RELATO – ATIVIDADES COMPLEMENTARES
ALUNO:
TUTOR: TURMA:
MATRICULA MÓDULO: 10 DATA DE ENTREGA:
Carga
horária validada:10 horas.
CONFERÊNCIA: O QUE SABEMOS E O QUE NÃO
SABEMOS SOBRE O UNIVERSO
CONFERENCISTA: MARCELO GLEISER
Professor de física e astronomia do Dartmouth
College, em Hanover (EUA), o físico e astrônomo Marcelo Gleiser é formado
pela Pontifícia Universidade do Rio de Janeiro e possui Ph.D. pela King's
College de Londres.
O
QUE SABEMOS E O QUE NÃO SABEMOS SOBRE O UNIVERSO
Nesta
videoconferência, o astrofísico brasileiro Marcelo Gleiser aborda o estudo dos
astros e a história do universo, demonstrando como a ciência diz respeito a
todos e que, portanto, todo cidadão tem o direito de saber como o mundo
funciona. Ele também nos conta um pouco da sua experiência pessoal de
menino interessado nos mistérios do mundo e no poder da razão
humana. Marcelo diz que desde pequeno sentia uma
grande necessidade de descobrir a origem das coisas que existiam no
mundo, os animais, a humanidade, o surgimento da terra. E foi essa curiosidade
que acabou despertando o seu desejo em se tornar um cientista.
Inicialmente,
Marcelo explica que astrofísica é o estudo dos astros e cosmologia é o
estudo do cosmo, sendo os astros a designação comum que se dá aos corpos
celestes que orbitam no espaço a exemplo dos asteroides, cometas, estrelas,
meteoros, planetas, planetoides, e satélites naturais (luas). Já o cosmo é o
Universo em seu conjunto, toda a estrutura universal em sua totalidade.
Tratando mais especificamente das estrelas, Marcelo inicia a conversa
explicando o que é uma galáxia.
As Galáxia
Para o cientista galáxia significa "círculo leitoso", devido à
sua aparência no céu. Ela é formada por um grande aglomerado de bilhões de
estrelas e outros objetos astronômicos (nebulosas de vários
tipos, aglomerados estelares, etc.), unidos por forças
gravitacionais, que associam elétrons e prótons formando átomos de hidrogênio
que começam a girar em torno de um centro de massa comum e é
esse movimento que dá origem às galáxias. Como exemplo, Marcelo citou um balão
de festa com vários pontinhos pretos, sendo cada um deles uma galáxia. À
medida que esse balão vai inflando esses pontinhos vão se afastando uns
dos outros. Assim funciona a expansão do universo. Para o cientista, no
interior de toda estrela há uma imensa fornalha que funde o hidrogênio a uma
temperatura que chega a 15 milhões de graus, saindo daí o seu brilho.
Todas elas têm
um ciclo de vida, ou seja, nascem em nuvens de gás compostas basicamente
de Hidrogênio e Hélio que chamamos de nebulosas, depois "queimam" o
seu combustível produzindo novos elementos e liberando energia e por
fim, morrem após algumas reações nucleares quando o combustível se esgota
e a estrela se esfria liberando alguns gazes, formando o que chamamos de anã
branca, como acontece com as estrelas menores, ou quando ao produzirem novos
elementos, explodem subitamente liberando uma quantidade enorme de energia.
O sol
O surgimento do
sol se deu a partir de uma aglomeração da poeira cósmica e gases em
determinado ponto da via láctea. Estas partículas de poeira e gases foram
se agregando e deram origem a uma massa de matéria que se tornou cada vez mais
compacta. À medida que essa massa crescia aumentava sua força gravitacional que
atraia mais partículas e gases. Após alguns bilhões de anos a temperatura
dentro da massa atingiu cerca de 15 milhões de graus, iniciando-se uma reação
atômica causando uma fusão nuclear, responsável pela liberação
de grandes quantidades de energia emitida na forma de luz e calor. A massa
e poeira cósmica e gases tornavam-se assim, mais uma estrela no universo: o
sol. Com base no tamanho do sol e na quantidade de energia por ele produzidos,
estima-se que sua idade aproxima-se dos 5 bilhões de anos. Mas ele não é
eterno. Daqui a muito tempo - 5
bilhões de anos - nosso Sol, como todas as estrelas, vai morrer. O hidrogênio -
o combustível que o mantém vivo - não é eterno. No fim, o Sol vai sucumbir ao
próprio peso e explodir. E vai semear novamente pelo Universo a poeira das
estrelas capaz de gerar a vida. Marcelo esclarece ainda que enquanto a idade
aproximada do sol é 5 bilhões de anos, segundo a Teoria do Big Bang,
O Universo
Segundo Marcelo,
o niverso foi criado há cerca de 15 ou 20 bilhões de anos quando uma fabulosa
quantidade de energia localizada em uma esfera de diâmetro inferior a 1cm,
expandiu-se rapidamente após dilatação e resfriamento uniforme. Essa
redução rápida de temperatura determinou as sucessivas transformações da
energia liberada que se materializou na forma de partículas (matérias) e
antipartículas (antimatérias) que se aniquilaram gerando uma quantidade enorme
de energia. O excesso de matéria em relação à antimatéria deu origem ao
Universo.
Marcelo
esclarece ainda dúvidas do auditório a começar pela relação existente entre as
ondas de rádio e as estrelas. Marcelo explica que uma estrela morta comprime
seu interior a densidades muito altas. Ao seu redor existe muita matéria, gases
e radiação que giram a velocidades altíssimas dando origem às ondas de rádio.
Sobre Plutão.
Conversando
sobre o rebaixamento do planeta Plutão. Primeiro Marcelo descreve planeta
como sendo um corpo celeste que está em órbita ao redor do Sol. Para ele,
Plutão além de possuir um formato inclinado e um tamanho muito inferior em
relação aos outros planetas, orbita de forma irregular, circulando muito longe
do sistema solar, passando, portanto, a ser considerado como um
"planeta anão", ou seja, um corpo celeste muito semelhante a um
planeta que possui gravidade suficiente para assumir uma forma com equilíbrio
hidrostático, porém não possui uma órbita desimpedida.
Plutão,
mostrado como o anel mais afastado nas duas ilustrações, tem a órbita mais
irregular de todos os objetos que já foram considerados planetas.
Agora, os principais planetas do sistema solar são: Mercúrio, Vénus,Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.
A vida em
Marte.
Ao ser
questionado sobre a possibilidade de se viver em Marte, Marcelo diz que desde
que haja uma biosfera (conjunto de todos os elementos de um
ecossistema) é possível sim a humanidade se espalhar pelo Universo assim
como nos espalhamos pela Terra. Pelo menos água é um dos elementos
comprovados em Marte. Estudos demonstram que no passado existiu água
em abundância por lá, já que há evidências de leitos de rio, o que não
descarta a hipótese de ter existido vida em outros tempos.
Aquecimento Global.
Sobre
Aquecimento Global, Marcelo explica que a queima de combustíveis fósseis
provenientes do petróleo, tais com gasolina, óleo e gás, gera uma grande
quantidade de gás carbônico bloqueando a atmosfera como se fosse um cobertor em
torno da Terra. Vários países tem se esforçado para diminuir os agentes
que causam poluição, mas ainda há muito a se fazer, afirma o astrofísico.
As teorias das ciencias na escola.
Por fim, Marcelo
fala sobre a importância das teorias e sobre o papel do educador no
ensino desta disciplina. Ele diz que quando questionado sobre o certo e o
errado das Teorias, ele costuma dizer que se levarmos em
consideração uma era pré-científica em que ainda não existiam determinadas
regras e validações empíricas, podemos concluir que o certo e o errado para
aquela época eram relativos. Hoje, a divulgação só é feita quando determinada
descoberta é comprovada cientificamente por uma comunidade científica após o
lançamento de uma hipótese.
Quanto ao papel
do educador ele diz que é preciso motivar os alunos buscando aguçar sua
curiosidade e mostrando o valor do ato da pergunta. O professor é aquele que
ensina a arte de perguntar. É preciso também sair da sala de aula porque a ciência
está em toda a parte.
- O ensino das Ciências deve ser praticado de
forma que a criança se sinta fascinada, interessada e apaixonada pelas
descobertas e para tal, basta relacioná-la ao dia a dia das pessoas. E como
isso é possível? Derrubando o velho tabu de que ciências é um assunto chato. Se
mantivéssemos a curiosidade natural dos pequenos, ao longo de nossas vidas,
certamente nos posicionaríamos melhor no universo. Cada Revolução
Científica implica em uma Revolução Social. Como divulgador, busco passar
uma ideia de que Ciência não é coisa de outro mundo e daí, a importância em não confundir
divulgação com estudo da Ciência. Para aproximar a Ciência do público aconselho
fazer uso de imagens e metáforas, adequar a linguagem ao público que se quer alcançar,
evitar jargões técnicos, buscando uma caracterização humana da ciência e
principalmente do cientista, finaliza Marcelo Gleiser.
OBRAS
O Marcelo
está mais famoso entre os leigos por causa de sua série ‘Poeira das Estrelas‘, no Fantástico.
Lista de livros escritos por ele:
- O Fim da Terra e do Céu
- O Livro do Cientista - Col. Profissões
- Micro Macro: Reflexões Sobre o Homem, o Tempo e o Espaço
- A Harmonia do Mundo
- A Dança do Universo - dos Mitos da Criação ao Big-Bang
- Retalhos Cósmicos.
Lista de livros escritos por ele:
- O Fim da Terra e do Céu
- O Livro do Cientista - Col. Profissões
- Micro Macro: Reflexões Sobre o Homem, o Tempo e o Espaço
- A Harmonia do Mundo
- A Dança do Universo - dos Mitos da Criação ao Big-Bang
- Retalhos Cósmicos.
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