1. Como pudemos verificar o jogo,
o brinquedo e a brincadeira estão presentes no cotidiano da humanidade desde os
primórdios. Quais foram os jogos, brinquedos e brincadeiras com os quais você mais
brincou e que atualmente você não encontra mais no cotidiano das crianças com as quais
convive?
O objetivo da questão é levar o aluno a
relembrar a infância e tomar contato com sua criança interior, relembrando a
alegria, a descontração, as regras e combinados, e verificar quantas
oportunidades as crianças da atualidade perderam, tendo em vista a urbanização,
a violência e também o apelo da mídia.
2. Segundo os estudiosos da
cultura lúdica, os termos jogo, brinquedo e brincadeiras podem ser considerados sinônimos. Relacione
as características do comportamento lúdico nas quais os estudiosos se
baseiam para reforçar a importância do brincar para a humanidade
Para Huizinga, a atitude dos
participantes pode ser desinteressada, livre, voluntária e imaginária;
considera o prazer do jogador, existem regras que acontecem com limitação de
tempo e espaço, ou seja, dão materialidade ao jogo Para Vygotsky, o jogo
é o elemento que impulsiona o desenvolvimento do ser humano. Tem caráter
central na vida da criança, como uma das maneiras de participação social. Ao
brincar, a criança representa papéis presentes em sua cultura que ainda não
pode exercer por não estar preparada. A criança internaliza regras e encontra
soluções para os conflitos que lhe são impostos na vida real. Para Gilles
Brougère, o jogo é uma atividade de segundo grau, ou seja, aprendida por meio
de inter-relações sociais, que garante aos indivíduos a possibilidade de certo
afastamento da realidade para recriação dessa realidade. Concluindo, o que
caracteriza a atividade lúdica é mais o significado do comportamento e o
“estado de espírito” de quem está brincando do que a atividade em si.
3. Qual foi o caminho da
conquista do direito de a criança brincar?
Como resultado das Grandes Guerras, um
grande contingente de crianças ficou em situação de abandono. Com o alto índice
de mortalidade infantil, a ONU reafirmou a importância de se garantir os
direitos da criança. Esta nova concepção de criança – um ser sujeito de
direitos – resulta na adoção de medidas legais e implementação de ações que
garantam seu desenvolvimento pleno. Essas medidas foram materializadas na
Constituição de 1988, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei 8.069,
de julho de 1990, Lei Orgânica da Assistência Social e a Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Brasileira, e também na Lei n.º 11.104, de 21 de março de 2005, que
estabelece a obrigatoriedade da existência de brinquedotecas nos hospitais.
4. Quais são as características
dos jogos tradicionais e por que é importante utilizá-los no cotidiano das instituições
educacionais?
Esse tipo de atividade lúdica
apresenta-se como manifestação cultural ligada à transmissão oral, folclore,
cultura popular, assumindo características de anonimato, conservação e
universalidade, cujas origens, apesar de serem desconhecidas, permanecem no
universo infantil. Os jogos tradicionais acontecem livremente fora do ambiente
escolar, fazendo parte da cultura da infância À importância em utilizá-los
dentro da instituição escolar reside na superação de problemas como a
urbanização, a industrialização, a falta de espaços públicos como a rua, as
praças e as várzeas, em condições de segurança e acessibilidade para serem
ocupados por crianças. Se os educadores não abrirem esses espaços, a
falta de convívio intergeracional fora do ambiente escolar dificulta a
transmissão das brincadeiras e jogos e, por consequência, a aprendizagem e a
atualização das brincadeiras.
5. Discorra brevemente sobre cada
um dos tipos de jogos.
Jogos tradicionais: manifestação cultural ligada à transmissão oral, folclore, cultura
popular, assumindo características de anonimato, conservação e universalidade,
cujas origens, apesar de serem desconhecidas, permanecem no universo infantil. Jogo simbólico ou de faz de conta: na brincadeira de faz de conta, o imaginário infantil é
concretizado na transformação de materiais disponíveis na natureza, para a
imitação do cotidiano social, na expressão da criatividade dos protagonistas do
ato lúdico. Jogos de construção: os jogos de construção têm sua origem nos dons de Froebel, e
destinam-se ao livre manuseio e combinação de pequenas peças para a composição
do mundo imaginário da criança. Jogos de regras: por meio do jogo a criança internaliza regras que são construídas
por ela ou por seus parceiros jogadores. Nesse tipo de jogo a criança encontra
soluções para os conflitos que lhe são impostos na vida real. Jogos cooperativos: os jogos cooperativos
correspondem a uma nova modalidade de jogo que surgiu da necessidade de redução
da quantidade dos jogos competitivos nas aulas de educação física e que
reforçam a ideia
6. Qual a relação pedagógica que
se pode fazer entre os diferentes tipos de jogos?
Para o profissional de educação, essa
divisão é apenas didática. Para a criança que brinca autonomamente, criando
suas brincadeiras, os diferentes tipos de jogos podem estar integrados, ou
seja, ela imita o cotidiano simbolicamente, criando regras individuais ou
coletivamente, construindo com peças e materiais que dispõe, cooperativamente
com seus parceiros de jogos. Esse é o objetivo, observar a criança brincando e
participar desse momento ativamente, oferecendo um ambiente com condições
materiais e objetos que possam contribuir para que ela autônoma e criativamente
construa seus brinquedos e brincadeiras.
7. O uso dos jogos nas
instituições de ensino é uma novidade do século XXI. A afirmação anterior é verdadeira ou
falsa. Justifique
Falsa. De acordo com estudos na área da
História da Educação, foi constatado que os jogos já eram utilizados na
educação desde a Antiguidade Clássica como momento para recreação e descanso
necessário às atividades intelectuais. Os jogos educativos ou pedagógicos
apresentaram-se como auxiliar no processo de ensino-aprendizagem desde o
período do Renascimento, no ensino das habilidades intelectuais de linguística
e também nos exercícios físicos. Presentes nas escolas destinadas a
crianças de todos os extratos sociais e idades, foram utilizados para divulgar
eventos históricos e trajetórias dos reis. Ganhando força com os pensadores
Rousseau (1712-1778), Pestalozzi (1746-1827) e Froebel (1782-1852).
8. Discorra sobre importância de
Froebel para a utilização do jogo na educação
Froebel foi o criador dos Kindergarten
(Jardim de Infância). Para esse estudioso, brincar ou jogar são ações
caracterizadas pela liberdade e espontaneidade das crianças. Em sua teoria,
essas características são muito importantes para o desenvolvimento infantil. Na
pedagogia de Froebel, o brincar livre e espontâneo, em contato com a natureza,
conjugando a utilização de materiais como bolas, cilindro e cubos, denominados
como dons, além de possibilitarem atividades de manipulação, percepção
sensorial e linguagem, seriam os recursos necessários para a aquisição de
conhecimento. Para Froebel, os brinquedos possuíam a característica intencional
de contribuir para a formação das qualidades morais, por meio do uso das
histórias, mitos, lendas, contos de fadas e fábulas. Portanto, era importante
inserir as brincadeiras simbólicas como forma de cultura da infância, ou seja,
mães e crianças deveriam brincar juntas para que a criança, ao aprender as
brincadeiras comuns, pudesse compartilhar com outras crianças e usar os
materiais de construção (brinquedos de construção) em atividades dirigidas
pelos adultos. Os Jardins de Infância ganharam o mundo, inclusive o Brasil, na
Escola Caetano de Campos em São Paulo, onde educadores como Zalina Rolim
(1869-1961) utilizava jogos e brincadeiras traduzidas de obras alemãs e
inglesas, com temáticas como estações do ano, moinhos de vento, flores, e
outras que levavam as crianças a movimentarem-se de acordo com o tema da
música. Muitas das técnicas utilizadas até hoje em Educação Infantil são
baseadas nas criações de Froebel. Para ele, por meio das brincadeiras as
crianças representam o mundo com a finalidade de entendê-lo, e não só por
diversão. Froebel também deixa como legado aos educadores a importância da
observação das crianças enquanto estão em atividades com jogos e brinquedos.
9. Existe diferença entre o jogo
e o material pedagógico? Nas escolas, quais são os mais citados e como são utilizados?
O que diferencia jogo e material
pedagógico é o uso que os profissionais de Educação Infantil fazem dos objetos
e materiais disponíveis para as crianças. As pesquisas mostram que os
brinquedos e materiais mais presentes são quebra-cabeça, encaixe e mosaico e
que propunham a aprendizagem de conteúdos específicos, em geral oferecidos
pelos adultos quando as crianças terminassem as tarefas, como ocupação de tempo
livre, seguindo-se de materiais para atividades motoras como bolas e cordas e,
em alguns casos, brinquedos musicais. Foram poucas as escolas com brinquedos
que davam suporte ao faz de conta como bonecas, carrinhos e panelinhas. Os
materiais são pouco variados e pouco utilizados por profissionais não
preparados. Em muitas escolas, os jogos e brinquedos permaneciam fechados em
armários, dificultando o acesso das crianças e demonstrando a falta do uso dos
mesmos, apesar da frequência no discurso dos profissionais sobre a importância
dos jogos e brincadeiras na educação.
10. Cite alguns exemplos de
brinquedos, adequando-os para as seguintes faixas etárias: bebês, pré-escolares, escolares e
pré-adolescentes.
Para os bebês, brinquedos e objetos que
estimulem suas aptidões sensoriais, que possam ser higienizados com facilidade,
que não soltem fiapos ou pequenos pedaços, que se for de tecido devem estar
firmemente costurados e ainda que não sejam pontiagudos, porque uma das
principais características dos bebês está no fato de levarem à boca tudo o que
for possível alcançar. Quando um bebê já consegue sentar-se, os melhores
brinquedos são aqueles que possam ser empilhados ou encaixados uns dentro dos
outros, de fácil manuseio como as argolas, caixas, potes, livros com
ilustrações de objetos familiares etc. Os brinquedos de empurrar ou puxar
(carrinhos, vagões, bichos com rodinhas) são muito divertidos e estimulantes
para as crianças que começam a engatinhar ou a caminhar. Para as crianças em
idade pré-escolar, as fantasias, miniaturas, panelinhas, bonecas, carrinhos,
aviões trens, barcos, bicicletas, jogos com regras mais elaboradas como jogos
de memória, jogos de palavras, jogos de construção, quebra-cabeças com maior
número de peças, livros para colorir e jogos eletrônicos Na idade escolar, os
jogos de regras, super-heróis e personagens de tramas variadas, as experiências
científicas, a moda, (confeccionar roupinhas para vestir bonecas), as coleções
e hobbies servem como instrumento para explorar o mundo. Os jogos tradicionais,
eletrônicos e de tabuleiro, os esportes de salão, e os brinquedos de armar,
colaboram no aprendizado das normas sociais. O desenvolvimento motor amplo e o
equilíbrio são favorecidos por atividades físicas mediadas pelos patins,
bicicletas de duas rodas, patinetes, pernas de pau, corda, entre outros. Após
os nove anos as crianças passam a interessar-se por jogos de mágica e kits
ligados à ciência, jogos de tabuleiros, de cartas, pebolim, bilhar e os vídeo
games.
11. Explique a afirmação de
Coria-Sabini e Lucena (2008, p. 28): “As atividades lúdicas infantis oferecem uma fonte para
estudos em diferentes direções: do ponto de vista sociológico, na perspectiva
psicológica, e em uma abordagem antropológica”.
Todas estas direções reforçam que o
brincar está ligado ao desenvolvimento integral do ser humano, individual ou
socialmente. Do ponto de vista sociológico é possível analisar a interação da
criança com seus pares, como se processa a interação e a participação de todos
e cada um dos parceiros de brincadeira, sejam adultos ou crianças. O surgimento
e o papel da liderança, dos jogos de poder, a influência do gênero, o papel e o
prestígio da mídia na escolha e aquisição de brinquedos, entre outras possibilidades.
Na perspectiva psicológica, é possível constatar que o significado dos objetos
e ações pode ser modificado de acordo com cada faixa etária e a maneira pela
qual a criança organiza sua ação, imita os adultos e utiliza a linguagem para
expressar conhecimentos, preferências, competências e habilidades. Do ponto de
vista antropológico, o brincar na humanidade diferencia-se do brincar dos
animais por sua intencionalidade, por seu caráter quase ritualístico, étnico, e
por causa das variações que apresenta de acordo com o tempo e espaço histórico
ocupado pela humanidade. Dessas reflexões podemos concluir que brincar e jogar
são atividades muito importantes para o desenvolvimento das crianças, porque
brincando a criança atua com e sobre seu corpo, experimentando e superando seus
próprios limites com o auxílio e participação do “outro”, adulto ou criança.
12. Por que o uso do jogo do
brinquedo e da brincadeira deve acompanhar as características e o desenvolvimento das
crianças? Dê exemplos.
Quando a criança é pequena, os
brinquedos com apelo à motricidade, movimento, cores e formas são estimulantes
para que as crianças desenvolvam seu corpo e a coordenação motora ampla. À
medida que crescem, seu interesse muda para a imitação, e para jogos que apresentem
certo grau de desafio, os jogos de memória e também os quebra-cabeças, por
exemplo, começam com poucas peças e com o passar do tempo podem passar de mil
peças com temáticas variadas. Da mesma maneira que acontece com os livros, ou
seja: se na educação pré-escolar os livros estão cheios de figuras, poucas
palavras e temáticas simples, à medida que a criança evolui na leitura, a forma
e conteúdo dos livros também se modificam. Diminuem as figuras, o conteúdo
escrito e a complexidade do texto aumentam. No caso dos jogos e brinquedos
ocorre o mesmo, a complexidade aumenta na mesma medida da idade cronológica e
do interesse da criança.
13. Por que é importante existir
espaços para a criança brincar nas instituições educacionais?
Porque, por meio da brincadeira de faz
de conta, a criança imita a vida real, pais e adultos. Quando essas
brincadeiras são levadas para o ambiente educacional e nele podem ser
livremente reproduzidas, certamente contribuirão para a formalização de um
currículo em que tais situações possam ser discutidas profissionais de educação
exercitam seu papel de mediador ao participarem das situações e atividades
lúdicas, ao auxiliar e/ou propor aos alunos que pensem e revejam determinados
comportamentos e atitudes, desde o manuseio do material, guarda e cuidado, até
as relações sociais que estabelecem. Essa intervenção não deve ter o caráter de
fiscalização ou avaliação pessoal, mas de parceria, questionando atitudes,
comportamentos, habilidades e competências.
14. Como deve ser feita a
mediação nos jogos e brincadeiras? Quais as suas caraterísticas?
Compete a esse profissional, entendido
como pessoa mais experiente, dar oportunidade para quem brinca e joga de
usufruir o tempo e do espaço de maneira autônoma, livre e criativa. Esses mediadores
devem participar desses ambientes de forma ativa, colaborativa e reflexiva,
tanto durante a atividade em si como também na sua preparação. Devem também
encorajar as crianças a brincar, oferecendo-lhes oportunidades para participar
de jogos, criar, explorar, descobrir e, algumas vezes, enfrentar riscos,
divertir-se e fazer muitas coisas diferentes sozinhas ou com outras. Essa
pessoa deve ser sensível ao direito de a criança brincar, independente de sua
faixa etária; deve buscar uma formação mais específica, aliando esse
conhecimento à sua prática, num processo dialético, adaptando as transformações
culturais e as tradições que compõem o repertório dos jogos trazidos pelas
crianças, aprendidos com suas famílias.
15. Como organizar espaços de
brincar?
Podemos construir cantos temáticos e
uma diversidade de objetos, materiais e brinquedos onde a criança e seus pares
possam desenvolver criar, participar de uma infinidade de brincadeiras. Não há
uma receita do que uma brinquedoteca deve ou não deve ter. Sua criação e
existência estão diretamente ligadas ao grupo ao qual pertença e a sua
finalidade. Esse lugar mágico onde acontece a brincadeira pode ser grande ou
pequeno, uma sala ou uma caixa. O que importa é que é nesse “lugar” que a
imaginação acontece. Evidentemente, quando a criança fica mais velha, esse
“lugar”, muda suas características e assume outras, como uma mesa, ou, e mais
frequentemente, um computador e até um telefone celular. De qualquer maneira,
esses últimos têm o mesmo objetivo: o de “transportar” o brincante para um
“espaço” diferente do seu cotidiano. Devem ser construídos de maneira
participativa e colaborativa com as crianças e demais parceiros do brincar.
16. Como devemos proceder na
escolha brinquedos?
Em primeiro lugar é preciso pensar no
público-alvo que usufruirá desses objetos. Estes devem ser adequados às
crianças e não o contrário. Eles devem ser atraentes o suficiente para motivar
o brincante, provocá-lo, agradá-lo, desafiá-lo. Podem ser industrializados ou
não, desde que se preste para a função de brincar. Podem ser elementos da
natureza, objetos artesanais, industrializados, simples ou sofisticados, que
nos aparecem em diversos contextos. Tais objetos, transformados em brinquedos
pelas crianças, ao mesmo tempo em que estimulam a brincadeira, desenvolvem a
inteligência e refletem padrões sociais.
17. Cite pelo menos cinco
indicações de cuidados da Secretaria de Estado da Saúde para a compra de brinquedos para
crianças.
a) Brinquedos com ruídos
excessivos podem causar sérios danos à audição.
b) Evite brinquedos com formas e
cheiros que imitem alimentos; as crianças tendem a engoli-lo
c) Atenção aos brinquedos que
possuem partes cortantes ou pontiagudas, que podem ocasionar ferimentos
d) Em hipótese alguma
adquira brinquedos compostos por substâncias tóxicas ou de fácil
combustão.
e) Verifique prazo de validade e
condições de garantia do brinquedo. Brinquedos têm, sim, prazo de validade.
f) Atenção aos brinquedos que
possam levar a sufocamento (cordas, balões ou peças muito pequenas).
g) Adquira o brinquedo de acordo
com a faixa etária ou idade do seu filho. Por lei, os fabricantes devem
transmitir essa informação no rótulo.
h) Verifique se a embalagem do
brinquedo possui informações sobre o fabricante (nome, CNPJ, endereço).
i) Evite brinquedos que possam
ocasionar choque elétrico. Os brinquedos devem conter selo de segurança
fornecido pelo
Inmetro (Instituto Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial).
18. A participação das crianças
no cuidado e manutenção dos brinquedos e jogos é fundamental para o sucesso da
brincadeira. Elas, sempre que possível, devem ser estimuladas a guardar, limpar e
consertar jogos e brinquedos. Justifique essa afirmação.
As crianças imitam o comportamento dos
adultos e quando estes têm a oportunidade de mostrar por seus atos a
importância que dão ao brincar, certamente contribuirão para a formação de
cidadão engajados, críticos e cooperativos. As crianças devem ser estimuladas a
verificar se os brinquedos estão em boas condições e avisar os profissionais,
caso haja alguma irregularidade ou problema com os brinquedos e com o ambiente.
Nas situações de manutenção, o encontro entre crianças de diferentes faixas
etárias pode promover troca de experiência. É preciso ensinar as crianças desde
pequenas a guardar seus brinquedos nos lugares apropriados e a terem cuidado
com as crianças menores. Para os autores do guia de brinquedos, as crianças
devem ser orientadas também em casa por seus pais. Explique-lhes que além de
não se perderem, pode-se evitar que caiam nas mãos dos irmãozinhos menores, que
podem se machucar com brinquedos desenhados para mais velhos. Isso criará
também um senso de responsabilidade. Convide outros parceiros e a família da
criança para participar da manutenção, cuidado e atualização do acervo. As
crianças certamente ganharão não só na qualidade do espaço, mas principalmente
na qualidade das relações pessoais.
19. Para Michelet, além das
classificações por faixa etária e por tipos de materiais utilizados na
fabricação de brinquedos e jogos, em quais categorias as classificações existentes podem ser agrupadas?
Classificações etnológicas ou
sociológicas que analisam os brinquedos em função do papel
que lhes é atribuído (ou que a classificação lhes atribui) nas diversas
sociedades. Classificações filogenéticas que analisam os brinquedos em função
da evolução da humanidade, evolução esta reproduzida pela
criança em seus jogos. Classificações psicológicas que se fundamentam na
explicação do desenvolvimento da criança e em função das quais se estabelece
uma hierarquia dos jogos. Classificações pedagógicas que distribuem os
brinquedos segundo diferentes aspectos e opções dos métodos educativos
20. Segundo André Michelet, a
classificação ICCP (Internacional Council for Children’s Pay) elaborou uma
classificação simples e genérica, com base na observação direta e com base em
dois eixos: os brinquedos e o uso que a criança faz, para auxiliar no trabalho
do profissional de educação. Fale sobre os quatro critérios relativos a quatro qualidades fundamentais para análise
dos brinquedos.
O valor funcional : é
caracterizado pelas qualidades intrínsecas do brinquedo (dado retomado em parte
pelas normas de segurança). Seu valor funcional diz respeito à sua adaptação ao
usuário. Hoje a maioria deles está na mesma escala da criança brincando no
chão, com todo seu corpo. O valor experimental: diz respeito àquilo que a
criança pode fazer ou aprender com seu brinquedo em todos os níveis: fazer
ruído, rodar, encaixar, construir, medir, classificar. Engloba todas as caixas
de conteúdo técnico ou científico e os jogos didáticos. O valor de
estruturação: relaciona-se com o desenvolvimento da personalidade da criança e
abrange o “conteúdo simbólico” do jogo e do brinquedo: projeção, transferência,
imitação. Esta função permite assimilar emoções e sensações (ninar a boneca),
descarregar tensões (brinquedos ditos agressivos). Este valor diz respeito a
tudo que concorre à elaboração da área afetiva. O valor de relação: diz
respeito à forma segundo a qual o jogo ou brinquedo facilitam o estabelecimento
de relações com outras crianças e com os adultos propondo o aprendizado de
regras
21. O que significa Sistema ESAR
de classificação de brinquedos? Qual é seu objetivo? Em quais teorias se
fundamenta? Como está organizado?
ESAR é uma palavra composta pela
primeira letra das categorias de cada faceta, ou seja: E para jogo de
exercício; S para jogo simbólico, A para jogo de acoplagem, R para jogo de
regras simples ou complexas. Segundo Denise Garon, o Sistema ESAR de
classificação de brinquedos tem por objetivo analisar os objetos de jogo para
melhorar a escola que deles se utiliza e para melhor compreender a criança que
brinca. Apoia-se nas teorias documentais e psicológicas como os Estudos de
Piaget e está organizado em facetas, categorizadas das mais gerais para as mais
específicas, correspondentes às etapas do desenvolvimento da criança e da sua
atividade lúdica, desde seu nascimento até a idade adulta.
Escreva sobre o sistema
ESAR de classificação de brinquedos: objetivos, teorias em
que é fundamentado e
como se organiza. Pg 150
R: O objetivo do sistema
ESAR é analisar os objetos de jogo, com a intenção de melhorar a escola e
melhor compreender a criança que brinca. Esse sistema apóia-se nas teorias
psicológicas correspondentes às etapas do desenvolvimento da criança e sua
atividade lúdica, desde o nascimento até a idade adulta. É organizado de acordo
com a primeira letra de cada faceta: E - jogo de exercício, S -
simbólico, A - acoplagem e R - jogos de regras
22. Por que é importante existir
outros espaços para a criança brincar para além das instituições educacionais?
Porque brincar é gostoso, é agradável,
dá prazer e satisfação. Brincando nos divertimos com nossos parceiros, fazemos
novas amizades, soltamos a imaginação. É preciso reconquistar os espaços que
utilizávamos para brincar e que foram restringidos pela falta de segurança,
sobretudo nas áreas urbanas como a rua, os terrenos baldios, os parques
públicos e os clubes, antes espaços comuns de brincadeiras e que agora são
quase inexistentes. O mesmo acontece com o tempo para brincar. As crianças não
devem ter tantas tarefas domésticas, ingressar precocemente no mundo do
trabalho, para auxiliar no sustento da família, e muito menos ter numerosas
tarefas escolares ou vasta agenda de cursos extracurriculares. Essas são algumas
das situações que corroem o tempo da infância.
23. De que forma nós, educadores
e familiares, podemos garantir os direitos básicos e melhor qualidade de vida para as
crianças?
Entendendo que a criança é alguém hoje
ativa, capaz, criativa e inteligente, não podemos considerar que todas essas
mazelas não as atinjam direta ou indiretamente. Devemos ser sensíveis ao
direito de a criança brincar, independente de sua faixa etária; buscar uma
formação mais específica, aliando esse conhecimento à sua prática, num processo
dialético, adaptando as transformações culturais e as tradições que compõem o
repertório dos jogos trazidos pelas crianças, aprendidos com suas famílias. Na
escola, torná-la melhor ainda, participando e organizando ambientes
motivadores, escolhendo e adquirindo materiais, objetos, brinquedos e jogos
interessantes para brincar com qualidade. Apropriarmo-nos de espaços públicos
como ruas, praças, parques e clubes, chamando amigos e vizinhos e
mobilizando-os para buscar maiores informações de outras experiências como ruas
de lazer, brinquedotecas em hospitais, brinquedotecas fixas e itinerantes,
contatar os representantes públicos locais (prefeitos, vereadores, administradores,
conselheiros tutelares etc.) para implantá-la.
24. Por que o brincar é
importante para as crianças hospitalizadas?
Algumas situações de saúde, como a
hospitalização, também podem privar a criança desse ato, negando seu direito de
brincar. Submetida a procedimentos médicos, muitas vezes invasivos, longe da
família, amigos e escola, a criança fica suscetível a uma série de sentimentos
como angústia, insegurança, medo e tristeza. Muitas investigações recentes
demonstram o brincar como alternativa para aliviar a tensão da espera e também
contribui para o conhecimento da sua enfermidade e aceitação dos tratamentos;
ajuda também a superar traumas da internação e atitudes negativas relacionadas
à sua saúde. Outro destaque na área da saúde está na organização de espaços de
brincar em consultórios e ambulatórios onde são realizadas consultas, exames e
tratamentos muitas vezes invasivos, demorados e dolorosos para a criança e seus
familiares. Nas condições do atendimento ambulatorial dos hospitais públicos do
Brasil, a presença da brincadeira pode ter importância especial, pois, muitas
vezes, a espera pela consulta é longa e difícil de ser tolerada. Assim,
brincando, a criança faz o que gosta, diluindo-se, consequentemente, a tensão
dessa espera.
25. O pensamento
divergente ou lateral corresponde?
Neste contexto, a
complexidade significa que são capazes de pensar e de agir segundo uma
diversidade de lógicas que geralmente não estão desenvolvidas em tão elevado
número na maior parte das pessoas. É como se um indivíduo criativo concentrasse
inúmeras habilidades complexas, Favorecer o pensamento selvagem. As técnicas
criativas são especialmente úteis para situações em que as soluções lógicas e
racionais não funcionem. Trata-se assim de facilitar as ideias aparentemente
absurdas e ilógicas a partir dos parâmetros convencionais. Trata-se de dar
liberdade ao pensamento lateral e criativo, de dar um salto desordenado na
abordagem do problema.a um modo único e criativo de pensar e corresponde a
possibilidades infinitas de experimentação
26. O que deve ser
composto a brinquedoteca?
A brinquedoteca deve ser
composta por cantos temáticos e uma diversidade de objetos, brinquedos, e
materiais, onde as crianças possam criar, desenvolver, enfim, participar
de inúmeras brincadeiras, sendo que sua criação deve estar ligada ao grupo que
pertence e sua finalidade
27. Faça uma reflexão
sobre a importância de brincar para a criança. Pg 79
A brincadeira é importante para o desenvolvimento
do ser humano, principalmente nos primeiros anos de vida. Através das
brincadeiras, experimentamos sensações sonoras e táteis, nos diferenciamos dos
outros, nos comunicamos, exploramos nosso corpo, etc
28. Do que deve ser
composta a brinquedoteca?
A brinquedoteca deve ser composta por cantos
temáticos e uma diversidade de objetos, brinquedos, e materiais, onde as
crianças possam criar, desenvolver, enfim, participar de inúmeras brincadeiras,
sendo que sua criação deve estar ligada ao grupo que pertence e sua finalidade
29. Não há receita do
que uma brinquedoteca deve ou não ter. Ela esta ligada ao grupo ao qual
pertence e a sua finalidade.
Cunha faz uma lista:
- Cantinho do faz de conta, canto de leitura, canto
das invenções, teatrinho, sucatoteca, mesa de atividades, estante com
brinquedos, acervo, oficina e quadro de comunicações
- Canto do faz de conta – um espaço com mobílias
para as crianças montarem e organizarem
- Canto fofo, Canto de Leitura ou de Contas
histórias – com tapetes e almofadas para as crianças lerem no chão
- Canto das Invenções – um lugar pra inventar
coisas, com jogos de construção ou com matéria de sucata
- Sucatoteca – um lugar pra guardar todas as coisas
que podem servir pra fazer outras coisas, lixo(lavado e classificado
30. Escreva uma reflexão
sobre o lúdico no cotidiano escolar baseado nas idéias da professora Diva
Nereida Marques
Machado Maranhão.
REFLEXÃO COTIDIANO DIVA NEREIDA M.M.MARANHÃO.R.Para
Prof. Diva, brincar é uma coisa seria.A educação lúdica não é encarada como um
passatempo do professor, mas como um complemento no processo de aprendizagem,
brincando podemos levar aos alunos a compreender e interagir com o mundo.
Outra resposta - Para Diva Maranhão, brincar é
coisa muito séria. A educação lúdica não é encarada como um passatempo do
professor, mas como um complemento no processo de aprendizagem. Assim, a autora
nos mostra de forma direta, como usar cada jogo na época certa, respeitando
todas as circunstâncias em que os alunos estão inseridos.
As teorias de Piaget eVygotsky, relativas ao
jogo e ao brincar, nos dão um grande suporte para compreendermos o
universo da criança e do adolescente, tornando nossa sala de aula o
local preferido dos estudantes. Ao apresentar essas teorias, Diva nos mostra
que, brincando, podemos levar nossos alunos a compreender e interagir
com o mundo. Porém, segundo a autora, o professor só usará de forma correta
os jogos em sala de aula, se deixar fluir o espírito criativo. Por
isso, ela dedica dois capítulos de seu trabalho para mostrar a importância da
criatividade na motivação dos alunos em sala de aula. Diva Nereida Marques
Machado Maranhão é pedagoga, pós-graduada em Metodologia do Ensino
Superior e Psicopedagogia Clínica e Mestranda em Educação.
Atuou na área de supervisão e direção nas Secretaria
Municipal e Estadual de Educação do Rio de janeiro. Atualmente
ministra aulas de Criatividade na Educação, Recreação e Artes,
Psicologia da Educação, Relações Humanas e Dinâmica de grupo no Curso
de Pós Graduação da Universidade Cândido Mendes - Projeto A Vez do Mestre.
Coordena palestras, promove oficinas e cursos de reciclagem para
professores, sobre diversos temas voltados à motivação de educadores, tais
como, O lúdico na Educação, Intervenção Psicopedagógica através
deJogos e Relações Humanas. Ensinar Brincando é o livro ideal para
você que quer tornar suas aulas mais dinâmicas egostaria de ver seus
alunos sentindo prazer em aprender. Aqui você descobrirá que muitas vezes está
usando a brincadeira certa, mas na hora errada e dessa forma
comprometendo todo o trabalho de aprendizagem. Faça de sua aula o momento mais
esperado pelo aluno. Torne transparente o poder de seu entusiasmo para cativar
seu aluno. Uma leitura agradável, direta e prática, que fará você
rever seus métodos de ensino. A fascinante e difícil tarefa de nos
levar ao universo de nossos alunos, explicada de forma muito simples; - Nós já
fomos crianças e temos que acordar esse Ser criativo e apaixonante
que tem o dom de educar
31. Escreva sobre o
ICCP: o brinquedos e o uso que a criança faz, quatro qualidades fundamentais
para a análise dos
brinquedos.
O ICCP elegeu 4 critérios referentes a 4 qualidades
fundamentais para a análise dos brinquedos: o valor funcional (qualidade e
normas de segurança), experimental ( o que a criança pode aprender em todos os
níveis), estruturação (desenvolvimento da personalidade, área afetiva) e
relação ( forma como o jogo facilita as relações e aprendizado de regras.
32. Escreva sobre o
papel do jogo no desenvolvimento da criança baseado nas idéias de Coria Sabini
e Regina Lucena.
De acordo com Coria Sabini e Regina Lucena, os
jogos oferecem uma fonte de para estudos, do ponto de vista sociológico, na
perspectiva psicológica e numa abordagem antropológica, reforçando que o
brincar está ligado ao desenvolvimento integral do ser humano, individual ou
social, pois ao brincar a criança diverte-se, aprende regras, resolve
problemas, lidera, etc
33. Discorra sobre o
jogo tradicional
O jogo tradicional é aquele que apresenta-se como
manifestação cultural, estando sempre em transformação. Geralmente acontecem
livremente, fora do ambiente escolar, o que dificulta a sua transmissão. Ex:
Amarelinha, pião, cantigas de roda, jogo cinco Marias, etc.
Outra resposta - O jogo tradicional é aquele que
apresenta um conjunto de atividades humanas, como manifestação cultural,
estando sempre em transformação. No caso esse tipo de atividade lúdica
apresenta-se como manifestação cultural á transmissão oral, folclore, cultura popular,
assumindo características de anonimato, conservação e universalidade. Ex: Nas
cantigas de roda, as cantigas foram transmitidas na expressão oral da
cultura popular; Nas amarelinha e do pião, cujas origens se perderam no tempo,
mas os jogos são sucesso entre as crianças; os jogo cinco Marias, etc.
Antigamente as crianças brincavam nas ruas, vielas, campinhos e várzeas, agora
este espaço esta ocupado pelo progresso, grandes construções, minimizado
espaços propícios para a diversão. Geralmente acontecem livremente, fora do
ambiente escolar, o que dificulta a sua transmissão. Essa situação pode ser
transformada a medida que a escola e os professores derem mais atenção e espaço
para a realização dos jogos e com crianças de várias idades. Dando tal liberdade
á criança para que ela desenvolva o companheirismo e a autonomia perante as
situações que os jogos as colocam.
34. Discorra sobre o
jogo de regras. Pg 153
O jogo de regras é um tipo de jogo que
auxilia na socialização, sendo complexo por basear-se em combinações e
exercícios de raciocínio lógico, dedução e hipóteses. As regras podem ser
construídas pelos próprios jogadores ou impostas por quem ESTA fora do jogo
35. Discorra sobre o
jogo simbólico
O jogo simbólico ou “faz de conta”, essa atividade
lúdica, caracteriza-se a partir do momento em que a criança começa a alterar o
significado dos objetos, dos eventos, passa a expressar seus sonhos e fantasias
e assumir seu papel na sociedade.
Nós, professores devemos possibilitar que as
crianças pratiquem esse jogo, aproveitando os espaços e a diversidade de
materiais, levando-os a imitar e recriar situações do cotidiano, garantindo
assim o desenvolvimento da criança
36. Discorra sobre
o jogo cooperativo.
O jogo cooperativo estimula a participação dos
alunos e a cooperação, onde o participante aprende a se colocar no lugar do
outro, a fim de que possam alcançar um objetivo comum. O importante não é
ganhar ou perder, e sim participar, ganhando confiança em si e no outro,
aceitando-o como ele é.
Outra
resposta - Jogos cooperativos são dinâmicas de
grupo que têm por objetivo, em primeiro lugar, despertar a consciência de
cooperação, isto é, mostrar que a cooperação é uma alternativa possível e
saudável no campo das relações sociais; em segundo lugar, promover efetivamente
a cooperação entre as pessoas, na exata medida em que os jogos são, eles
próprios, experiências cooperativas
No jogo cooperativo, aprende-se a considerar o outro
que joga como um parceiro, um solidário, e não mais como o temível adversário.
A pessoa quando joga aprende a se colocar no lugar do outro, priorizando sempre
os interesses coletivos.
São jogos para unir pessoas, e reforçar a confiança
em si mesmo e nos outros que jogam. As pessoas podem participar autenticamente,
pois ganhar ou perder são apenas referências para um continuo aperfeiçoamento
pessoal e coletivo.
Os jogos cooperativos resultam numa vontade de
continuar jogando, e aceitar todos como são verdadeiramente, pois as pessoas
estão mais livres para se divertir.
Jogar cooperativamente é re-aprender a conviver
consigo mesmo e com as outras pessoas.
O jogo cooperativo serve para nos libertar da
competição, seu objetivo maior é a participação de todos por uma meta comum. A
agressão física é totalmente eliminada, cada participante estabelece seu
próprio ritmo, todos se enxergam como importantes e necessários dentro do
grupo. Aumentando a confiança e auto – estima
Tentamos superar desafios ou obstáculos, sempre com
alegria e motivação.
Os padrões de comportamentos fluem dos valores que
adquirimos enquanto brincamos e jogamos durante a nossa infância, então o
modelo a que estamos expostos resultará no modelo que seguiremos no jogo e fora
dele.
Se hoje em dia ainda não enxergamos muitos atos de
cooperação significa que as crianças não estão sendo criadas num ambiente que
lhes proporcione aprender por meio de experiências que as sensibilizem para a
cooperação.
Os jogos cooperativos têm várias características
libertadoras que são muito coerentes com o trabalho em grupo. São elas.
Libertam da competição: o objetivo é que todos
participem para poder alcançar uma meta comum.
Libertam da eliminação: o esboço do jogo
cooperativo busca a integração de todos.
Libertam para criar: criar é construir e, para
construir, a colaboração de todos é fundamental. As regras são flexíveis, e os
participantes podem contribuir para mudar o jogo.
Libertam da agressão física: certamente gastamos
energia na atividade física, mas se promovemos a agressão física contra o
outro, estamos aceitando um comportamento destrutivo e desumanizante, o jogo
cooperativo propõe o contrário.
Uma das características dos Jogos Cooperativos,
diferente do que muitos imaginam é justamente não ter uma faixa etária
específica em cada jogo, mas, a possibilidade de que os jogos podem e devem ser
adaptados ao grupo que joga. Então podemos dizer que o Jogo Cooperativo é para
a criança muito pequena e também para adultos de todas as idades.Aqui deixo
claro que a idéia é criar um programa de Jogos Cooperativos, atendendo a todas
as idades, da criança até o adulto de qualquer idade.
O facilitador/focalizador deverá na hora do
planejamento das atividades observar a idade dos participantes, e, assim,
adequar qualquer jogo ao grupo.
Uma coisa é certa, quanto mais jovem é o grupo
menos competitivo ele é. A criança pequena é muito receptiva aos desafios
cooperativos. Até os 04 ou 05 anos, elas não se interessam pelo resultado
final, tudo que querem é a diversão que o jogo pode proporcionar
37. Discorra sobre o
jogo de construção.
Os jogos de construção têm sua origem nos dons de
Froebel e destina-se ao livre manuseio e combinação de pequenas peças para a
composição do mundo imaginário da criança. Os jogos de construção
possibilitam enriquecer a experiência sensorial e a criatividade, desenvolverem
habilidades cognitivas e de manipulação. No processo de evolução dos jogos
elaborados pelas crianças, ela desenvolve a capacidade de medir, imaginar,
planejar suas ações e compreender tarefas colocadas pelo adulto. A capacidade
de construção da criança vai sendo aprimorada, diferenciando-se da capacidade
de empilhar blocos, que ocorre antes dos três anos de idade. A idéia da
construção já exige o entendimento da junção de várias peças que pode ser feito
inicialmente pela imitação, com o auxilio de um adulto, para posteriormente
chegar á criação sozinha.
Outra resposta - Os jogos de construção destinam-se
ao livre manuseio de pequenas peças para qual a criança, componha o seu mundo
imaginário, possibilitando o enriquecimento da criatividade e experiência
sensorial, desenvolvendo a capacidade cognitiva e de manipulação, ampliando a
capacidade da criança
38. Definir o conceito dos
termos jogos, brinquedos e brincadeiras é uma tarefa de grande complexidade
dada a grande abrangência e
significado da palavra jogo. escreva uma reflexão
sobre o conceito de jogo, baseando se no conceito de
Carneiro (2003) e em suas palavras. Pg 11
Segundo o conceito de Carneiro, a palavra jogo vem
do latim, se significa movimentos rápidos, sendo mais tarde incorporado pela
língua romena, referindo-se também aos ritos de iniciação e jogos de azar, e
finalmente passaram a indicar movimento, futilidade e ligeireza
39. De que forma nós,
educadores e familiares, podemos garantir os direitos básicos e melhor
qualidade de vida para as crianças? [QUESTÃO DA APOSTILA]
Entendendo que a criança é alguém hoje ativa,
capaz, criativa e inteligente, não podemos considerar que todas essas mazelas
não as atinjam direta ou indiretamente. Devemos ser sensíveis ao direito de a
criança brincar, independente de sua faixa etária; buscar uma formação mais
específica, aliando esse conhecimento à sua prática, num processo dialético,
adaptando as transformações culturais e as tradições que compõem o repertório
dos jogos trazidos pelas crianças, aprendidos com suas famílias. Na escola, torná-la
melhor ainda, participando e organizando ambientes motivadores, escolhendo e
adquirindo materiais, objetos, brinquedos e jogos interessantes para brincar
com qualidade. Apropriarmo-nos de espaços públicos como ruas, praças, parques e
clubes, chamando amigos e vizinhos e mobilizando-os para buscar maiores
informações de outras experiências como ruas de lazer, brinquedotecas em
hospitais, brinquedotecas fixas e itinerantes, contatar os representantes
públicos locais (prefeitos, vereadores, administradores, conselheiros tutelares
etc.) para implantá-la
40. Como podemos propor
aprendizagens usando jogos? [QUESTÃO DA APOSTILA]
O jogo é muito importante em sala de aula, promove
a aprendizagem, seja ela informal ou formal. O jogo, o brincar e a brincadeira
acontecem dentro e fora da escola, quando propomos um jogo, alem do objetivos cognitivos a serem alcançados, esperamos que as crianças
sejam capazes de respeitar limites, socializar, criar e explorar a
criatividade, interagir aprender e pesquisar
41. Como Jean Piaget
pensa a criatividade?pg 17
A relação ativa da criança com o mundo a sua
volta e com os outros é o ponto de partida para o desenvolvimento da
criatividade autonomia. A interação da criança com este mundo que a rodeia
permite que ela desenvolva sua imaginação e criatividade, na medida
em que possibilita que ela formule perguntas, busque respostas,
descubra e construa o conhecimento. E esta relação é
também, segundo Piaget, pressuposto básico para o desenvolvimento do indivíduo
autônomo, tanto moral, quanto cognitivamente, na medida em que permite que a
criança se desloque de sua própria perspectiva, colocando-se na perspectiva dos
outros e percebendo a existência de vários pontos de vista e da
necessidade de troca e cooperação.
A possibilidade de agirmos de modo autônomo,
segundo Piaget, pressupõe desenvolvimento e aquisição de
conhecimentos, atividades cooperativas, descentração e entendimento
dos pontos de vista de outros sujeitos, o que significa que tais atitudes são
adquiridas através da experiência com os outros sujeitos e da relação
dos sujeitos com o mundo a sua volta.
A criança, para Piaget, não é "um ser passivo
cujo cérebro deve ser preenchido, mas um ser ativo, cuja pesquisa espontânea
necessita de alimento". Esta idéia vem ao encontro da idéia de
cooperação, na medida em que o trabalho em grupo e a pesquisa são
atividades que permitem colaboração e troca. Recepção passiva de
informações, memorização de dados, cópias de atividades são atividades que
isolam intelectualmente os alunos.
A cooperação pode ser considerada como atividade
efetivamente criadora, na medida em que ela é condição indispensável para a
constituição plena da razão.
Imaginação e criatividade, portanto, não
são instâncias circunscritas apenas ao trabalho artístico. São fundamentos do
desenvolvimento do homem completo. São pressupostos para a ação do homem sobre
o mundo e para a análise, construção e modificação das coisas
que o rodeiam
42. Como Huizinga
refere-se ao jogo?
Huizinga se refere ao jogo como um elemento da
cultura, identificando características relacionadas a aspectos sociais. Para
ele, o jogo não é material e tão pouco racional
43. Afinal a
criança aprende brincando? Responda esta pergunta baseando se no pensamento de Brougere. Pag. 63*
Para Brougère, o jogo contribui de forma na
aprendizagem, pois os alunos aprendem melhor divertindo-se, devendo então o
educador aproveitar-se disso em doses limitadas para chegar ao aprendizado real
44. As brinquedotecas sã
espaços organizados intencionalmente compostos por cantos
temáticos e uma diversidade
de objetos,materiais e brinquedos onde a criança
e seus pares possam desenvolver, criar, participar, de uma infinidade de
brincadeiras. Enumere uma lista de cantinhos comuns que
compõe uma brinquedoteca. Pag. 105 *
Cantinho do faz de conta, canto de leitura, canto
das invenções, teatrinho, sucatoteca, mesa de atividades, estante com
brinquedos, acervo, oficina e quadro de comunicações
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