Historia da Educação – Historiografia:
Até o século XIX não existia a história da educação, mas apenas história da pedagogia (história das idéias pedagógicas); -Hoje, pode se dizer que a pedagogia é uma teoria crítica da educação, ou seja, da intervenção do homem na transmissão e transformação da cultura;
-“A educação é dependente da política”
-Educação: no sentido mais amplo - práticas sociais, ela acontece em todos os momentos e em todos os lugares; na escola, na família, no trabalho, na igreja, nas relações com amigos. -No sentido mais restrito – educação escolar, instituição escolar; Essa predomina hoje sobre todas as formas de educação. - Educação como conjunta de práticas sociais é produto das relações sociais;
-A educação é uma arma, isto é, pode ser utilizada com princípios de formar cidadãos capazes de analisar cognitivamente as condições impostas pelos governantes;
Vídeo 1 – pág. 5/7 – Introdução A história da educação - surge no pós-guerra, onde vários pesquisadores, principalmente os franceses começam a se dedicar à historia da educação;
A escola de Annales, uma escola histórica francesa, com grande influencia na discussão sobre métodos de pesquisa e investigação, uma escola de historiadores, sociólogos, antropólogos que se reuniam para produzir um outro tipo de historia, uma historia que estudasse todos os elementos que compõem a sociedade, não só a economia mas também a ideologia, a política e a educação;
Marc Blach e Lucien Fèvre foram alguns dos grandes historiadores que abriram as possibilidades para que a história da educação saísse da mera história pedagógica. A partir daí há uma ampliação dos objetos e métodos de estudo e de pesquisa;
A pesquisa histórica da educação passa a contemplar a historia das teorias e das instituições escolares e formativas, a história da didática, da infância e das mulheres;
Historia da Educação no Brasil; a partir da década de 1930, com a chamada Escola Nova começa a se preocupar com a história da educação, ainda que como uma ciência auxiliar. Na Escola Nova, a história da educação estava mais voltada para a formação de valores humanos do que para a interpretação e compreensão dos processos históricos da educação brasileira, ou seja, queria mais ensinar os valores do que compreender o contexto.
Vídeo 2 – pág.9/16 - Grécia Antiga: Educação na Antiguidade Clássica - contexto histórico e geográfico – existia uma grande diversidade e vida cultural em comum, vários povos que habitavam em toda a Grécia antiga, povos vindos do interior da Europa: os Aqueus, os Eólios, os Jônios, os Dórios.
Com o aumento gradativo desses habitantes, foi se criando uma fusão cultural; a mesma língua entre os diferentes povos (língua grega). Aos poucos foram se organizando e com isso se cria a chamada cidade-estado.
A Grécia antiga era primeiramente estruturada nos génos - comunidades gentílicas e familiares (pequenas comunidades, aldeias e tribos). É nesse período que surgem as obras homéricas (Homero), as “Ilíada” e “Odisséia”. Foram obras que serviram como forma de educar o povo grego, principalmente das camadas dominantes, e os adolescentes, filhos da aristocracia que buscavam a educação do corpo preparando-os como bons guerreiros que tinham que respeitar os deuses além de formar bons oradores. Essas obras serviram por muito tempo como instrumento de educação familiar - é aí que surge pela primeira vez uma forma de educação destinada à camada social dominante (proprietários de terras).
Outro grande poeta foi Hesíodo – escreveu “Os trabalhos e os Dias”. Através desse trabalho ele discute a formação da criança e do jovem, principalmente do ponto de vista do trabalho, tendo-o como condição humana. Para ele, era pelo trabalho que se formavam as pessoas – tendo aí uma forma de educação dos
Formação da “Polis” (Cidades-Estados) – a Grécia Antiga era dividida em várias Cidades-Estados que tinham sua própria autonomia política, econômica e religiosa. Com a formação da Polis acontece a desagregação dos genos (comunidades familiares) e com isso acontece o aumento populacional. Junto a esse aumento populacional também à necessidade de se produzir mais. Esses fatores desencadearam conflitos sociais entre trabalhadores, proprietários, comerciantes e aristocratas.
As transformações econômicas, sociais, políticas e culturais decorrentes dos conflitos culminaram na queda do rei e a ascensão política da aristocracia (ricos proprietários de terras), desenvolvendo na Grécia a política da democracia e outras formas de governo no mundo grego.
Um dos grandes avanços com a formação da Polis foi a revolução da mentalidade, ou seja, a política tomada como coisa pública e não apenas da aristocracia mas para os cidadãos habitantes da Polis;
- Tornar públicos todas as decisões políticas através de leis escritas, onde todos tinham o direito de participar das decisões políticas, exceto às mulheres, estrangeiros e escravos (direitos apenas para homens livres) e que eram nascidos nas cidades, seja em Atenas, seja em outras cidades;
- O culto, que antes era secreto, passa a ser público, ou seja, o acesso público à religião concedido pelo Estado;
- a supremacia do “logos” (razão), valorizando o poder do raciocínio, da argumentação, da palavra, além do poder econômico.
Mesmo *para Aristóteles, a educação na Grécia antiga era basicamente voltada aos homens livres, ficando de fora escravos e mulheres (adorar, cultuar, respeitar a pólis e a cidade acima de tudo).
A família foi a primeira forma de educação na Grécia antiga do século VI a.C. Por ela era transmitidos regras de comportamento e de valores. A família era basicamente o centro de tudo, onde a mulher cuidava dos filhos e da casa. A mulher era submissa ao homem. Esse foi o primeiro momento da educação familiar na Grécia, onde as crianças eram pouco valorizadas, eram encaradas como uma fase de passagem, muito ameaçada por doenças e muita mortalidade entre elas;
- A educação do cidadão grego era uma educação controlada e regulada pelas leis, ritos e mitos. Era uma forma de regular e controlar os cidadãos;Formas de educar o cidadão grego: - educação comunitária e os jogos:
- a educação comunitária a educação era passada através do teatro mediante dois gêneros dramáticos; a tragédia e a comédia (as tragédias e as comédias gregas serviam para educar o cidadão) e o teatro servia para educar a sim mesmo; -Já os jogos tinham a função de educar e preparar o corpo para as competições.
Na Grécia antiga tinham dois ideais de educação: o de Atenas e o de Esparta.
Atenas (Paidéia) - uma formação humana livre - a educação em Atenas era voltada à formação humana livre e com experiências diversificadas, valorizava a formação social do indivíduo;
Esparta – uma educação mais voltada ao militarismo valorizava a formação do cidadão guerreiro. Esparta foi dominada pelos Dórios, século IX a.C. onde formaram um estado militar pelo fato de os Dórios serem cidadãos guerreiros, por isso adota esse estilo de educação.
História de Atenas: - começou com a ocupação do povo jônio (sec. X a.C.) sob o regime de comunidade gentílica. micsigenaram-se com antigos habitantes (cruzamento de raças). “A Grécia antiga que começa pela comunidade gentílica familiares à formação da polis, estado ateniense. Havia em Atenas três classes sociais distintas entre a população livre: a aristocracia agrária, os pequenos proprietários rurais e os artesãos. O comércio era basicamente dominado por estrangeiros atraídos pelas trocas comerciais, eram homens livres, porém, não possuíam direitos civis e políticos.
Com o crescimento do comércio e da produção artesanal foram surgindo novas camadas sociais (urbanos e rurais) assim como a ascensão econômica e social dos proprietários rurais e os artesãos. Como essas classes em ascensão não tinham participação no poder público começa aí uma acirrada luta de classes, lutas sociais por reformas políticas, econômicas e sociais. É essa luta que leva Atenas à democracia.
Temos em Atenas passagem da plutocracia para tirania e da tirania à democracia – (plutocracia era quem tinha o poder).
Crise da Polis – (sec. V a IV a.C) - Para não perder o monopólio político a classe dominante se viu obrigada a implantar uma série de reformas exigidas pela massa urbana, começando pela publicação das leis escritas, onde todos teriam o direito de ler e escrever, enquanto que a filosofia e a oratória, a literatura ficariam restrita apenas aos homens livres, desprezando o trabalho manual que era destinado aos escravos.
Educação do jovem ateniense: dedicava se ao estudo da escrita, da música e da educação física; Já a educação voltada aos cidadãos livres era voltada para o “sofismo” a arte da retórica, da oratória e da argumentação;
Nos anos 431 a.C. acontece a guerra do Peloponeso (cidades aliadas de Esparta contra cidades aliadas de Atenas), desencadeada pela rivalidade dos Estados Gregos. A divisão política interna da Grécia possibilitou o exército do rei da Macedônia, Felipe II, derrotar as forças aliadas de Tebas e Atenas impondo unidade à Grécia que passa a submeter ao seu domínio. A macedônia sob o domínio de Felipe II, Posteriormente assumido por seu filho Alexandra segue expandindo rumo à Ásia, posteriormente derrotou a Ásia menor conquistando as cidades gregas da região, na seqüência derrotando os persas, conquistando a Fenícia e a Palestina, desenvolvendo com seu povo uma boa política de relacionamento, apresentando-se como libertador dos mesmos.
A cultura grega foi mantida e valorizada e a fusão entre gregos e orientais deu origem a uma nova cultura, a cultura helenística que acaba se consagrando em uma cultura sólida mesclada com os valores gregos e outras tradições e culturas à sua volta – uma cultura cosmopolita, não mais de uma polis mas da Cosmópolis, a cidade universal.
Pelo sistema de educação espartano as crianças eram retiradas da família e entregues ao Estado, onde recebiam educação e uma formação militar que favorecesse a aquisição de força e coragem. A educação era um aprendizado da obediência, ensinavam a ler e a escrever apenas o necessário, o resto visava a acostumá-los a obediência, torná-los duro à adversidade e fazê-los vencer nos combates, quando cresciam recebiam um treinamento ainda mais severo, raspava a cabeça e eram obrigados a marchar descalços e a brincar quase nus. A partir de certa idade tinham que viver sem túnica, recebia um manto por ano, andavam sujos e nem conheciam o banho.
Video 3 – pág 17/20 - Roma: - Educação agrária e tradicional; - Pater famílias, comunidade familiar onde “pater” é a figura mais velha; - Divisão social: patrícios, plebeus e clientes. (situada na região do mediterrâneo)
p/ refletir: Como a educação romana está presente na educação escolar de hoje? – austeridade, disciplina e a presença da educação do corpo e a educação moral muito presente atualmente na educação.
Patrícios (elite dominante); - Plebeus (trabalhadores em geral); - Clientes (estrangeiros agregados aos patrícios).
Em um modelo cultural arcaico romano, dominado pelos patrícios (elite), a comunidade familiar tinha o pai como autoridade absoluta (pater família) e que possuía plenos poderes, inclusive “de vida e de morte” dos próprios filhos. O espírito, os costumes e a disciplina dura dos pais tinham um papel central.
Os patrícios (pate
r) eram a elite que detinham o poder absoluto tanto econômico quanto militar.
Os plebeus (maioria da população) apesar de homens livres não participavam das decisões políticas, assim como os estrangeiros que eram mantidos sob proteção jurídica de família patrícia que era considerado como coisa e objeto de propriedade de um patrício;
Roma Republicana (509 a.C a 27 a.C) – período de grandes lutas de classes devido a pressão social dos plebeus que reivindicavam direitos que até então não tinham como o direito do casamento e direitos políticos;
Essa pressão por parte dos plebeus levou as leis escritas e conquistas sociais (leis das 12 tábuas - 450 a.C). Essas leis eram a base da educação do homem romano – defendia a dignidade, a coragem, a firmeza e a piedade como valores máximos. As leis eram gravadas em 12 tábuas de bronze e fixadas no fórum para conhecimento da população;
A função da educação: formar civis romanos (cidadão romano);
A mãe tinha uma função familiar e educativa e menos submissa e menos marginalizada se comparada à Grécia. A ela cabia o acompanhamento dos filhos em todos os sentidos da vida, materiais e espirituais: nutrição, instrução, sustento, desenvolvimento físico e moral. A educação para as mulheres era apenas com objetivo de prepará-las para o papel de esposa e mãe.
A criança não era bem vista, tinham um papel marginalizado, não era valorizada, sujeita a doenças e à morte precoce, era uma fase de passagem e por isso quase não se investia nela, era brutalmente violentada, submetida aos duros regimes do pai, da mãe, vigiada pelos pedagogos sob o autoritarismo dos mestres.
Características da educação romana: austeridade (rigorosidade); disciplina (ordem); educação física (educação do corpo); educação física militar (voltada à guerra); educação jurídico-moral (para entender a política, a oratória para poder participar das assembléias).
Com o fim da República e a instituição do Império quem passa a comandar são os Imperadores romanos, onde se tem uma centralização do poder e do quadro burocrático-administrativo do império. Com a expansão imperial e a centralização do poder aumenta a necessidade de pessoas preparadas para administrar o império. É ai que entra a importância da educação do cidadão para formar profissionais para essas áreas administrativas. (Roma imperial)
Como conseqüência da grande desigualdade social e econômica concentra-se muita riqueza pra alguns e muita pobreza e miséria pra muitos.
As transformações socioeconômicas levam à dissolução dos antigos costumes – a educação do estilo pater família, a educação arcaica, agrária se transforma em uma educação voltada ao urbano, ao império, a expansão, ao comércio e ao poder.
Devido a influência da cultura helênica (línguas) no império romano os educadores das elites romanas eram, na maioria escravos gregos, que sabiam ler e escrever (fato curioso e nada comum, escravos educar a elite), “uma inversão de valores”. No império romano havia duas classes de escola: uma do ensino grego e outra que predominava o latim.
Nesse momento acontece a difusão da escola pública como uma forma de ampliar as oportunidades de acesso à educação, de determinadas classes, principalmente pelos plebeus que muito cobraram esse direito.
A educação escolar contribuía também para a expansão do império romano (expansão cultural e ideológica)
Vídeo – 4 – pág. 21/25 - Educação na Idade Média e os ensinamentos cristãos: a Idade Média foi um período onde se criou bons colégios e as primeiras universidades. Houve também a difusão e a manutenção do pensamento e da cultura Greco-romana, remodelada com a cultura cristã. Nesse momento a educação se dava através da religião e do trabalho; (o destaque na educação da idade média é o cristianismo, a presença da igreja católica) – a idade média foi no período do século 5 ao 15 (mil anos) – há quem diga que foram mil anos de “trevas”
- A educação se dava basicamente pela religião que ensinava através das peças, das missas, das orações, onde as pessoas eram educadas moralmente. Educava-se também pelo trabalho (formação dos ofícios) – era trabalhando que se aprendia.
- A educação era fundamentada nas sete artes liberais composta pela gramática, retórica, geometria ((trivium) e pela lógica, aritmética, música, astronomia e as sagradas escrituras (Quadrivium)
-A educação era muito mais pela memória do que pela escrita ou leitura; não se ensinava a ler, não era lendo a bíblia que se ensinava, mas ouvindo as pregações dos padres.
As primeiras escolas medievais foram formadas a partir do século V. Era tutelada pela igreja, em princípio, destinadas às elites (classes dominantes). Aos pouco essas escolas vão se transformando em colégios (colégios catedrais) e de colégios às universidades.
Nesses colégios eram ensinadas as artes liberais (gramática, retórica, geometria; lógica, aritmética, música, astronomia, e é claro, a escritura sagrada).
As primeiras faculdades de teologia e direito foi no século XIII, na Europa (ano 1300);
Método de ensino baseado na Escolástica – razão e fé (aliar a razão e a fé), a fé cristã com a razão da lógica, da dialética, da aritmética, da geometria. Razão proveniente da cultura Greco-romana. (escolástica: sistema teológico-filosófico das escolas da idade media, é a coordenação entre a teologia e a filosofia). Um ensino pedagógico baseado na filosofia, mas com forte influencia religiosa que visa ajudar o homem a entender a verdade que foi revelada por Deus.
Na universidade o ensino era dividido em: -Trivium (três disciplinas) estudava a gramática, a retórica e a lógica, compondo arte da palavra e do signo;
-Quadrivium (quatro disciplinas) envolvendo os conhecimentos de aritmética, geometria, música e astronomia e música, referem-se às artes, às coisas e os números;
Diferentemente de hoje, naquela época se estudava todas as áreas, se tinha uma educação ampla, teológica e disciplinar. A educação era baseada na filosofia e na educação. É sempre bom lembrar que as universidades eram monitoradas pela igreja católica.
A cultura medieval escolástica estava voltada à valorização do papel superior da religião e a colocar o indivíduo em uma rígida escala social.
A universidade era um centro de formação profissional, mas tinha também uma função social. Servia como centro de reconhecimento social, intelectual e profissional. Havia uma relação muito íntima entre a universidade e o poder público; tinha muita influencia política, assim como com a igreja, já que grande parte dos funcionários públicos era eclesiástica e por isso defendiam suas igrejas. Era dali que saiam vários ministros e governantes. Repetindo, as universidades eram apenas para os filhos das classes dominantes (elite).
Fazer uma universidade na época era uma questão de adquirir prestígio intelectual, além, é claro de uma formação utilitária para um futuro profissional;
Formação dos
Ofícios: Para as camadas mais populares, a educação se dava por meio do trabalho, era trabalhando que se aprendiam um ofício. “O local de trabalho funcionava como um centro de formação de ofícios”.
As crianças e jovens eram colocados à disposição dos mestres, onde passavam primeiramente por um processo de avaliação pelo qual eram examinados e deveriam demonstrar boas qualidades moral para então serem inseridos em um processo de trabalho/aprendizado.
Vídeo 5 – pág.27/31 - Modernidade Educativa – Humanismo/renascimento:- período do renascimento científico, literário, artístico (Europa Ocidental século XIII à XVI). p/refletir: Quais seriam os pontos em comuns e divergentes entre a educação renascentista e a educação cristã medieval? -ponto em comum: a leitura dos clássicos, comum tanto na educação medieval quanto na renascentista, a presença dos clássicos. Na renascentista, todos os tipos de clássicos; --pontos divergentes: a crítica do poder da igreja e o antropocentrismo - a valorização do ser humano, da razão, acima da fé, acima do teocentrismo. Já que a educação medieval era muito ligada à escolástica, ao teocentrismo, à fé. No renascimento a ciência cresce de forma disparada, muitas pesquisas, o que não acontecia na idade media em função de muitos preconceitos que impediam o avanço das pesquisas, as técnicas, as ciências e a racionalização.
–A baixa idade média e a crise feudal (crise de subprodução, sec. XV – a Europa passou por uma crise muito difícil; (muita fome, peste, epidemias, guerras/França e Inglaterra), provocada pelo desequilíbrio entre o crescimento populacional e a baixa produção agrária (a produção não dava conta) por ser uma produção feudal voltada apenas à subsistência e não ao grande mercado. O aumento populacional e a subprodução levou à fome, que levou à doenças que levou a milhões de mortes.
Em conseqüência dessa imensa pobreza e fome criou-se conflitos, guerras, saques e muita revolta por parte da população. A crise Feudal foi uma crise econômica, política e social.
Junto a essa crise acontece o renascimento comercial e urbano, as cidades começam a ressurgir na Europa e se tornar importantes. Com o ressurgimento das cidades começam também o ressurgimento do comércio e ai começam a aparecer os Burgos (classe pobre), os comerciantes que começam a enriquecer, apesar da grande pobreza naquele período. Eles faziam rotas comerciais por toda a Europa, tanto marítima quanto por terra.
Como reação à crise feudal, acontece o fortalecimento das monarquias nacionais (antes , na idade media, havia os senhores feudais, que tinham mais poderes do que o próprio Rei.) (o Rei não era tão forte). Com a crise do século XV se começa a exigir a centralização do poder político, quando surge, então, as primeiras monarquias nacionais na Europa que leva à formação do primeiro Estado moderno (nação), (antes, reino). Para ser país/nação precisava ter um poder político centralizado, e é ai que começa o absolutismo (monarquias absolutistas), com Rei dotado de muito poder.
Na época havia a “teoria do direito divino”, o Rei não poderia ser contestado, se não era sinônimo de pecado, seria um pecador. –Maquiavel escreveu “O príncipe” onde defendia o poder forte. Para ele, somente um poder forte poderia botar ordem na casa e no caos social e econômico do momento.
-Shakespe, um grande dramaturgo, através de suas obras (“Hamlet”, “Otelo”, “Macbet”, “rei lear”) a pesar de ter uma grande simpatia pelo “poder forte” mostrava as contradições o lado “podre” do poder, assim como Maquiavel.
A grande expansão marítima e comercial Européia (época de grandes navegações), onde os europeus, a partir dos séculos 15 e 16 começam a se espalhar pelo mundo (a burguesia passa então a arredondar a terra porque se expande por todo o mundo, inclusive chegando aqui no Brasil, na época do descobrimento.
Renascimento na Educação – (o renascimento é filho da idade média) – a pesar dos renascentistas (pintores, escritores, poetas, dramaturgos) negarem, eles foram filhos da idade média, da cultura medieval que era extremamente católica. Não significa que o fato de os renascentistas negarem suas origens deixa de crer em Deus e nem vão deixar de ser católicos, mas há uma valorização do homem, isso é humanismo.
O surgimento do Estado moderno é que vem determinar o início da pedagogia política típica e central e uma educação articulada e organizada pela família, escola, associações e imprensa que juntos com mesmo objetivo de formação do cidadão;
- Visão antropocêntrica – humanismo, ao contrário daquela visão teocêntrica da idade média (medieval); “antropo – centro”, o homem passa a ser o centro e a medida de todas as coisas (senhor do mundo), não mais só a fé (teocêntrica), não mais só Deus. Isso não significa negar a religião, negar a Deus. (visão do homem, ou seja, visão antrocentrica).
Renascimento – os renascentistas têm o apoio das repúblicas italianas e pelos mecenas. Recebiam apoio financeiro dos burgueses e nobres para contratar filósofos, cientistas e artistas ou pagavam suas formações. Isso acontece na Itália porque é lá que havia muitas famílias burguesas aliadas às famílias nobres (a Itália era dividida em várias repúblicas governadas pelos burgueses). “os príncipes e monarcas eram chamados de mecenas, ou seja, protetores das artes”.Essa ajuda financeira não tinham o objetivo de se auto promover mas a difusão de novos hábitos, valores e comportamentos
O homem renascentista, com o poder de ser o inventor de sua própria historia procura viver uma vida em harmonia com a cidade e principalmente com a sociedade se envolvendo na vida civil, na política, na economia e nas artes.
A ascensão da cultura burguesa fica muito evidente nas pinturas do renascimento, que se pintam pessoas nobres e burgueses enquanto que na idade média se pintavam os santos, igrejas e obras sacras;
A educação foi muito influenciada pelo o humanismo, a valorização do homem, o resgate da cultura Greco-romana; é ai que acontece a difusão dos valores humanistas, uma educação para a formação de um novo homem com uma nova visão, uma visão mais racional e menos fanática.
Revalorização do mundo físico e mental (o que acontecia muito na Grécia antiga através da geometria, aritmética, matemática, astronomia). Esse conhecimento proveniente da cultura grega passa a ser resgatada na nova civilização. Essa revalorização do mundo físico e natural está ligada à razão, à ciência e à técnica;
Com isso acontece a valorização da infância, que passa a ser respeitado, valorizado, o que não acontecia na idade média; -Um destaque da educação humanista na Europa Ocidental foi o grande poeta renascentista “Francescho Petrark, 1304/1374 – considerado pai do humanismo, além de “Pier Paolo Vergerio, 1370/1444. Esse defendia a educação racional do homem, da razão com a educação do corpo e intelectual (resgate da cultura Greco-romana que valorizava a educação do corpo e intelectual. Ele era contra o ócio (preguiça), um dos sete pecados capitais, a preguiça era muito mal vista por pier paolo vergerio.
Albert, 1404/1472 (pensador), defendia claramente a educação da criança, a infância, e era contra os espancamentos, as surras nas crianças, o que era muito natural na educação familiar da época.
Vídeo 6 – pág 33/36 - Pedagogia da era moderna – da reforma à contra-reforma: (o racha na igreja católica que levou ao protecionismo)-crise do catolicismo. p/ refletir: O que mudou na educação com a reforma e a contra-reforma religiosa do século 16? – Resp. O que mudou foi principalmente a visão sobre a educação que a escola começa a proporcionar; aquela visão de educação como privilégio voltado às elites passa a ter uma educação voltada à burguesia (camada social em ascensão) e as camadas populares. Sendo assim, o que era um privilégio pra poucos passa a ser um direito e um dever.
Contexto histórico do século 15/16: uma grande crise feudal com muitas conseqüências políticas, econômicas e sociais, crise que levou à fome, à peste e à guerra.
Essa crise levou também à formação dos Estados Nacionais modernos absolutistas, (o poder forte no meio dos reis), e a expansão marítima e comercial (uma aliança entre o rei e a burguesia), o rei quer centralizar seu poder e a burguesia quer aumentar seu poder econômico e comercial porque precisava expandir.
Rei e burguesia se unem em uma aliança de interesse contra a nobreza feudal e essa aliança monta nas Américas o antigo sistema colonial no século 16 (Portugal e Espanha); - essa aliança de interesse monta nas Américas o antigo sistema colonial – época do descobrimento do Brasil.
No século 16 acontece a ascensão da burguesia mercantil, os comerciantes e mercadores ascendem socialmente, crescem, ficam ricos e importantes, onde passam a ter poder econômico.
A burguesia passa a patrocinar pintores, que pintam seus quadros. Eles queriam aparecer como nobreza nas pinturas dos quadros também.
Nesse momento acontece uma aliança de interesse entre poder real e burguesia mercantil, é quando acontece também a crise do catolicismo com a reforma e a contra-reforma. Uma divisão (racha), quando Martinho Lutero 1483/1546, católica começou a questionar o catolicismo, suas regras, suas leis e as riquezas da igreja, com as vendas de indulgências (venda do perdão), que eram vendidas através de obras, concessões e doações e com isso o enriquecimento da igreja.
Havia uma relação muito íntima entre a igreja católica e o poder, principalmente com a formação das monarquias nacionais absolutistas. Martinho Lutero lançou 95 teses contrárias a igreja católica e por isso o Papa mandou excomungar Lutero, e assim ele formou a igreja luterana, a igreja protestante reformada. Com a expansão da reforma aconteceu também as reações – a contra-reforma.
Nesse momento acontece também a expansão da inquisição (perseguição religiosa) ou intolerância. A Igreja católica tinha o tribunal da inquisição, onde se queimava o corpo para salvar a alma. “recentemente o Papa veio a público pedir desculpas pela inquisição na igreja católica”.
Na reforma, Lutero incentivava o “livre exame da bíblia”, importante para estimular a leitura e como conseqüência à educação das pessoas. Com a reforma houve uma grande difusão da leitura entre a população (nobres).
A reforma estava muito aliada ao humanismo. Os humanistas e os renascentistas não eram contra o cristianismo, mas à determinadas regras e estruturas organizacional da igreja católica e faziam muitas criticas a ela.
Um fator importante da reforma protestante foi a educação que passou a ser um direito e um dever, o que até então era vista como um privilegio para alguns. Com as reformas, as escolas foram organizadas em quatro áreas ou disciplinas: 1-Línguas – (locais e clássicas), estudava o idioma nacional e valorizava o idioma local e as línguas clássicas (Greco-latina); 2-Literária (pagã e cristã) – pagã da cultura greco-romana que não era católico, cristã era os escritores da idade média ligados ao catolicismo; 3-Ciências e artes – o estudo do mundo físico e do mundo material, das artes e da filosofia; 4-Jurisprudência e medicina – Jurisprudência seria o estudo do direito e das leis;
Havia na reforma uma íntima relação entre trabalho e estudo, a formação não era apenas intelectual, mas também voltada ao trabalho, a pratica.
A partir de 1520 Lutero dando um passo a trás, restringiu a leitura da bíblia e diz que ela não era para todo mundo que precisava aprender ler mas só para as elites pastorais, os pastores. Para ele, sabendo ler e escrever era o suficiente e que a população deveria adquirir esses ensinamentos pela via oral.
Momento de Calvin, um reformador protestante 1509/1564. Ele propunha uma escola laica, onde não fosse ensinada a religião, uma escola gratuita e popular, uma escola como necessidade pública. “um grande avanço”.
Erasmo Rotterdan 1466/1536, outro grande humanista, escreveu o “Elogio da Loucura”, criticou muito a igreja católica, porém, não concordava com sua separação. Defendia uma grande atenção à criança e a promoção da educação (valorizar a criança). Essa valorização passaria pela educação escolar.
Contra-Reforma – uma reação conservadora da igreja católica à reforma protestante. A igreja reagiu se fundamentando aos seus ensinamentos, às suas leis e sua estrutura tradicional, reforçando-as.
Enquanto a Educação da reforma estava mais voltada para a burguesia e camadas populares, a educação da reação (contra-reforma) era voltada para as elites dirigentes e não para todos, no máximo a catequização (uma grande diferença nesse sentido).
Na contra-reforma é criada a Companhia de Jesus (1539) a fim de restabelecer os princípios católicos. Em 1546 acontece o Concílio de Trento (uma grande reunião do catolicismo) para definir formas de combater os hereges (heresias), e os protestantes. Por isso foi criado a primeira Companhia de Jesus com base em Santo Ignácio de Loyola e em vários ensinamentos medievais e da escolástica. Vários princípios dessa educação jesuítica que defendia a catequização, a pregação, a confissão e o ensino. Defendia também o humanismo baseado em Aristóteles e Tomás de Aquino (escolástica), a rigorosidade e o método verbalizante – explicação, lição e preleção baseada na oralidade. Enquanto que na reforma levava-se em conta a relação com o trabalho, com a prática e utilidade, na contra-reforma o método era verbal ou oratório. Outro princípio era a leitura dos clássicos não proibidos. Nesse caso, a igreja católica é quem escolhia quais os livros os fieis poderiam ler e quais não poderiam. Entre os rejeitados pela igreja estavam as obras de Maquiavel.
Os colégios jesuítas ensinavam as disciplinas de gramática, retórica, lógica, filosofia natural e moral, metafísica, teologia escolástica e as línguas (apenas as clássicas) grega, hebraica e latina. A educação contra-reforma procurava manter a tradição católica escolástica dos jesuítas. Essa tradição tinha uma rigorosidade do método, da organização da aula e da disciplina que é fundamental para a educação.
Havia uma forte presença escolástica (Século 15), que se apoiava em argumentos tanto de Aristóteles e Pitolomeu e argumentos católicos. Ir contra esses ensinamentos e os conhecimentos administrados pelas universidades católicas era uma questão de heresia, era ser herege.
-O século 16 foi marcado por constantes guerras religiosas entre protestantes e católicos por toda a Europa. Ambas as religiões eram aliadas ao poder. -Com as constantes guerras religiosas na Europa muita gente que era perseguida acabou vindo para as Américas.
Vídeo 7 – pág.37/38 - A Educação da contra-reforma no Brasil e a educação da reforma no século 17
p/ refletir: no Brasil do século 16 educar era sinônimo de catequizar, quais as implicações dessa visão para nossa atual educação escolar no Brasil? – a presença da educação e catequese, conversão, missão ainda pode ser observada com a profissão do professor com a missão de querer “salvar o mundo” e também a conversão configurada na forma de rigorosidade e na disciplina que é tipicamente jesuítica; a prova, o teste e a sabatina.
Educação da Contra-Reforma no Brasil: as escolas Jesuítas. Contra-reforma foi uma reação da igreja católica à reforma protestante. (catequizar- doutrinar/conversão). Os jesuítas vieram para o Brasil através da missão da Companhia de Jesus com a missão de catequizar, depois ensinar (catequizar os índios). Os índios eram chamados de pagãos por não terem uma religião.
A educação dos Jesuítas no Brasil tinha como princípio ensinar o catecismo, os sacramentos (batismo e outros rituais religiosos) e as festas religiosas. -Primeiros Jesuítas a chegar ao Brasil: Antônio Vieira 1608/1697, José de Anchieta 1534/1597, Manoel da Nóbrega 1517/1570. (esses vieram com os colonizadores.
Os indígenas começaram a questionar a religião católica e alguns questionamentos que nem e mesmo os jesuítas sabiam responder como a virgindade de Maria e o celibato dos padres (os padres não poderem se casar).
-Na cultura indígena existia a poliandria (o direito da mulher de ter mais do que um marido) – ainda comum hoje na Amazônia. -Dialética da conversão e assimilação – isso significa que os Jesuítas ao mesmo tempo em que catequizavam e convertiam os índios também assimilavam e aprendiam sua língua e sua cultura (língua guarani), ao mesmo tempo em que os índios assimilavam a cultura européia os Jesuítas assimilavam a cultura indígena, isso se chama dialética, uma via de mão dupla.
O objetivo da catequese e da educação era a submissão cultural, política e social indígena, já que eles eram considerados um povo sem Fé (católica), sem Rei (a coroa) e sem Leis (as normas jurídicas).
As intenções de catequização acabavam ajudando a obediência, a conformidade e aculturação indígena, ou seja, perdendo sua cultura e assimilando a cultura dominante e com isso acabam perdendo sua identidade o que é muito ruim.
A educação Jesuítica estava voltada às elites coloniais. A educação para os indígenas se restringia à catequese, enquanto que os filhos das elites coloniais aprendiam apenas o ensino elementar. Uma escolarização mais avançada aqui no Brasil não estava nos planos de Portugal.
Os indígenas começam também a reivindicar o direito de aprender a ler e a escrever para as mulheres. Os Jesuítas enviaram à Coroa português um pedido de autorização, mas tiveram seu pedido negado porque nem mesmo às mulheres em Portugal tinham esse direito.
A partir do século 16 começaram a chegar ao Brasil de forma forçada os escravos-negros. Aqui, mulheres, negros, pardos e mestiços não tinham direito a aprender ler e escrever, até porque não havia o menor interesse por parte da Igreja católica também em ensiná-los, mas apenas em catequizá-los.
Quanto aos escravos negros, a Igreja nem tocava nesse assunto delicado de interesse dos senhores de engenhos, latifúndios e monocultura voltada ao mercado externo.
O Padre Antônio Vieira fez uma comparação do trabalho escravo com o sofrimento de cristo e dizia que os escravos deveriam aceitar isso porque assim eles poderiam também ser “santificados”.
Educação Européia no século 17 – Nesse momento acontece a Segunda Reforma o “Pietísmo”. Propõe a difusão popular da escrita e da leitura. A segunda reforma valorizava mais o aspecto íntimo e espiritual; mais íntimo e menos intelectual e menos dogmático como era na reforma luterana.
Principais pensadores dessa reforma Petista: “August Hermann Francke” Alemão 1662/1727. Ele propunha a criação de escolas para as crianças pobres e começa propondo também modelos de escola primária, elementar, secundária e magistério (formação de professor).
Outro pensador foi “Jean Baptiste de La Salle” francês 1651/1719. Esse defendia a escola pública gratuita e obrigatória (popular) e a aliança entre a formação técnico-científica e religiosa.
Educação na Europa absolutista século 16/17 foi o auge do poder absolutista, das monarquias absolutistas européias, época em que a educação era voltada às elites.
Seminário dos nobres que estavam voltados à formação intelectual e comportamental (dominar os conhecimentos e ao mesmo tempo aprender boas maneiras, etiquetas, saber a se comportar e ser diferenciado do resto da população.
Vídeo 8 – pág.41/45 - A educação no século 17: as ciências chegam a escola: p/ refletir: Como a revolução cientifica do século 17 modificou a educação escolar? – de acordo com o ensaio de Montaigne, mudou muito como na questão da repetição, de tomar posição, de não só escutar, mas que o aluno também se posicione, fale e avalie de outra maneira, enfim, modificou não só a escolástica, a tradição, mas agora a experiência, o raciocínio, a reflexão e a didática de Comenius.
-as ciências e as ciências naturais entraram na educação escolar graças a revolução científica do século 17 com o surgimento do racionalismo. Essa revolução tem muito a ver com o humanismo e com o renascimento também, quando os estudiosos já vinham prevendo esse acontecimento da ciência, do antropocentrismo em contra posição ao teocentrismo, o homem, a razão, frente a fé sega, não era negar a fé, mas era negar a fé cega, o fanatismo. É no século 17 que acontece as especializações das ciências. Enquanto no renascimento se tinham os gênios cientistas que dominavam várias áreas. A partir do século 17 e 18 com o surgimento e a estruturação do capitalismo, burguês e industrial acontece uma separação de “saberes”. Atualmente vivemos em uma época de hiper-especialização onde cada um se especializa em determinada coisa. Por exemplo: o médico não cuida mais do corpo como um todo, um cuida do coração outro da cabeça, outro do estomago e assim por diante (dividir em partes para estudar o todo).
Quais eram as questões do século 17? – era explicar o cosmos, o universo e o lugar nele ocupado pelo homem (explicar a cosmologia, a origem das coisas, o universo, as ciências físicas e naturais. O antropocentrismo, racional, a razão, tudo isso através das pesquisas que na época do teocentrismo não era possível e que era uma das preocupações da ciência daquele momento.
Nicolás Copérnio 1473-1543, um dos primeiros cientistas a provar a teoria do Heliocentrismo – o sol era o centro e não a terra, contra o Geocentrismo de Ptolomeu 87/151. Johannes Kepler 1571-1630, matemático e estudioso vai estudar as órbitas da terra e propõe a teoria das órbitas elípticas contrapondo as teorias das órbitas circulares. Hoje é provada a órbita elíptica e não circular.
Galileu Galilei (italiano) 1564-1642 – descobriu júpiter e fez cálculo matemático da queda dos corpos. Passou por um momento muito difícil, quando a aquisição era muito forte e não aceitava qualquer tipo de pensamento cientifico o que era considerado uma heresia (pecado) porque para a Igreja a terra teria que ser o centro do universo e tudo girar em torno dela, uma vez que Deus fez o homem à sua semelhança primeiro criou o planeta terra para o homem morar. Para se livrar da morte acabou negando sua teoria Heliocêntrica. – apesar de tudo ela ainda se move, diz ele.
Francis Bacon 1561-1626, pensador racionalista – esse passou a distinguir razão de fé. Segundo ele, para se chegar ao conhecimento seria necessário se fazer essa distinção, razão é uma coisa e fé é outra coisa; Foi o fundador do método cientifico onde dizia que tudo deve partir da experiência sensível (a matemática, ciências naturais e físicas).
Renê Descartes 1596-1650 – trabalhou com método da dedução que vem da questão da dúvida metódica. Dizia que devemos sempre partir da dúvida por mais que a gente acredita em uma coisa temos que duvidar dessa crença para depois provar que acreditamos. Seria como o pensamento cartesiano, um pensamento linear onde se estuda das partes para entender o todo (presente hoje principalmente na matemática) “negação da negação”
Johann Amós Comenius 1592-1670 – escreveu a “Didática Magna” e foi considerado um dos maiores pedagogos do século 17. Com sua “Didática Magna” propôs o ensino de tudo a todos e para isso precisava de didática e método. Comenius defendia uma escola redentora onde a educação poderia salvar a humanidade da ignorância (educação redentora). Defende também o acesso aos livros didáticos para todos. Propôs o Pansofismo que é a sabedoria universal das coisas, assim, ele aliava matemática, moral e fé. Defendia também a educação corpórea e a educação espiritual (educar o corpo e o espírito). Propôs ainda o “homem virtuoso” que soubesse trabalhar bem a questão da razão e fé para redimir a humanidade.
Organização das escolas: - Comenius propôs a divisão da escola assim: 1º as escolas maternais para as crianças pequenas; 2º escola nacional para as crianças maiores, uma escola administrada pelo Estado e não apenas pela Igreja que ensina a catequese; 3º escola de latim ou ginásio para adolescentes (educação do latim, educação corpórea e educação da razão); 4º academia para a juventude (como um conselho de sábios). A escola deveria ser organizada em diferentes etapas e diferentes fases para se atender as diferentes faixas etárias da formação da criança, (muito presente nos dias atuais).
A escola Moderna e a Formação do Homem Civil – foram criadas a partir do século 16 para distinguir o homem moderno do medieval, distinguir o nobre do povo (escola de distinção). Era uma forma de diferenciação e até segregação apesar do racionalismo, quem comandava as elites tinha direito as melhores escolas. O nobre se distinguia da burguesia e do povo pela educação, pela etiqueta e pelas boas maneiras (civilização das boas maneiras), o nobre sendo muito bem educado para diferenciar do burguês e do pobre.
John Locke (inglês) 1632-1704 – defendia a educação das boas maneiras do homem virtuoso, através do hábito, do costume (o cavalheiro) que se distinguisse do povo defendia princípios fundamentais para a educação como mente sã em corpo são “isso vem lá dos gregos” (educação do corpo interligado a educação da mente). Outro princípio dele era o de ensinar a criança a raciocinar, a refletir e a questionar, além de uma formação prático-moral das disciplinas, pragmatismo, ou seja, que essas disciplinas ensinadas na escola tivessem uma utilidade/função social, experimentada e vivenciada na realidade, por isso ele era um pragmático, contrário a escolástica medieval ou da contra reforma. Outro principio dele era o de experienciar através do jogo e do trabalho (despertar a curiosidade e o conhecimento através do lúdico (jogo) e do trabalho, não apena da educação verbal, mas da educação atuante que se dá através do trabalho e das competições (jogo). Para isso é necessário um bom tutor, um bom professor com conteúdo e conhecimento que desse bom exemplo para esses alunos. “Isso tem muita influencia no século 18, pragmatismo, racionalismo e revolução cientifica do século 17.
Michel de Montaigne (filosofo francês) 1532-1592 – foi um dos primeiros a trabalhar a visão do outro, participou da descoberta do outro nas Américas, na Ásia e escreve sobre isso em ensaios.
Vídeo 9 – pág.47/51- A revolução Pedagógica no Brasil do século 17 e as luzes na educação: - Educação dos clérigos: - a educação no Brasil até 1599 era primeira a catequese e depois o ensino. Depois de 1599 com a chegada do Ratio Studiorum (organização de estudos) acontece a divisão dos estudos em inferiores e superiores; -Os estudos inferiores estudavam a gramática, a humanidade e a retórica; -já os estudos superiores (médio) estudavam a teologia, a filosofia e a matemática – formar filósofos ligados ao cristianismo, os da contra-reforma (obs. Estudo superior não queria dizer uma faculdade, no máximo o médio, já que no Brasil não existia universidade). – “Quem queria avançar mais nos estudos tinha que ir à Portugal”
A educação dos Jesuítas no Brasil era baseada na retórica, a pregação oral contra o livre exame da bíblia. (retórica é a arte de saber falar e se expressar bem em público. Não havia interesse por parte dos Jesuítas em ensinar a leitura e a interpretação da bíblia porque isso era coisa pra padres jesuítas, passar os ensinamentos via oral.
Diferentemente da Reforma e da segunda Reforma que incentivavam a leitura e a livre interpretação da bíblia. O objetivo da Ratio Studiorum era combater a reforma protestante através do rigor nos estudos, combater as heresias dos reformadores luteranos. Objetivo da Igreja Católica: - a formação do homem místico-político – místico ligado a religiosidade rigorosa, mas que obedecesse a estrutura política. Pode se dizer que a revolução cientifica e ao racionalismo não vingou no Brasil no século 17, mas apenas lá no século 18 isso veio acontecer.
Educação da mulher no Brasil Colonial, século 17. Nas reformas na Europa já se pensava em criar escola para mulheres. As mulheres das elites começaram ter acesso à educação naquela época na Europa. Aqui no Brasil seiscentos, as mulheres ficavam restritas ao lar, sua função era cuidar dos filhos, da família, da casa e do marido. Era sinônimo de beleza, uma mulher calada, recatada e voltada ao lar. Havia vários estereótipos criados para as mulheres no Brasil; a mulher branca era casta, recatada e voltada ao lar, a mestiça era pervertida. Havia uma relação de submissão e insubmissão; veja um provérbio preconceituoso do século 17 (“mulher que sabe muito é mulher atrapalhada, para ser mãe de família, saiba pouco ou saiba nada).
Entre 1650 e 1759 meninas não estudavam nos colégios Jesuítas. Elas conseguiam algum estudo quando os senhores colocavam alguém para ensiná-las (apenas poesia). A educação dos conventos começou a surgir a partir dos séculos 17/18 aqui no Brasil, onde as mulheres que se dedicavam à vida religiosa tinham acesso ao estudo. E entra para um convento era uma questão de prestígio social.
As luzes na educação e o novo homem, século 18 – Iluminismo - contexto histórico – para alguns, o século 18 foi a era da revolução. Aconteceu a crise do capitalismo mercantil e a ascensão do capitalismo manufatureiro. Ascensão da burguesia manufatureira que no século 18/19 se transformaria em uma burguesia industrial. Com a ascensão dessa burguesia e do seu individualismo e com ela a difusão do liberalismo (idéias liberais) que eram antimercantilista, contra o antigo regime; o absolutista, o mercantilista e o clerical. Nesse momento há uma presença forte dos iluministas: francesas e inglesas. O racionalismo do século 17 teve uma presença marcante no século 18, já que foi a continuidade desse projeto racionalista; da ciência no lugar da fé. Nesse período houve várias revoluções: - Francesa 1789 que acabou derrubando o rei; - A crise do antigo sistema colonial (independência das 13 colônias inglesas) que depois se transformaram em Estados Unidos das Américas (EUA).
O século 18 foi um século transformador pelas muitas mudanças que aconteceram e com muito efeito sobre a educação; o caráter racional-antropológico da educação européia do século 18 (racional-antropológico é a razão sobre a escolástica, sobre a fé, sobre a oratória, sobre o estudo das ciências físicas e naturais e sobre a filosofia letrada.
A questão principal foi o debate sobre o poder da educação e seus limites. Debate que envolveu vários pensadores; Rousseau, por exemplo, apontava os limites para a formação do homem; Helvetius dizia que a educação poderia formar o ser humano, o cidadão que se quer; Franklin defendia uma cruzada contra a ignorância e que a educação tinha um caráter redentor, mas não no sentido religioso e sim no sentido político e que a educação era muito importante para se trabalhar com a liberdade; liberdade sem educação para ele não existia.
Foram muitas discussões e muitas polêmicas sobre o poder e os limites da educação; se ela pode mesmo formar cidadão ou se não adianta só a educação sem a participação política (debate que está presente até hoje).
Uma obra importante nesse período foi “Emílio” de Rousseau, que através dela se mostrava como se deveria educar uma criança, um jovem. Para a época, o cientificismo era a idolatria da razão do século 18; a razão acima de tudo, sensibilidade era coisa de mulher. O homem, a razão e a criança deveriam aprender isso.
Questionamento que permanece até hoje: será que a escola só ensina conteúdo ou também politiza o cidadão? Ela torna o cidadão consciente de seus direitos, mas também dos seus deveres ou ela só repassa conteúdos?
Vídeo 10 – pág. 54/55 Iluminismo e a Educação do cidadão – razão, luzes, iluminismo é o contrário do antigo regime:
p/ refletir” como os princípios da educação iluminista estão presentes hoje? – na valorização das ciências físicas e naturais, na valorização da experiência, da prática social que hoje está incorporada aos nossos discursos e ao nosso currículo desde a primeira série até o ensino médio, a valorização da tecnologia, das ciências, dos saberes e da computação. Portanto, toda essa idéia racional está muito presente em nosso currículo.
Questão da formação do cidadão (um cidadão político). A importância da educação pública, Estadual e Civil. Uma Escola renovada para um homem novo do iluminismo, guiado pela razão e pela ciência, um homem autônomo. (formar um sujeito humano civilizado, ativo, responsável para viver como cidadão).
Como deve ser a escola do homem novo (iluminismo) - Principais mudanças propostas pelo iluminismo: propõe diferentes formas de organização, pois a escola tradicional não servia mais e necessitava de outro tipo de escola com outra estrutura e com outra didática. -Nível de organização – uma escola com um sistema de ensino controlado pelo poder público; -Nível de programas de ensino – incluir novas disciplinas, principalmente as ligadas as ciências e a experiências. Esse novo modelo de ensino proposto se contrapunha à educação do antigo regime do século 17 (humanista com base na oratória que não valorizava as ciências).
-Nível da didática – experimentar outras metodologias para relação ensino-aprendizagem, metodologias com base cientifica e não religiosa; -- Proposta do Iluminismo - um sistema escolar organizado e estruturado pelo poder público, estadual, civil e laico (sem intervenção religiosa); -Novas instituições educativas independentes em relação ao regime antigo; Como deve ser a Escola – estruturada em um sistema de ciências e saberes em transformação; (isso significa cientificismo);
Educação das luzes – sua função era iluminar a população, trazer luzes para as trevas do antigo regime.
A imprensa teve um papel fundamental para a divulgação da escrita e da leitura;
Objetivo da escola renovada – visava a educação para o povo (ampliar essa educação para a população (grande avanço) ;
A valorização da criança na educação iluminista – a educação passou a valorizar a criança que passou a ter história, identidade, a ser um sujeito; Para Rousseau, a criança não é um adulto em miniatura, mas ela tem sentimento e pode raciocinar de outra maneira e tem que ser respeitada na sua forma. Para ele, a criança não precisa ser educada no racionalismo desde pequena, mas ela tem que ser respeitada; Rousseau tinha a idéia de que o ser humano nasce bom por natureza. “obra mais importante do francês Rousseau foi a ‘Emília’. Ele foi considerado pai da sociologia”
Educação no Brasil do século 18 – época do ouro e das revoltas – um momento de muita agitação no ponto de vista político, econômico e social. Foi considerado o século do ouro pelo fato da descoberta das minas de ouro em Minas Gerais. Com essa grande riqueza os portugueses aumentaram a rigorosidade e o controle sobre a colônia brasileira. Foi uma época de muita riqueza no Brasil e com isso o surgimento de varias cidades, vilas que se transformavam em cidade e a arte religiosa, a arte barroca com aleijadinho; as cidades de Ouro Preto, antiga Vila Rica, Parati, Diamantina, todas ligadas à produção do ouro.
Por outro lado houve uma grande exploração do trabalho escravo. Eles que antes trabalhavam nas lavouras e nas usinas de cana-de-açúcar, eram trazidos para a região central das Minas Gerais (sudeste) onde o trabalho era muito mais penoso. Por isso a idade media de vida deles era de apenas 20 anos, por trabalhar em serviço insalubre.
Como conseqüência dessa mineração, aumentou o custo de vida nas cidades porque circulavam muitos metais preciosos e com isso a atenção se voltou toda para a mineração, deixando de lado a produção agrícola e a pecuária (tudo vinha de fora) principalmente do sul e do nordeste. Com a descoberta e a produção aurífera no sudeste acontece uma mudança do eixo econômico da colônia que antes era o nordeste, onde concentrava mais riqueza, passou a se deslocar para a região central.
Além da mudança do eixo econômico aconteceu também a mudança da capital do Brasil - Colônia de Salvador para o Rio de Janeiro (1759) por ser mais próximo de Minas Gerais e melhor condição de escoamento da produção.
Essa produção de ouro era enviada para Portugal, porém seu destino final era a Inglaterra já que Portugal não produzia nada e comprava tudo da Inglaterra e como pagamento repassava esse ouro brasileiro.
Outra conseqüência dessa grande produção aurífera é a crescente urbanização e com ela as camadas médias urbanas. Antes as cidades não tinham tanta importância já que toda a atenção era voltada para os engenhos do nordeste. Com o surgimento e o crescimento das cidades começa aparecer as camadas de classe média urbana (comerciantes e profissionais liberais), uma classe entre as elites e os escravos.
Nesse mesmo século acontece a crise do antigo regime e do antigo sistema colonial. Um momento de decadência de Portugal e a ascensão dos ingleses. A crise econômica portuguesa é quando surgem aqui as revoltas antimetropolitanas (pela primeira vez surgem revoltas contra metrópole portuguesa). -A primeira revolta foi a inconfidência mineira (1789), uma revolta que na verdade “não aconteceu” porque Tiradentes foi enforcado e acabou pagando por todos. A finalidade dessa revolta era a criação de uma universidade no Brasil, mais precisamente em São João Del Rei.
-A outra revolta contra metrópole portuguesa foi a da conjuração baiana, mais conhecida como “a revolta dos alfaiates” (1798). Essa revolta tinha como objetivo o rompimento com Portugal e a instituição de uma Republica, inclusive prometendo a abolição da escravidão.
Vídeo 11 – pág.57 a 60 - A quem cabia educar no Brasil setecentista – a expulsão dos jesuítas e a contratação dos educadores Régis: A educação praticada pelos jesuítas no Brasil era basicamente uma formação teológica o que acabou incomodando os impérios portugueses e principalmente o espanhol. Para os espanhóis, os jesuítas estavam planejando formar um império à parte pelo seu grande poder que se formava no interior do Brasil. O século 18, conhecido como o século do iluminismo e do racionalismo, foi também um período conhecido como era pombalina, época em que Marquês de Pombal, (iluminista português católico) administrou Portugal (era como um primeiro ministro).
Em 1759, aconteceu a expulsão dos jesuítas do Brasil e com isso houve a necessidade de reformas políticas e principalmente na educação, tanto em Portugal como aqui no Brasil colônia. Com a expulsão dos jesuítas a educação sofre uma transformação; foram propostas outras disciplinas como as aulas Régias, que eram disciplinas isoladas, principalmente com a introdução das ciências físicas e naturais. (ligadas à natureza e a experiência cientifica)
Com a saída dos jesuítas, Marquês de Pombal abriu concurso publico para contratar mestres (professores) para substituir os jesuítas. Para custear a educação, assim como pagar os professores contratados foi criado o “subsídio literário” (imposto que era cobrado sobre a carne e a água-ardente), o que era muito pouco para custear a educação e com isso os professores eram muito mal remunerados. A educação era voltada às elites.
Os professores régios, insatisfeitos com a evolução do sistema educativo além da falta de trabalho, enviaram uma representação à Rainha Dona Maria I, expondo suas dificuldades e propondo outras disciplinas como o idioma grego e latim. Com isso tiveram sérios problemas com os clérigos e com as ordens religiosas no Brasil. Já que mesmo com a expulsão dos jesuítas continuaram aqui muitos colégios e seminários sendo administrados pelas ordens religiosas e com isso muitas divergências entre os régios e os religiosos (clérigos).
Os professores régios reclamaram com a corte de Portugal que não estava sendo implementada a reforma de pombal e reivindicaram essa implementação aqui na colônia. Pediram que os antigos colégios jesuítas se tornassem colégios públicos porque assim eles conseguiriam implementar a reforma proposta por Portugal iluminista.
A saída dos jesuítas do Brasil prejudicou muito a educação colonial, apesar de estar voltada às questões indígenas e às elites, houve um atraso até engrenar a proposta Pombalina.
Os colégios públicos propostos pelos régios era uma forma de laicização para tornar a escola laica (leiga), que seria uma escola para todos. Nesse momento acontece a criação de várias escolas régias no Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e nos principais centros urbanos e acontece então, a inclusão das aulas de língua latina, grega, retórica e filosofia ligada às ciências físicas e naturais.
A tentativa de reforma na educação no Brasil colônia não teve muito êxito em função as resistências das ordens religiosas que não aceitava a implementação dos projetos iluministas, mesmo sendo cristão.
Nesse período houve no Brasil uma segregação (separação/discriminação) em relação a raça negra, os mulatos e os judeus;
Havia um grande incentivo às ciências naturais, principalmente com estudo da mineralogia, ligada à exploração das riquezas naturais (minerais) como o ouro na região sudeste brasileiro.
Os colégios seminários eram administrados por ordens religiosas e a educação nesses colégios era voltada aos jovens ricos.
A igreja Catolica no Brasil, durante muito tempo educou apenas as camadas dominantes. Nos colégios/seminários de Pernambuco, era negada a participação dos negros, mulatos, judeus e filhos de uniões ilícitas (casamento não legalizado perante a lei). Hoje, a própria igreja reconhece sua omissão nessa questão racial e social, que basicamente serviu as elites.
Século 18 – era das revoluções – a escola setecentista não era para o povo, mesmo porque o povo não demonstrava nenhum interesse em estudar, até porque não tinha acesso à educação e também não via nenhuma utilidade para eles.
Os brancos pobres livres aprendiam trabalhando nas corporações de ofício. Aprender um ofício/profissão tinha que pagar o mestre e não era pra qualquer um (uma educação para o trabalho).
Aqui, os escravos e negros não tinham nenhum acesso à educação, diferentemente das treze colônias norte- americanas que no século 18 os escravos negros eram incentivados à prática da leitura do livro sagrado (bíblia), já que a religião dominante lá era protestante. Assim muitos escravos negros aprendiam a ler e a escrever.
Século 19 – contexto histórico (Europa) – foi marcado pela expansão mundial do capitalismo industrial. A burguesia, que no século 18 ajudou derrubar o absolutismo acaba se tornando a classe dominante no poder. Nesse momento acontece a expansão mundial das relações capitalistas de produções (imperialismo neo-colonialismo), foi quando o mundo europeu capitalista se expandiu sobre a África e a Ásia. A África foi completamente dominada pelos europeus, com objetivo de expandir seu poder político, econômico, comercial e social sobre o mundo (neo-colonialismo).
Ao mesmo tempo aconteciam várias teorias contrárias ao capitalismo ligado ao movimento operário e sindical que se organizava cada vez mais. Nessas correntes havia os anarquistas (contrário ao capitalista) e também os socialistas. Foram teorias ligadas aos trabalhadores que criticavam a sociedade capitalista e propunha outra sociedade, seja anarquista ou socialista. Assim, o movimento operário acabou sendo influenciado por essas teorias.
No século 19 foi criada pelos anarquistas e socialistas ligados a Mark a associação internacional dos trabalhadores. No mesmo século os trabalhadores começam a se organizar e tomar consciência de suas forças através dessas teorias revolucionárias que propunha a derrubada do capitalismo e a instalação de outra ordem contra os burgueses, uma ordem social proletária.
Enquanto isso, aqui nas Américas no mesmo século acontecia o processo de independência, principalmente na America Latina colonial. O Brasil se tornou independente em 1822.
A maioria dos países da América Latina (America do sul, do norte e central) teve sua independência entre 1810 e 1830 (tornaram independentes das metrópoles européias), alguns com movimentos revolucionários como “Simon Bolívar” e “San Martin” que tiveram uma grande participação popular.
No pensamento filosófico (idéias) o século 19 foi muito interessante porque havia algumas tendências filosóficas com o positivismo que propunha a ciência acima de tudo; o idealismo que propunha que é a ciência quem determina os seres; e o materialismo ligado aos socialistas e os marquicistas e diziam que o ser social é quem determina o pensamento (a vida em sociedade que determina a forma de pensar). Por isso havia muitas divergências ideológicas e filosóficas nessa época. Nessa mesma época “Charles Darwin” deu um grande avanço à biologia com a teoria evolucionista – por isso o século 19 foi o século da ciência.
Vídeo 12 – pág.61/64 - O século da pedagogia – a educação oitocentista: século 19 a industrialização e urbanização: - essa industrialização esta relacionada a revolução industrial desde o século 18 (a industrialização européia levou a urbanização). As cidades foram crescendo e se tornando cada vez mais populosa e com isso a necessidade de mais qualificação exigida pela tecnologia, a indústria e a produtividade.
É aí que a escola é pensada com mais valor na qualificação dos trabalhadores. Houve então a ampliação da escola primária (elementar), uma escola universal para todos, que não estabeleça um tipo de religião, leiga, gratuita, obrigatória e estatal (pública) que passa a ser uma necessidade social.
Essa escola passou a ser estruturada nos moldes da fábrica, o que esta muito evidente nas escolas atuais no Brasil. Assim como a fábrica, a escola tem suas normas e regras, disciplinas, horário, uniformes, padronização etc. Naquele período precisava educar e disciplinar o trabalhador no trabalho fabril, um trabalho organizado, sério e produtivo. Por isso a escola tinha que se estruturar dessa maneira e assim está até nos dias atuais.
A escola elementar foi valorizada aos trabalhadores e a escola secundária foi reorganizada: escola clássica e escola propedêutica para a elite burguesa que preparava para uma formação superior. Já para os trabalhadores, uma escola técnica, onde ensinava técnicas de trabalho e de produção (nesse caso acontece uma dualidade no ensino secundário), começando no século 19 e presente até hoje entre a escola propedêutica clássica e a escola técnica para a população e trabalhadores. (Aqui no Brasil houve algumas mudanças recentes na legislação que separou ainda mais a educação geral da educação profissionalizante).
Nesse momento surgem as escolas politécnicas no ensino superior (politécnica – diferentes técnicas) ligadas aos avanços tecnológicos do século 19.
Havia a preocupação com a formação da consciência nacional e patriótica do cidadão (civismo). O 19 foi o século do civismo, do nacionalismo, das nacionalidades, porque a Europa estava formando outras nações também “Itália e Alemanha”. Por isso no século 19 era muito valorizada a questão da cidadania, do civismo e da nação.
Havia muitas preocupações metodológicas e cientificas ligadas à educação, a psicologia se torna muito importante para se entender a criança, o estudante. O século 19 foi também o século do cientificismo e o século 18 foi o século do racionalismo.
Na Alemanha havia uma tendência à discussão filosófica e à cultura geral. A Alemanha era o centro filosófico cultural da Europa no século 19 com vários pensadores importantes.
Nos EUA tinha começado uma experiência de educação pública estatal desde 1830, em todos os níveis (até hoje, quase 100% da educação elementar, secundária e superior é pública e gratuita naquele país). Preocupado com a formação dos professores foram criadas as escolas normais públicas estatais. Assim, o estado começa a priorizar a formação dos professores.
Tendências filosóficas no século 19 – havia três correntes filosóficas: Positivistas, Idealistas e Materialistas:
-Positivismo foi uma corrente muito forte nos séculos 19 e 20 na Europa e no Brasil e está presente inclusive na nossa bandeira (ordem e progresso), manter a ordem para atingir o progresso cientifico e tecnológico. O positivismo era um método das ciências da natureza para a humanidade. O determinismo é a base do positivismo – a relação de causas e efeitos. Alguns pensadores positivistas: Benjamim Constant e Auguste Comte. -Idealismo – pensava o mundo como um produto do movimento do pensamento (o pensamento é um processo de movimento constante). Georg W. F. Hegel foi o grande filósofo ligado ao idealismo. Hegel propunha a dialética idealista “o motor da história é a contradição da idéia e da razão. - O pensamento determina o ser social;
-Materialismo histórico e didático (Karl Mark e Engels). Esse materialismo é contrário ao idealismo de Hegel, mas favorável a didática Hegeliano. Para o Materialismo o ser social determina o pensamento (o homem vivendo em sociedade), o que determina a idéia é a sociedade. Para o materialismo a historia é tida como um processo dialético, de luta de classes. (a historia da humanidade é um processo composto de contradições, de movimentos contraditórios que se dão através de enfrentamento de classes; dos proprietários e não-proprietários, da burguesia e proletariado. Para o materialismo a infra-estrutura determina a superestrutura.
Como as três correntes filosóficas atinge as idéias pedagógicas no século 19 – essas correntes influenciaram fortemente as idéias pedagógicas, principalmente o positivismo e o idealismo. Havia uma grande preocupação com os fins sociais da educação. A finalidade da educação era a formação da criança para a vida em sociedade.
Pestalozzi foi um grande defensor das escolas populares e a escola publica voltada à população/trabalhadores. Para ele, era fazendo ou trabalhando que se aprendia. Dizia também que a educação deveria partir do mais simples, do concreto para o mais complexo: -Primeiro principio:- entendia que a educação deveria seguira natureza (a ordem natural das coisas). -Segundo principio: - A educação deveria ajudar a formação moral, intelectual e profissional. -Terceiro principio: - A instrução deve partir da intuição e da vivencia do aluno.
Educação marxista, influenciada pelo materialismo histórico dialético de Mark e Engels. Para a educação marxista o trabalho é o papel fundamental produtivo no âmbito escolar (a escola tinha que estar relacionada ao trabalho e a produção e deve valorizar o trabalho, o aprendizado e o conhecimento dos trabalhadores e do proletariado.
A educação dos pequenos - Froebel foi também muito importante com sua proposta de educação infantil (jardim de infância). Para ele, a infância é o momento crucial da educação e um período extremamente importante na formação da criança. Um exemplo claro é o Japão atual, onde os professores da formação primária são mais bem remunerados até do que os de ensino universitários, pela importância da formação da criança.
Vídeo 13-pág.65/69 – Os anos oitocentos no Brasil: - Para refletir: Quais as semelhanças e diferenças entre a educação no Brasil e a educação na Europa do século 19? Há muitas semelhanças como a influência na visão científica e positivista. Já as diferenças é que enquanto na Europa acontece o processo de laicização (escola leiga), aqui no Brasil a educação ainda está intimamente ligada à igreja católica. Enquanto a Europa tenta atender as necessidades e a formação do trabalhador, reforçando a educação elementar, aqui no Brasil a preocupação continua sendo as elites.
Contexto histórico do Brasil no século 19 – o fim do Brasil colônia, o início da nação brasileira e a consolidação do Estado; - A vinda da família real portuguesa para o Brasil, 1808 (D João VI, sua família e sua comitiva)
A família real fugiu para o Brasil pelo fato de Portugal ser aliado da Inglaterra e fica aqui no Brasil de 1808 à 1822 quando acontece a nossa independência. Era o momento do império napoleônico (1799-1815). Em 1822 aconteceu o processo de independência no Brasil sem muita participação popular e sem mudanças do ponto de vista social
De 1822 à 1831 foi instalado o primeiro reinado com D Pedro I, um príncipe português que proclamou a independência do Brasil. (mais tarde ele renunciou). Entre 1831 e 1840 com a renúncia de D. Pedro I foi instalado aqui o período regencial, já que seu filho, D Pedro II tinha apenas cinco anos de idade e não poderia assumir o poder (pela constituição teria que ter 18 anos). Nesse caso quem governava eram os regentes (quase uma experiência parlamentar no Brasil).
Nesse período aconteceram aqui várias revoltas como a cabanagem 1835-1840, a balaiada 1838-1841, a sabinada 1837-1838 e a farroupilha 1835-01845, que foram revoltas regionais.
Com as intensas manifestações populares que reivindicavam maior participação política acabou acontecendo o “Golpe da Maioridade” (1840) com objetivo de antecipar a maioridade de D Pedro II que assumiu o poder como imperador com 14 anos de idade.
Entre 1840 e 1889 aconteceu o segundo reinado já com D Pedro II como imperador do Brasil. Governou com a ajuda de liberais e conservadores que se revezavam no poder durante todo esse período.
Nessa época o Brasil tinha uma economia agrário-exportadora dependente. A partir da segunda metade do século 19 há um forte crescimento da cafeicultura com a exploração dos escravos negros e um trabalho imigrante muito forte. Em 1850 houve a lei Euzébio de Queiroz com intuito de abolir o tráfico de escravo, mas a abolição definitiva da escravidão aconteceu apenas em 1888 com a lei Áurea.
Como era a educação no Brasil no século 19 – Nessa época o governo ainda não dava muita importância para a educação, se preocupando apenas com as elites.
A chegada da família real ao Brasil trouxe alguns avanços para a educação, já que com a instalação da corte portuguesa na colônia brasileira se fazia necessário uma forma de empregar todos os nobres que juntos vieram. Assim, foi criada a imprensa régia (real oficial); a biblioteca nacional (com mais de 60 mil volumes trazidos de Portugal; o museu real e o museu nacional (nacionalistas); além de ser também incentivada a vinda de pintores com a missão cultural francesa (Debret, Taunay, e Lebreton), incentivados pela corte portuguesa para fundar aqui escola de belas artes.
Nesse período foram fundadas aqui também as academias reais da marinha e militar, além da escola politécnica (engenharia militar, naval e civil). Foram instalados cursos médicos-cirurgicos na Bahia e no Rio de Janeiro, além da criação de cursos jurídicos (direito). (No século 19 os bacharéis de direito e de medicina eram muito valorizados).
A segunda metade do século 19 é conhecida como a idade do ouro do bacharel e com isso a partir daí houve uma ênfase no ensino superior, diferentemente dos ensinos primário e secundário que tinham pouca importância porque era voltada ao povo, enquanto que o superior era voltado às elites.
Nesse período havia aqui algumas faculdades-estados com caráter aristocrático e elitista (educação voltada à elite, formação superior), enquanto a grande maioria não tinha acesso a educação.
O ensino elementar e secundário no Brasil era um caos e não havia nenhuma organização por parte do governo durante todo o século 19. Em 1834 houve uma reforma no ensino que implementou a descentralização do ensino, ficando o ensino superior a cargo do poder central e o ensino elementar e secundário a cargo das províncias. Porém, as províncias não tinham condições financeiras para custear essa educação, que era o ensino mais procurado. Nesse caso fica configurada uma dualidade no sistema de ensino; o superior voltado às elites a cargo do governo e o elementar e secundário voltado para a população a cargo das províncias (estados).
Havia uma má tributação e falta de recursos para a educação, além do problema pedagógico. Havia também a ausência de currículos; não era obrigatório ter o ensino elementar para entrar no ensino secundário, já que as elites eram educadas por preceptores e sua própria casa e assim entravam diretamente no ensino secundário e depois no superior.
O ensino secundário era propedêutico (voltado apenas para ingressar na faculdade). As disciplinas eram determinadas pelo ensino superior (direito e medicina).
Em 1837 foi fundado o colégio D Pedro II para ensino secundário, administrado pelo poder central (voltado à elite). A partir de 1860 foram fundados colégios católicos e protestantes (o catolicismo tinha grande influência sobre a educação no Brasil), contrário a educação laica na Europa.
Havia na educação brasileira a experiência do positivismo, uma educação leiga e científica, mais precisamente na cidade de Campinas onde foi criada uma escola positivista, o Colégio Estadual Culto à Ciência (valorizava muito a educação científica). A pesar disso a educação elementar no Brasil era caótica, sem nenhuma organização e não tinha nenhuma atenção por parte do governo (em 1867 apenas 10% das crianças em idade escolar estavam matriculadas nas escolas primárias).
Havia nessa época o incentivo à formação de mestres-escolas, uma tentativa do governo de melhorar o ensino e assim foram fundadas as escolas normais (1835) para preparar mestres para o ensino secundário (em princípio só pra homens). O ensino técnico também era muito precário, não havia nenhuma preocupação e nem incentivo por parte do governo.
Vídeo 14 – A educação nas primeiras décadas do século XX (pag. 71 a 73) – p/ refletir: como a pedagogia positivista dos grupos escolares ainda esta presente em nosso atual sistema escolar? A educação positivista está presente até os dias de hoje na forma de educação seriada, de classificação e padronização.
Contexto histórico – foi um período muito agitado com a expansão imperialista e neocolonial pela África e Ásia. (época em que vigorava a república velha dos militares e a política do café com leite). A Europa vivia nas duas primeiras décadas a “bela época” pelo seu enriquecimento com a exploração da África e Ásia. Naquele momento havia também as rivalidades interimperialistas e a primeira guerra mundial (essa rivalidade foi que levou à primeira guerra) entre Inglaterra x Alemanha; Alemanha x frança; Rússia x austroungaro. Essa guerra durou entre 1914 e 1918.
Durante a guerra aconteceu a revolução russa de 1917, uma revolução socialista liderada pelo partido comunista e a partir daí se estabeleceu a União das Republicas Socialistas Soviética que perdurou até a década de 1990. Nesse mesmo momento surgia uma grande crise política e econômica do capitalismo liberal que provocou a crise de 1929 “crack da bolsa” Nova York que levou os EUA a uma enorme crise e se espalhou por toda a Europa ocidental.
A partir de 1929 aconteceu a chamada grande depressão mundial que nos anos 30 levou a uma hiper-inflação e muito desemprego porque nessa época a economia capitalista era interdependente (uma dependia da outra). Junto a essa crise econômica surgem as reações políticas e uma dessas reações foi a ascensão mundial do nazi-fascismo. O nazismo começou a crescer na Alemanha com Hitler e seus seguidores (uma ideologia racista). O fascismo chegou também na Itália com Mussolini e seus seguidores ultranacionalistas, onde culpavam os judeus pela crise e achavam que eles deveriam ser perseguidos e expulsos.
Ao mesmo tempo em que surgia essa ideologia racista totalitária acontecia a ascensão da ideologia socialista em decorrente da união das republicas socialistas soviéticas. Para a ideologia socialista o culpado pela crise da década de 30 era o capitalismo liberal e a solução para isso seria um projeto socialista liderado pelo partido comunista.
Nesse mesmo período acontece também a guerra civil espanhola de 1936, uma guerra interna entre os próprios espanhóis que envolveram a direita fascista acompanhada pela igreja contra os socialistas, anarquistas e comunistas. O motivo foi a vitória nas eleições de 1934 dos socialistas e anarquistas. Os fascistas (direita) não concordaram com a vitoria da esquerda (socialistas, anarquistas e comunistas).
Contexto histórico da primeira Republica no Brasil – Enquanto acontecia esse choque de ideologia na Espanha, no Brasil, período da república velha (1889-1930), final do império e começo da republica. O império termina em 1889 com a proclamação da republica com Marechal Deodoro da Fonseca. Para muitos essa proclamação seria um golpe já que não teve a participação popular. Nessa transição do Império para República é criada a primeira constituição (1891), a primeira da republica e a segunda do Brasil.
A nova constituição fez algumas grandes mudanças como acabar com o senado vitalício e dar o direito do voto ao povo (com exceção às mulheres que só teve esse direito na constituição seguinte (1934). Na republica velha tinha as “republica da espada e a republica das oligarquias”. –A republica da espada foi o período em que Marechal Deodoro e Floriano governou o Brasil (período da republica dos militares, 1891-1894); -A república das oligarquias (1894-1930), as oligarquias cafeeiras de SP e pecuaristas de MG (as elites agrárias, época do café com leite (café de são Paulo e leite de minas), as elites agrárias é que dominavam o poder político no Brasil (1894-1930).
Nesse período aconteceu a guerra dos “pelados” (pelados eram os sem terras e os peludos eram os poderosos fazendeiros), na região do Paraná e Santa Catarina. Aconteceram também outros movimentos como o “tenentista”, o “Operário”, a organização sindical para lutar pelos seus direitos, A “Coluna Prestes” também foi um movimento antioligarco assim como a semana da arte moderna de 1922 que criticavam o tradicionalismo através da arte agressiva para chocar as elites, mostrando o povo, os operários e as cores do Brasil.
Na década de 20 aconteceu uma grave crise política e econômica no Brasil, quando a política oligárquica era muito contestada pela população. Foi quando a educação surge como construção do cidadão. Tiradentes foi o primeiro a defender a república no Brasil. Aconteceu a construção dos símbolos, dos heróis e do civismo no Brasil e a escola era o grande caminho para isso.
A educação era uma forma de civilização, de tirar o país da selvageria, da barbárie e dessa fase indígena. Nesse período o analfabetismo era de 82,63% no Brasil e por isso foi criada a secretaria de negócios da instrução pública (como o ministério da educação de hoje). O objetivo era ter um poder central para melhor investir na educação e civilizar o país.
A constituição de 1891 descentralizou o ensino; o secundário e principalmente o ensino superior ficando a cargo da união e o Estado ficando com o primário e parte do secundário.
Nesse período foram introduzidas disciplinas cientificas e o ensino seriado (em série 1ª a 8ª) ligados às ciências da natureza, (um sistema positivista que vem do século 19), no sentido da divisão do trabalho na indústria, a divisão e produção em série para aumentar a produtividade.
Havia certo descaso da União com o ensino primário. Nesse período foram implantados os grupos escolares com símbolos dos valores republicanos. Com esses grupos foram feitas algumas inovações como a racionalidade cientifica, a divisão do trabalho, a classificação dos alunos, o plano de estudo, a jornada de trabalho e o ensino padronizado.
Havia muita dificuldade na implantação desse projeto inovador e positivista nos grupos escolares porque não era o projeto ideal pra alguns (o ideal era civilizar a nação). As poucas escolas públicas que existiam eram freqüentadas por filhos de classe média. Os ricos contratavam preceptores estrangeiros ou eram educados nos poucos colégios particulares leigos e religiosos.
Havia algumas escolinhas rurais onde os educadores não tinham nenhuma qualificação para ensinar, mesmo assim tentavam educar a população aos moldes das antigas aulas da era pombalinas.
A educação dos imigrantes no Brasil – os próprios imigrantes ao chegar ao Brasil vendo o descaso no sistema educativo aqui se encarregaram de educar seus próprios filhos, mantendo assim suas tradições culturais e sua própria língua. Porém em 1938 essa prática de educação foi banida, obrigando assim, a educação com a língua portuguesa e não apenas a sua língua.
Havia a educação sob o controle do estado republicano – nacionalidade e civismo principalmente na era Vargas (cultura cívico no Brasil de adoração ao herói nacional, o Presidente da República.
Vídeo 15 – A educação nas primeiras décadas do século 20 – Higiene e Eugenia – Ordem médica chega às escolas - Havia um discurso médico e intelectual muito negativo onde dizia que a raça humana brasileira estava muito contaminada pelos vícios e a escravidão e esses discursos medico tinham como objetivo regenerar a raça no Brasil e que a escola teria uma função importante nesse aspecto. A educação a função de educar o povo e salvar a nação (a salvadora da pátria).
Os médicos higienistas com seus discursos visavam atingir a escola para que ela possa educar para a higiene, inclusive a higiene da raça. Para eles, o povo brasileiro com essa mistura racial impedia sua própria civilização e também a caminhada rumo ao progresso (culpava a raça brasileira, principalmente os escravos pelo Brasil não evoluir e tornar uma potência mundial nesse século. O discurso higiênico era uma ideologia moralista.
Esse tema entrou nos currículos escolares nas primeiras décadas de 20 através das disciplinas de ciência e higiene (positivismo). Foram implantadas várias políticas de saúde no Brasil que visava atingir a escola, a criança, principalmente das camadas mais pobres.
Havia a higiene e a eugenia. A eugenia buscava a reprodução e o melhoramento genético da raça humana para regenerar o país e atingir a civilização. (Era uma teoria científica racial).
No Rio de Janeiro, em 1906 foi implantada (Oswaldo Cruz) uma reforma urbana e sanitária que visava retirar a população pobre do centro da cidade e mandar para periferia alegando que precisava higienizar e limpar a cidade porque achavam que os pobres carregavam doenças e obrigando-os a serem vacinados.
A população pobre se revoltou porque foi despejada de cidade e considerada doente e obrigada a se vacinar (uma vacina muito forte e dolorida e que para alguns era imoral.
Essas teorias raciais eram chamadas de proto-nazismo que vinha lá do século 19. Alguns tentavam provar através dessas teorias cientificas que existem sim, raças inferiores e raças superiores.
No final do sec. 19 e inicio dos 20 surgiu a teoria do branqueamento da raça brasileira que era preciso branqueá-la para chegar a uma condição superior de civilização. Essa teoria era contra o abastardamento da raça brasileira (a raça brasileira era muito abastarda e mestiça) e por isso era inferior a outros países como os EUA e outros da europeus. Os asiáticos eram proibidos entrar no Brasil por serem considerado raça amarela (inferiores).
Escola Higiênica e Eugenizadora - pelo discurso médico a escola era o lugar da formação do corpo e do espírito. Havia na escola o incentivo à educação eugênica que visava a edificação do corpo e da reprodução humana (constituir um corpo saudável para chegar a uma reprodução desejada, sem problemas genéticos e físicos). Nesse caso fica claro o preconceito e a exclusão de deficientes e portadores de necessidades especiais.
Discutia-se o poder educacional da escola no sentido de educar para os casamentos eugênicos (não misturar suas raças para melhorar sempre) “puro preconceito”. Saúde, moral e trabalho – a saúde estava ligada à questão moral e a educação eugênica ligada à educação moral (moralizar o povo) através dos seus hábitos de higiene e melhoramento da raça. A função da escola era inculcar atitudes regulares, repetitivas, disciplinadoras de obediência. Na educação higienizadora a função era criar novos instintos e hábitos nas crianças.
A higiene estava relacionada à educação moral e cívica do povo brasileiro (ser patriota era ser limpo e higiênico), assim seria uma raça melhorada. Havia uma fusão de hábitos higiênicos e hábitos morais (interligados).
O objetivo da educação eugênica e higienizadora eram a disciplinarização da criança, para isso havia instituições médicas, filantrópicas, policiais, educativas e familiares que procuravam disciplinar a criança nesse sentido para que ela possa ser um bom cidadão e um bom trabalhador e pra isso a educação eugênica e higienizada tinha a função de moldar o futuro trabalhador disciplinado.
Vídeo 16 – Nos tempos da Escola Nova – p/ refletir: quais foram a importância e a positividade, como também os limites e problemas da escola nova na educação brasileira? A escola nova foi muito importante no combate à escola tradicional, conservadora, moralista e positivista até a dec. de 20. Buscava-se uma escola mais popular, democrática e liberal com outros métodos e o aluno como centro desse processo. O construtivismo e o neoconstrutivismo atual têm muito a ver com a escola nova porque propõe que a criança seja o centro das atenções e que ela produza conhecimento e não fique apenas na assimilação. A escola nova está presente até hoje principalmente nas propostas construtivistas.
Na escola nova, o aluno como centro do processo educativo. Em 1932 havia o manifesto dos pioneiros da educação nova, composto por pedagogos, escritores, poetas, médicos que se reuniram e propôs uma nova educação, a chamada (escola nova) “Cecília Meireles, Lourenço Filho e Anísio Teixeira”.
A escola nova teve origem ainda na primeira guerra, onde havia certa preocupação em renovar a escola.
-Aspectos da escola nova e suas finalidades (Lourenço Filho): a educação tinha como finalidade socializar a criança; do ponto de vista político defendia a educação da paz, uma escola única voltada para paz; e do ponto de vista filosófico a escola deveria defender a autonomia e a razão (independência e racionalidade) e com novos métodos de ensino.
A escola nova defendia a transformação dinâmica do ensino; era contra a escola tradicional (ensino passivo e conservador que tinha o aluno como objeto do conhecimento) e a favor do ensino funcional, uma ação interessada, onde o aluno participa e tem uma função importante de produtor do conhecimento junto com o professor, um aluno como sujeito e não objeto do processo.
A escola nova era contra o trabalho individual da escola tradicional onde o aluno aprendia sozinho; Ela defende uma educação comunitária, (a vida em comunidade). Ela é contra a fragmentação de matérias, típica do positivismo de 10 e 20( tradicional); é a favor da situação total (globalizada); contra a autoridade externa (que não vinha só do professor para o aluno, mas que o aluno aprendesse auto-educar, que não fosse apenas ouvinte, mas que produzisse conhecimento. A escola nova propunha alterar praticas e saberes escolar (uma nova concepção escolar).
Movimentos escolanovista (Moacir Gadotti): Tinha como princípio a educação para o progresso – voltada para paz e progresso cientifico. Tinha forte influência da filosofia liberal democrática de John Dewey que influenciou muito a educação mais liberal e democrática.
A educação nova defendia uma educação pública popular e laica (leiga) com métodos ativos, racional, científico e sem influência religiosa. Defendia também um programa nacional de educação (uma forma de combater o alto nível de analfabetismo no país); Defendia também o ensino primário como gratuito e obrigatório. Já para o ensino secundário ela defendia a cultura geral – humanidades e ciência além da junção do ensino técnico (humanidade e técnico). Quanto às universidades, elas tinham a função de produzir ciência.
Os escolanovistas queriam a criação de fundos escolares para ajudar nos problemas da educação, defendiam também a criação da pré-escola, jardins-de-infância e creche (a educação infantil muito defendida pela escola nova). Defendiam também os serviços de saúde escolar e a educação física. Queriam a fiscalização das escolas privadas por parte do estado.
O que deveria mudar na escola: A criança como centro do processo educativo (como sujeito e não mais objeto do processo); a criança produtora de conhecimento (não apenas assimilar, mas produzir conhecimento também); a diversidade didática (não só livros, mas outros métodos e outras formas); a psicologia experimental e científica (é a influencia de Piaget na escola nova).
A escola nova queria o fim do padrão dualista de ensino, defendia uma educação para todos e não uma para o povo e outra para a elite.
O analfabetismo no Brasil: no período entre 1940 e 50 houve um grande aumento nas matricula. Hoje o analfabetismo é de cerca de 15% (somente aqueles que não sabem ler e escrever), aquele que sabe apenas escrever o nome é considerado apenas analfabeto funcional.
Vídeo 17 – Dos anos dourados aos anos de chumbo – décadas de 50 a 70 no Brasil – conhecido como período da guerra fria. A guerra fria foi o enfrentamento indireto de grandes potências da época (momento da bipolarização) que foi o bloco socialista (união soviética) contra o bloco capitalista (EUA). Apesar de não se enfrentarem diretamente aconteceram algumas guerras localizadas (coréia 50-53), (Vietnã 68-75) que envolviam as duas grandes potências, além da revolução chinesa de 47 quando a china se torna um país socialista (é até hoje) e a revolução cubana de 59 e que até hoje sofre com embargo econômico dos EUA.
Entre 1960 e 70 foi um período de ditadura militar na America latina, momento de grandes protestos, nos EUA, na Europa e aqui no Brasil. Nos EUA os negros lutavam pelos seus direitos contra a discriminação. Na frança também aconteceu em 1968 uma grande revolução estudantil. Enquanto isso aqui no Brasil era uma época de paz, apesar de uma juventude mais radical e mais revolucionária contra o consumismo norte-americano.
Nos anos dourados no Brasil, entre 50 e 60 no pós 45 (pós Vargas), uma fase de democratização com a deposição de Vargas e a vitoria dos aliados apoiados pelos EUA. Época em que se estabeleceu a democratização com eleições livres e diretas e liberdade partidária. Em 46 foi legalizado o PCB (partido comunista do Brasil) que participou da constituinte de 46 e durou até 67, quando começou a ditadura.
Foi criado o projeto político-econômico nacional-desenvolvimentista, instalado no segundo governo de Vargas e no primeiro de JK. Um período de muito crescimento na economia brasileira gerando muitos empregos. Esse projeto nacional enfrentou sérios problemas, principalmente da elite agrária, industrial e militares por ser um projeto do tipo socialista. Havia liberdade política, liberdade de expressão e artística.
A década de 50 foi um período de efervescência cultural e artístico no cinema, no teatro e na música. Um período de muita liberdade cultural, quando nascem vários grupos de teatro, cinema e dramaturgia.
Havia um grande enfrentamento de quem defendia o programa nacional desenvolvimentista e as forças conservadoras aliadas aos EUA. E ai acontece a crise do trabalhismo (61). Os militares e as elites (forças conservadoras) não queriam a posse do presidente João Goulart por ele ter uma proximidade com as forças de esquerda no Brasil e no exterior.
Em 64 João Goulart deixa o poder através de um golpe militar apoiado pelas forças conservadoras e a igreja. Rasgou-se a constituição e destituiu Goulart e ai se instala a ditadura que vai de 64 à 84.
Os anos de chumbo no Brasil (64-84) o regime militar que tiveram vários governadores generais (presidentes militares); Castelo Branco, Costa e Silva, Emilio Médici, Ernesto Geisel e João Figueiredo, todos governaram o Brasil sem eleições diretas (21 anos de ditadura).
Aos anos de chumbo do governo Médici (69-74), houve uma grande repressão política (não havia liberdade individuais, coletiva, de organização partidária e nem manifestação. Havia uma forte censura. A pesar disso aconteceu o movimento estudantil que tentava combater o regime militar (cerca de 100 mil estudantes participaram). Com isso, o governo criou através de atos constitucionais mais meios de restringir manifestações.
Houve muita resistência política e cultural a esse regime onde os artistas através de suas artes, poesias, cinemas e músicas se posicionavam contra o regime. Foi também um período de resistência armada quando muitos grupos por causa das repressões e torturas não viam outra forma de se colocar contra a não ser com armas.
Com essa resistência armada houve muitas guerrilhas urbanas e rurais onde formavam grupos de esquerda por todo o país liderado por jovens (a ação popular, a juventude católica) e o PC do B começou a organizar uma guerrilha rural (Araguaia 72-75). Muitos desses jovens guerrilheiros foram mortos pelo exercito brasileiro.
A época da grande repressão política foi também a época do “milagre brasileiro”, onde ouve um grande crescimento econômico que gerou muitos empregos, apesar da repressão.
Na seqüência chega o momento de Geisel e de Figueiredo onde já começa um processo de abertura política e anistia (79). Anistia seria o perdão aos exilados e presos políticos que reconquista o direito de retornar ao Brasil (Brizola, Betinho, FHC) e outros que tinham sido expulsos do país.
Os militares vendo que não conseguiam manter essa repressão com as mudanças que aconteciam no mundo (Figueiredo dizia preferir o cheiro do seu cavalo ao cheiro do povo brasileiro). As reações das oposições cresceram muito e começaram a ganhar eleições nos Estados o que levou em 84 as campanhas das “diretas já” (eleições diretas para presidente), uma campanha com grande movimentação popular, com a participação de importantes políticos como Lula, FHC e outros.
Apenas em 89 foram resgatadas as eleições diretas com a vitória de Tancredo Neves nas eleições dos colégios eleitorais.
O fracasso do antigo regime se deu também por uma grave crise que se formava ao final do regime, causada por endividamento com obras faraônicas como a usina de Itaipu e a ponte rio - Niterói na década de 70 foi criada a LDB (lei de diretrizes de base) com a reforma do ensino com a lei 5692.
Vídeo 18 – pág.89/92 – A educação no Brasil sob a ditadura militar – P/ refletir: a educação resistiu ou serviu à ditadura militar no Brasil? – A educação na constituição de 67, período da ditadura militar e na emenda constitucional de 69, considerada uma segunda constituição dentro da ditadura. Essas constituições serviram para implementar atos constitucionais e restringir ainda mais a liberdade política, individual e coletiva.
No período da ditadura o ensino primário foi mantido como obrigatório e gratuito. Já nos ensinos secundário e superior ocorreram mudanças, principalmente no superior que foi substituído de gratuito para concessões de bolsas de estudos e outro tipo de financiamento (crédito educativo).
Com a retirada da gratuidade do ensino superior em 69 aconteceu uma crescente privatização do ensino superior no Brasil, que reflete até os dias atuais no baixo índice de ensino público superior que é de apenas 25% contra mais de 70% privado, enquanto que em países de primeiro mundo como nos EUA o ensino público superior é de 60%, na frança 80% e na Inglaterra é de 100%.
A mudança no setor educativo de 67 e 69 gerou uma série de protesto tanto no movimento estudantil quanto na Associação Brasileira de Educação (ABE) que viam essa mudança como um retrocesso em relação às constituições anteriores que garantiram a gratuidade do ensino superior.
A constituição de 69 acabou também com os fundos de ensino criados pela LDB que somente em 83, com a emenda (lei) Calmon foram recuperados o atual FUNDEF (fundo de manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental e de valorização do magistério).
Com a mudança no sistema de educação da época foram extintos todos e qualquer tipo de movimento popular, como o movimento estudantil para que não houvesse críticas à educação. Criou-se então, a lei 5692 (reforma tecnista) onde valorizava o ensino técnico e profissionalizante com uma formação única (geral com profissionalização), que passou a ser obrigatório pela nova lei.
Foi criado por decreto o vestibular classificatório, semelhante ao Enem atual (exame nacional de ensino médio). A educação era voltada ao desenvolvimento do país (uma formação técnica-profissionalizante).
O regime militar, com a retirada da gratuidade do ensino superior causou um grande prejuízo no desenvolvimento da nação brasileira porque reduziu a capacidade de se produzir conhecimento, ciência e tecnologia. Um país que não produz ciência fica quase impossível chegar a uma posição de destaque entre os de primeiro mundo. Basta comparar o ensino superior gratuito nos países de ponta.
Atualmente cerca de 75% dos professores com doutorado estão nas universidades públicas enquanto apenas 25% nas privadas. Já dos professores com dedicação integral quase 90% estão nas universidades públicas contra pouco mais de 10% nas privadas.
Isso mostra que mesmo com o baixo número de universidade púb
lica no país se produz grande parte da ciência e do
conhecimento através dos mestrados e doutorados.
Divisão internacional do trabalho – países do primeiro mundo produzem tecnologia e incentivam o ensino superior aos seus alunos, enquanto países de terceiro mundo serve como mão-de-obra barata e não produzem grande tecnologia.
Para se tornar um país produtor de tecnologia é preciso haver incentivo na formação superior, aumentando a educação pública. Caso contrário, nunca sairá da condição de subdesenvolvimento e jamais chegará a um país de primeiro mundo.
O Brasil, apesar de estar entre as dez maiores economias do planeta tem uma população pobre, um problema causado pela má distribuição de renda (poucos ganham muito, e muitos ganham pouco), uma grande desigualdade social.
O investimento do Brasil por aluno em universidade pública em dólares é de 6.500, enquanto na Suíça é de 12.900, o Canadá 12.350, UEA 11.850, Japão 11.850, Inglaterra 10.350 e a Irlanda que é um país pobre investe 7.270.
Essa é a real situação na educação brasileira, economia rica e população pobre. Para reverter essa situação tem que passar pela educação, não que ela seja a única solução. É um problema estrutural de base econômica e política, mas que a educação pode contribuir muito.
segue minha prova!!!
ResponderExcluirProva concluída com sucesso!!!
Resultado final : 2
PESQUISA EM EDUCAÇÃO
1. Com base nos pressupostos da Sociologia da Infância, pode-se dizer que as identidades infantis são construídas. resposta 1
a partir de um centro interior, revelando, ao longo do tempo, o eu de cada criança, que é verdadeiro e único.
com base unicamente no que é imposto pelos adultos às crianças, constituindo o que se chama de visão adultocêntrica.
culturalmente, nas trocas entre os conceitos que são representados para as crianças nos discursos de uma cultura, e as posições que elas adotam e vivem.
somente na escola, que se constitui de uma instituição social mais legítima onde as crianças podem se identificar com os modelos desejáveis para uma determinada sociedade.
2. O termo Economia Política, concebido como a ciência do governo, surgiu conectado à seguinte situação: resposta 3
os partidos políticos, que começaram a se formar no século XX, estavam preocupados com a situação econômica das famílias, que poderia acarretar o declínio da economia no país.
no início da Idade Média, as famílias passaram a delegar ao Estado Nacional as funções de organizar e administrar os seus bens.
o Estado Nacional, no início da Modernidade, passa a se preocupar com o corpo múltiplo que é a população e se utiliza do saber da economia para governá-la.
criaram-se uma série de cursos universitários de Economia, a fim de formar profissionais adequadamente capacitados ao bom gerenciamento das populações.
3. As pesquisas sobre crianças e educação realizadas a partir do referencial político-demográfico podem ser assim caracterizadas:
resposta 3
realizam a caracterização do número de escolas particulares nos municípios brasileiros, analisando os motivos que levam as famílias, mesmo as de baixa renda, a preferirem os estabelecimentos privados de ensino.
examinam, a pedido dos partidos políticos, os levantamentos já existentes acerca da quantidade de crianças fora da escola.
interessam-se por discutir as políticas sociais dirigidas à infância e à educação deste segmento etário; trata-se de pesquisas diagnósticas, de levantamento, de caracterização.
preocupam-se em realizar o controle dos dados demográficos de crianças, jovens e adultos, a fim de inibir as altas taxas de natalidade no Brasil.
4. O CONCEITO DE INFÂNCIA FOI UMA INVENÇÃO DA MODERNIDADE. ANTES DISSO, AS CRIANÇAS ERAM REPRESENTADAS TRATADAS DA SEGUINTE MANEIRA:
resposta 3
as crianças estavam separadas do imaginário adulto e a escola tinha papel preponderante na sua educação.
as crianças eram entendidas como inocentes, ingênuas e necessitadas de proteção por parte dos adultos.
as crianças apareciam como adultos em miniatura, sem distinção de vestuário e práticas sociais.
havia espaços específicos para as crianças, fazendo-se respeitar sua individualidade.
Abraços
Camila