artes, Psicologia da Educação, Relações Humanas e Dinâmica de grupo no Curso de Pós Graduação da Universidade Cândido Mendes - Projeto A Vez do Mestre. Coordena palestras, promove oficinas e cursos de reciclagem para professores, sobre diversos temas voltados à motivação de educadores, tais como, O lúdico na Educação, Intervenção Psicopedagógica através deJogos e Relações Humanas. Ensinar Brincando é o livro ideal para você que quer tornar suas aulas mais dinâmicas egostaria de ver seus alunos sentindo prazer em aprender. Aqui você descobrirá que muitas vezes está usando a brincadeira certa, mas na hora errada e dessa forma comprometendo todo o trabalho de aprendizagem. Faça de sua aula o momento mais esperado pelo aluno. Torne transparente o poder de seu entusiasmo para cativar seu aluno. Uma leitura agradável, direta e prática, que fará você rever seus métodos de ensino. A fascinante e difícil tarefa de nos levar ao universo de nossos alunos, explicada de forma muito simples; - Nós já fomos crianças e temos que acordar esse Ser criativo e apaixonante que tem o dom de educar

31. Escreva sobre o ICCP: o brinquedos e o uso que a criança faz, quatro qualidades fundamentais para a análise dos brinquedos.
O ICCP elegeu 4 critérios referentes a 4 qualidades fundamentais para a análise dos brinquedos: o valor funcional (qualidade e normas de segurança), experimental ( o que a criança pode aprender em todos os níveis), estruturação (desenvolvimento da personalidade, área afetiva) e relação ( forma como o jogo facilita as relações e aprendizado de regras.

32. Escreva sobre o papel do jogo no desenvolvimento da criança baseado nas idéias de Coria Sabini e Regina Lucena.
De acordo com Coria Sabini e Regina Lucena, os jogos oferecem uma fonte de para estudos, do ponto de vista sociológico, na perspectiva psicológica e numa abordagem antropológica, reforçando que o brincar está ligado ao desenvolvimento integral do ser humano, individual ou social, pois ao brincar a criança diverte-se, aprende regras, resolve problemas, lidera, etc

33. Discorra sobre o jogo tradicional
O jogo tradicional é aquele que apresenta-se como manifestação cultural, estando sempre em transformação. Geralmente acontecem livremente, fora do ambiente escolar, o que dificulta a sua transmissão. Ex: Amarelinha, pião, cantigas de roda, jogo cinco Marias, etc.

Outra resposta - O jogo tradicional é aquele que apresenta um conjunto de atividades humanas, como manifestação cultural, estando sempre em transformação. No caso esse tipo de atividade lúdica apresenta-se como manifestação cultural á transmissão oral, folclore, cultura popular, assumindo características de anonimato, conservação e universalidade. Ex: Nas cantigas de roda, as cantigas foram transmitidas na  expressão oral da cultura popular; Nas amarelinha e do pião, cujas origens se perderam no tempo, mas os jogos são sucesso entre as crianças; os jogo cinco Marias, etc. Antigamente as crianças brincavam nas ruas, vielas, campinhos e várzeas, agora este espaço esta ocupado pelo progresso, grandes construções, minimizado espaços propícios para a diversão. Geralmente acontecem livremente, fora do ambiente escolar, o que dificulta a sua transmissão. Essa situação pode ser transformada a medida que a escola e os professores derem mais atenção e espaço para a realização dos jogos e com crianças de várias idades. Dando tal liberdade á criança para que ela desenvolva o companheirismo e a autonomia perante as situações que os jogos as colocam.

34. Discorra sobre o jogo de regras. Pg 153
O jogo de regras é  um tipo de jogo que auxilia na socialização, sendo complexo por basear-se em combinações e exercícios de raciocínio lógico, dedução e hipóteses. As regras podem ser construídas pelos próprios jogadores ou impostas por quem ESTA fora do jogo

35. Discorra sobre o jogo simbólico
O jogo simbólico ou “faz de conta”, essa atividade lúdica, caracteriza-se a partir do momento em que a criança começa a alterar o significado dos objetos, dos eventos, passa a expressar seus sonhos e fantasias e assumir seu papel na sociedade.
Nós, professores devemos possibilitar que as crianças pratiquem esse jogo, aproveitando os espaços e a diversidade de materiais, levando-os a imitar e recriar situações do cotidiano, garantindo assim o desenvolvimento da criança

36. Discorra  sobre o jogo cooperativo.
O jogo cooperativo estimula a participação dos alunos e a cooperação, onde o participante aprende a se colocar no lugar do outro, a fim de que possam alcançar um objetivo comum. O importante não é ganhar ou perder, e sim participar, ganhando confiança em si e no outro, aceitando-o como ele é.

Outra resposta - Jogos cooperativos são dinâmicas de grupo que têm por objetivo, em primeiro lugar, despertar a consciência de cooperação, isto é, mostrar que a cooperação é uma alternativa possível e saudável no campo das relações sociais; em segundo lugar, promover efetivamente a cooperação entre as pessoas, na exata medida em que os jogos são, eles próprios, experiências cooperativas
No jogo cooperativo, aprende-se a considerar o outro que joga como um parceiro, um solidário, e não mais como o temível adversário. A pessoa quando joga aprende a se colocar no lugar do outro, priorizando sempre os interesses coletivos.
São jogos para unir pessoas, e reforçar a confiança em si mesmo e nos outros que jogam. As pessoas podem participar autenticamente, pois ganhar ou perder são apenas referências para um continuo aperfeiçoamento pessoal e coletivo.
Os jogos cooperativos resultam numa vontade de continuar jogando, e aceitar todos como são verdadeiramente, pois as pessoas estão mais livres para se divertir.
Jogar cooperativamente é re-aprender a conviver consigo mesmo e com as outras pessoas.
O jogo cooperativo serve para nos libertar da competição, seu objetivo maior é a participação de todos por uma meta comum. A agressão física é totalmente eliminada, cada participante estabelece seu próprio ritmo, todos se enxergam como importantes e necessários dentro do grupo. Aumentando a confiança e auto – estima
Tentamos superar desafios ou obstáculos, sempre com alegria e motivação.
Os padrões de comportamentos fluem dos valores que adquirimos enquanto brincamos e jogamos durante a nossa infância, então o modelo a que estamos expostos resultará no modelo que seguiremos no jogo e fora dele.
Se hoje em dia ainda não enxergamos muitos atos de cooperação significa que as crianças não estão sendo criadas num ambiente que lhes proporcione aprender por meio de experiências que as sensibilizem para a cooperação.
Os jogos cooperativos têm várias características libertadoras que são muito coerentes com o trabalho em grupo. São elas.
Libertam da competição: o objetivo é que todos participem para poder alcançar uma meta comum.
Libertam da eliminação: o esboço do jogo cooperativo busca a integração de todos.
Libertam para criar: criar é construir e, para construir, a colaboração de todos é fundamental. As regras são flexíveis, e os participantes podem contribuir para mudar o jogo.
Libertam da agressão física: certamente gastamos energia na atividade física, mas se promovemos a agressão física contra o outro, estamos aceitando um comportamento destrutivo e desumanizante, o jogo cooperativo propõe o contrário.
Uma das características dos Jogos Cooperativos, diferente do que muitos imaginam é justamente não ter uma faixa etária específica em cada jogo, mas, a possibilidade de que os jogos podem e devem ser adaptados ao grupo que joga. Então podemos dizer que o Jogo Cooperativo é para a criança muito pequena e também para adultos de todas as idades.Aqui deixo claro que a idéia é criar um programa de Jogos Cooperativos, atendendo a todas as idades, da criança até o adulto de qualquer idade.
O facilitador/focalizador deverá na hora do planejamento das atividades observar a idade dos participantes, e, assim, adequar qualquer jogo ao grupo.
Uma coisa é certa, quanto mais jovem é o grupo menos competitivo ele é. A criança pequena é muito receptiva aos desafios cooperativos. Até os 04 ou 05 anos, elas não se interessam pelo resultado final, tudo que querem é a diversão que o jogo pode proporcionar

37. Discorra sobre o jogo de construção.
Os jogos de construção têm sua origem nos dons de Froebel e destina-se ao livre manuseio e combinação de pequenas peças para a composição do mundo imaginário da criança.  Os jogos de construção possibilitam enriquecer a experiência sensorial e a criatividade, desenvolverem habilidades cognitivas e de manipulação. No processo de evolução dos jogos elaborados pelas crianças, ela desenvolve a capacidade de medir, imaginar, planejar suas ações e compreender tarefas colocadas pelo adulto. A capacidade de construção da criança vai sendo aprimorada, diferenciando-se da capacidade de empilhar blocos, que ocorre antes dos três anos de idade. A idéia da construção já exige o entendimento da junção de várias peças que pode ser feito inicialmente pela imitação, com o auxilio de um adulto, para posteriormente chegar á criação sozinha.

Outra resposta - Os jogos de construção destinam-se ao livre manuseio de pequenas peças para qual a criança, componha o seu mundo imaginário, possibilitando o enriquecimento da criatividade e  experiência sensorial, desenvolvendo a capacidade cognitiva e de manipulação, ampliando a capacidade da criança

38. Definir o conceito dos termos jogos, brinquedos e brincadeiras é uma tarefa de grande complexidade dada a grande abrangência e significado da palavra jogo. escreva uma reflexão sobre o conceito de jogo, baseando se no conceito de Carneiro (2003) e em suas palavras.   Pg 11
Segundo o conceito de Carneiro, a palavra jogo vem do latim, se significa movimentos rápidos, sendo mais tarde incorporado pela língua romena, referindo-se também aos ritos de iniciação e jogos de azar, e finalmente passaram a indicar movimento, futilidade e ligeireza

39. De que forma nós, educadores e familiares, podemos garantir os direitos básicos e melhor qualidade de vida para as crianças? [QUESTÃO DA APOSTILA]
Entendendo que a criança é alguém hoje ativa, capaz, criativa e inteligente, não podemos considerar que todas essas mazelas não as atinjam direta ou indiretamente. Devemos ser sensíveis ao direito de a criança brincar, independente de sua faixa etária; buscar uma formação mais específica, aliando esse conhecimento à sua prática, num processo dialético, adaptando as transformações culturais e as tradições que compõem o repertório dos jogos trazidos pelas crianças, aprendidos com suas famílias. Na escola, torná-la melhor ainda, participando e organizando ambientes motivadores, escolhendo e adquirindo materiais, objetos, brinquedos e jogos interessantes para brincar com qualidade. Apropriarmo-nos de espaços públicos como ruas, praças, parques e clubes, chamando amigos e vizinhos e mobilizando-os para buscar maiores informações de outras experiências como ruas de lazer, brinquedotecas em hospitais, brinquedotecas fixas e itinerantes, contatar os representantes públicos locais (prefeitos, vereadores, administradores, conselheiros tutelares etc.) para implantá-la

40. Como podemos propor aprendizagens usando jogos? [QUESTÃO DA APOSTILA]
O jogo é muito importante em sala de aula, promove a aprendizagem, seja ela informal ou formal. O jogo, o brincar e a brincadeira acontecem dentro e fora da escola, quando propomos um jogo, alem do objetivos  cognitivos a serem alcançados, esperamos que as crianças sejam capazes de respeitar limites, socializar, criar e explorar a criatividade, interagir aprender e pesquisar

41. Como Jean Piaget pensa a criatividade?pg 17
A relação ativa da criança com o mundo a sua volta e com os outros é o ponto de partida para o desenvolvimento da criatividade autonomia. A interação da criança com este mundo que a rodeia permite que ela desenvolva sua imaginação e criatividade, na medida em que possibilita que ela formule perguntas, busque respostas, descubra e construa o conhecimento. E esta relação é também, segundo Piaget, pressuposto básico para o desenvolvimento do indivíduo autônomo, tanto moral, quanto cognitivamente, na medida em que permite que a criança se desloque de sua própria perspectiva, colocando-se na perspectiva dos outros e percebendo a existência de vários pontos de vista e da necessidade de troca e cooperação.
A possibilidade de agirmos de modo autônomo, segundo Piaget, pressupõe desenvolvimento e aquisição de conhecimentos, atividades cooperativas, descentração e entendimento dos pontos de vista de outros sujeitos, o que significa que tais atitudes são adquiridas através da experiência com os outros sujeitos e da relação dos sujeitos com o mundo a sua volta.
A criança, para Piaget, não é "um ser passivo cujo cérebro deve ser preenchido, mas um ser ativo, cuja pesquisa espontânea necessita de alimento". Esta idéia vem ao encontro da idéia de cooperação, na medida em que o trabalho em grupo e a pesquisa são atividades que permitem colaboração e troca. Recepção passiva de informações, memorização de dados, cópias de atividades são atividades que isolam intelectualmente os alunos.
A cooperação pode ser considerada como atividade efetivamente criadora, na medida em que ela é condição indispensável para a constituição plena da razão.
Imaginação e criatividade, portanto, não são instâncias circunscritas apenas ao trabalho artístico. São fundamentos do desenvolvimento do homem completo. São pressupostos para a ação do homem sobre o mundo e para a análise, construção e modificação das coisas que o rodeiam

42. Como Huizinga refere-se ao jogo?
Huizinga se refere ao jogo como um elemento da cultura, identificando características relacionadas a aspectos sociais. Para ele, o jogo não é material e tão pouco racional

43. Afinal a criança aprende brincando? Responda esta pergunta baseando se no pensamento de Brougere. Pag. 63*
Para Brougère, o jogo contribui de forma na aprendizagem, pois os alunos aprendem melhor divertindo-se, devendo então o educador aproveitar-se disso em doses limitadas para chegar ao aprendizado real

44. As brinquedotecas sã  espaços  organizados intencionalmente compostos por  cantos  temáticos e  uma  diversidade de  objetos,materiais e  brinquedos onde  a  criança  e  seus  pares possam  desenvolver, criar, participar, de  uma  infinidade de  brincadeiras. Enumere uma  lista de  cantinhos comuns  que  compõe uma  brinquedoteca.  Pag. 105 *
Cantinho do faz de conta, canto de leitura, canto das invenções, teatrinho, sucatoteca, mesa de atividades, estante com brinquedos, acervo, oficina e quadro de comunicações

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